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#LiviePOV


Eu odiava-o.

Odiava-o pelo que ele às vezes me obriga a fazer.

Eu estava trancada dentro da casa de banho, ainda enjoada desde à pouco e encarava o meu reflexo no espelho.

Estava de roupa interior, roupa que não era minha, da tal Anna suponho, e não podia achar isto mais psicótico. Sentia que isto era tão errado e, somente, umas pequenas saudades do Peter, o meu namorado perfeito atingiram-me. 

Mas eu podia ter quase a certeza de que podiam desaparecer mal eu pusesse os meus olhos em cima do rapaz moreno ali no quarto e, talvez, era isso que me irritava. 

Ele tinha alguma influência em mim e não podia admitir algo assim. 

Deixei a casa de banho e fui até ao quarto, lentamente, podendo observar o seu corpo moreno, despido deitado na cama e senti aquilo  outra vez. 

Se há algo em que eu deveria ser honesta era que, o Calum conseguia dar-me tanto mais do que o Peter alguma vez deu ou possa dar. 

Mas de maneiras diferentes.

"Vem cá."- a sua voz baixa e rouca chamou-me e um arrepio percorreu a minha espinha e obriguei-me a mim mesma a ir ter consigo. 

Ele sentou-se novamente na beira da cama enquanto puxava os seus boxers para se vestir e sentou-me no seu colo com um sorriso na cara. 

Ele segurava as minhas costas perto de si com uma mão enquanto a outra colocava alguns cabelos meus para trás da minha orelha com um sorriso na sua cara. 


"Estás bem?"- perguntou-me com a voz rouca e  baixa e assenti, sorrindo também para si. 

"Estou."- anui, passando a ponta dos meus dedos pelo seu rosto com alguma barba por fazer. 

Ele voltou a sorrir-me e sentou-me na sua cama, enquanto fazia o caminho para parar a filmagem. 

"Calum..."- chamei-o, remexendo nervosa com os meus dedos. 

"Hum..."- apenas disse enquanto mexia na camera de vídeo. 

"Tu... Para que é que filmaste o que... tu sabes... aconteceu?" - pergunto, receando a sua resposta mas ele limitou-se a olhar para mim e sorrir com aquele sorriso.

"Tu não precisas de saber, babe. Isso apenas me diz respeito." - respondeu e não pude deixar de me sentir mal com o que me disse. 

Tenho quase a certeza de que corei porque ele começou a rir-se pelo meu estado envergonhado. 

"Não precisas de sentir-te envergonhada, saíste-te na perfeição."- garantiu-me e assenti, começando a sentir falta de algo. 

O meu telemóvel. Com certeza de que iria ter não sei quantas mensagens e chamadas não atendidas do Peter e do meu chefe. 

Coitado do Peter, deve estar tão preocupado... Mas adivinhem quem não está a dar a mínima para isso. 


"O meu telemóvel?"- pergunto, enquanto ele veste uma t-shirt. 

"Longe de ti."- admitiu, olhando-me nos olhos. 

"Desculpa?"- pergunto, franzindo a minha testa por ele parecer extremamente normal em relação a isto. 

"Escondi-o. Se vais estar comigo, não vais estar com mais ninguém." - admitiu, dirigindo-se à porta do quarto. 

"Mas eu preciso dele! Posso perder o meu emprego, Calum."- corro até ele, a tentar fazê-lo ver o quão importante é este assunto, mas ele não aprece importar-se. 

"Não precisas dele. Tu agora és minha."- disse, sério, empurrando-me e trancou a porta mal saiu. 

Ele deixou-me aqui trancada. 

#CalumPOV

Ela batia na porta em protesto por lhe ter trancado no quarto mas ela tem que compreender. Não posso correr o risco de a perder outra vez. 

Agora ela é minha, ela pertence-me. Só a mim e a mais ninguém. 

Vou até à cozinha, à procura dela e guardei-a no bolso do meu casaco. 

Não podia passar de hoje. 

Saí de casa, sem me importar com os seus protestos e arranquei para a cidade. 

Agarrei o volante com alguma força porque esta sensação de aprisionamento começava a matar-me e a Livie não estava  a ter, de todo, o efeito que eu desejava na minha psicose. 

Acelerei o meu carro, ignorando alguns apitos de carros até que cheguei, ao fim de quase uma hora, à cidade. 

Não eram 04:30pm como costuma ser, mas isso agora não interessa. 

Estacionei o meu carro perto de uma loja qualquer  e comecei a andar: cabeça baixa, quase a tentar não pisar as riscas dos passeios e à procura de alguém que me satisfaça. 
Encontrei numa esquina um polícia, algo que me espantou. Noutra ponde, outro. Basicamente, em cada esquina, algum deles. 

Engoli em seco. 

Eu precisava, precisava de me sentir bem outra vez e eles não podiam simplesmente impedir-me. 

Uma rapariga apareceu, parecida às outras todas que me satisfizeram, caminhava atarefada pelas ruas a mexer na sua mala e achei que seria a ideal. 

A tentar que não fosse propositado, fui contra si fazendo com que a sua mala caísse e algumas coisas saltassem para o chão.

"Oh, desculpe... Eu estava distraída."- desculpou-se, baixando-se para apanhar as coisas. 

"Eu-hum-hum... S-Sim. Eu também esta-estava distraído."- tento controlar-me e ela olhou-me de lado, com um pequeno sorriso nervoso. 

"Hum... Obrigada pela ajuda."- disse, rapidamente, mas segurei na sua mão, fazendo-a olhar-me ainda mais desconfiada. 

"Hum... Ac-aceita um café como um pedido de desculpa?"- tento o meu melhor sorriso mas ela negou a cabeça, olhando para o guarda policial no fundo da rua. 

"Não, obrigada pelo convite. Eu hum... Tenho um compromisso."- tentou soltar-se da minha mão mas agarrei-a. 

"Oh não me vai fazer uma desfeita destas... Aceite, por favor. É o mínimo que posso fazer." - tento novamente mas ela olha para o polícia que, por alguma razão, olhou-nos. 

Por isso, soltei-a. 

Merda. 




eu a pessoa horrivel que nunca mais atualizou durante quase 1 mes e sorry peps :c
sei que ta granda bosta mas foi o que consegui arranjar, estou um pouco cansada, my period's on. 

rip paciencia da Sofia. 

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⏰ Última atualização: Jul 05, 2015 ⏰

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