[𝐏𝐈𝐍𝐁𝐀𝐋𝐋 𝐂𝐇𝐀𝐋𝐋𝐄𝐍𝐆𝐄] - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙷𝚘𝚙𝚙𝚎𝚛 × 𝚁𝚎𝚊𝚍𝚎𝚛

19 - 𝙵𝚞𝚐𝚊 𝚍𝚎 𝙾𝚞𝚝𝚘𝚗𝚘

¡Violência e tortura!

Desculpe qualquer erro ortográfico e boa leitura!!!

...

Seu rosto estampava o medo que sentia. Seu corpo tremia e suava frio. Seus olhos capturavam cada movimento do homem velho sentado a sua frente. Ele sorria aberto e enrolava uma mecha do seu cabelo no dedo enquanto cantarolava uma música antiga que você não reconhecia. Afastou o rosto e desviou o olhar, fitando a porta de entrada da sua casa na esperança de assistir ela sendo aberta.

- Olhe para mim... - escutou a voz rouco e falha. Você franziu o nariz por conta do cheiro forte de cigarro antes de olhar para seu progenitor - Quem é aquele menino? - ergueu uma sobrancelha. Você pôde notar as rugas se esticando e dobrando - Seu namorado? - continuou quieta - Oh, então ele é... - ele confirmou com a cabeça antes de levantar da cadeira e jogá-la para o lado, te assustando. O homem agarrou seu pescoço de modo intenso, te fazendo arfar desesperada - Sabe que isso tudo é culpa sua, não sabe?

Você procurou por piedade nos olhos escuros e caídos do velho, porém não encontrou nada além de raiva e vingança.

- Pai... - agarrou o pulso com as duas mãos, o chamando com a voz fraca. Sentiu o aperto em seu pescoço afrouxar enquanto um sorriso brotava nos lábios machucados dele.

- Diga novamente! - mandou.

- Pai, por favor... - fechou os olhos, sentindo-os darem início a uma ardência desconfortável - Me deixa sair daqui.

Ele te olhou por alguns minutos e te soltou, dando as costas para você. Perseguiu o homem até que ele sumisse pela cozinha, deixando que sua mente pensasse em uma possível fuga. Seu quarto estava com a porta estourada, mas era arriscado sair correndo e pular pela janela, ele provavelmente te pegaria como da última vez. A porta de entrada tinha sido trancada e você não sabia onde estavam as chaves.

Você arregalou os olhos e cerrou as mãos.

O quarto da sua mãe.

Fitou a entrada da cozinha e depois virou na direção das escadas, pensando em um plano. Você subiria as escadas o mais rápido possível sem se preocupar com qualquer barulho, depois trancaria a porta e iria para a janela fechada, abrindo-a para procurar por uma saída

Levantou cuidadosamente e foi para o início das escadas na ponta dos pés, sem tirar os olhos da entrada da cozinha. Pisou no primeiro degrau devagar e depois no segundo. Sua respiração estava presa e você não conseguia soltá-la, tinha medo de fazer barulho.

- Eu sei que está tentando fugir... - escutou a voz do seu progenitor. Alta e rude.

- Não estou, pai. - soltou o ar dos pulmões e subiu outro degrau - Vou ficar com você para sempre, esqueceu? - sentiu seu estômago embrulhar. Aquilo era nojento e desesperador.

O velho riu:- Mentirosa! Mentirosa igual a sua mãe! - ele saiu da cozinha enquanto segurava duas facas grandes em cada mão. Você permaneceu subindo, sem saber se seu progenitor se aproximava ou não. Porém teve sua resposta quando uma das facas fincou na parede ao seu lado.

Xingou mentalmente e subiu os degrau rapidamente, grunhido de dor quando a outra faca raspou em seu tornozelo, quase te fazendo cair pela escada. Sentiu sua perna tremer e esquentar quando subia na direção dos quartos. Não olhar para trás um minuto se quer.

Correu para o quarto da sua mãe e fechou a porta em um baque, trancando-a no mesmo instante. Você suspirou cansada e confusa, fitando rapidamente seu tornozelo e notando o sangue que escorria dali. De repente uma dor aguda tomou a área machucada e você caiu no chão, se arrastando na direção da janela no mesmo instante. Esticou o braço para o trinco da janela e tentou tocá-lo enquanto esticava sua outra mão para estancar o sangue que saía de você.