[𝐏𝐈𝐍𝐁𝐀𝐋𝐋 𝐂𝐇𝐀𝐋𝐋𝐄𝐍𝐆𝐄] - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙷𝚘𝚙𝚙𝚎𝚛 × 𝚁𝚎𝚊𝚍𝚎𝚛

20 - 𝙾𝚞𝚝𝚘𝚗𝚘 𝙲𝚒𝚞𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘

DEMOREI, MAS VOLTEI!!!

Desculpe qualquer erro ortográfico e boa leitura!!!

...

Robin te encarava curioso e sério. Braços cruzados, pernas enroladas, cenho franzido e lábios juntos em um bico adorável. Já você sorria sem graça e tentava desviar o assunto a todo momento, não era por medo, mas sim o jeito que estava sendo fitada que te deixava nervosa. Merda, Robin.

Exatos dois dias que havia saído do hospital depois de uma semana completa. Você descansou na casa de Vance naqueles dois dias e foi extremamente mimada por todos, incluindo o loiro irritado, que mesmo negando tudo, sabia que ele estava mais que satisfeito cuidando de você e te auxiliando com qualquer coisa. O que era mais engraçado nisso tudo, era que, caso ousasse falar sobre como o loiro estava sendo prestativo e gentil, Vance simplesmente ficaria quieto pelo resto do dia e só iria te ajudar em silêncio, ignorando tudo o que dissesse. Era engraçado e fofo.

Sua cabeça, aos poucos, estava digerindo tudo o que havia acontecido naqueles dias. Seu pai estava oficialmente morto. Sua mãe estava bem. Você estava bem. Mas também tinha consciência de que teria sequelas, sua cabeça usaria daqueles cenários para te atormentar, inclusive estava surpresa por não ter tido nenhuma crise naquele meio tempo. Todos os dias estava sendo cuidada pelos seus amigos, sua mãe sempre esteve lá e Vance estava sendo o mais querido.

Porém todo seu conforto cheio de mimos foi arrancado de repente quando Robin apareceu na casa dos Hopper e pediu para conversar com você. Vocês entraram no quarto do loiro - que havia saído batendo os pés pela "invasão" -, sentaram na cama e cá estavam agora. Robin chegou a comentar sobre como ele se sentia intimidado dentro daquele quarto por conta do perfume forte que residia ali. É, você também se sentiu assim nos primeiros dias.

- Vocês estão... juntos? - questionou de repente, te fazendo arregalar os olhos e negar com a cabeça. Vocês estavam juntos? - Então o que foi aquilo? - mencionou o dia que Vance te visitou no hospital e Vocês tiveram um momento levemente íntimo na frente dos outros. Suas bochechas esquentaram e você abaixou o olhar.

- Eu não tenho ideia do que está acontecendo... - disse baixo, estava um tanto envergonhada - Finney me ajudou a pensar sobre isso. - voltou a encará-lo, ficando um pouco mais aliviada quando Robin apenas confirmou com a cabeça tranquilamente.

- É estranho, nunca o vi agindo como um cachorro. - deu de ombros e você sorriu, dando-lhe um soquinho fraco no ombro.

- Para com isso! - riu e o mais novo te acompanhou. Você sentiu saudades de ver as bochechas cheinhas se apertando quando aquele sorriso aberto aparecia - Ele só está mostrando quem realmente é... - fitou a porta do quarto e suspirou.

Cada vez mais a personalidade escondida se mostrava. Você podia ver o quão bem guardada ela estava e por isso era difícil se mostrar por completo, porém aquilo te deixava feliz, ver que Vance se esforçava e sentia segurança para conseguir se abrir com você e para você. Ter a chance de olhar nos olhos claros e notar como brilhavam, como se aquelas nuvens pesadas estivessem saindo, aos poucos, de cima daquele mar calmo. Você queria presenciar quando o céu finalmente estivesse limpo.

- Tive medo dele te obrigar a algo quando soube que estava hospedada na casa dos Hopper. - disse um tanto pensativo e distraído. Você o entendia, era difícil aceitar um cara como Vance de uma hora para outra depois de toda uma imagem ruim ser construída em volta dele - Mas o que levou à essa aproximação toda? - você o olhou e sorriu pequeno.

- Acho que a curiosidade.

...

Pisou na loja de conveniência e sorriu para a atendente, que logo perguntou se estava bem e você lembrou que a notícia de todo o caos foi reportada no jornal da cidade. Merda. Sorriu para ela e comentou sobre seu ótimo bem estar, explicando brevemente que sua mãe sairia do hospital em alguns dias, logo pegando três fichas para poder jogar. Virou na direção da máquina e observou Vance murmurar ao perder a bolinha mais uma vez, seus olhos automaticamente voaram para o placar e notou que faltou exatos dez pontos para que o recorde fosse batido. Ele era bom o suficiente para ter dificuldade em brigar com si próprio.