◌⤍capitulo 1

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— Jungwon, você é meu sonho

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— Jungwon, você é meu sonho. — Jay falou em um sussurro enquanto segurava delicadamente o rosto do namorado.

— E você, o meu. — o menor sussurrou de volta.

E então, Jay guiou o rostinho do namorado para mais próximo do seu, colando seus lábios nos dele, num beijo apaixonado, transmitindo mil e um sentimentos e sensações diferentes, todos ligados a um só, o amor.

Estavam na cama do quarto de Jungwon naquela noite chuvosa e barulhenta, assistindo pela milésima vez o filme que ligou os dois para sempre, Enrolados.

O motivo? O mais romântico de todos.

Começou no ano anterior.

Na época, o mais velho havia sofrido uma desilusão terrível, estava péssimo, sentado na beira da calçada ao lado do ponto de ônibus, vendo os carros irem e virem, apenas esperando o tempo passar.

O Yang pegaria o ônibus que viria no próximo horário se a tristeza daquele moço a sua frente não tivesse lhe chamado tanta atenção. Ele se sentou ao lado do maior, lhe fazendo companhia, sem falar nada. Confuso com a aparição repentina dele, o Park apenas perguntou:

— Por que se sentou?

— Se quiser, posso ir embora. — o menor olhou para o rosto do outro, tendo um choque com a beleza do rapaz.

— Não! É só que... — ele se perdeu nas palavras.

— Não é sempre que pensamos: "Vamos fazer companhia para um estranho se sentando ao lado dele bem na beira da calçada" — falou num tom brincalhão, acabando por tirar uma risadinha do melancólico. — O que um moço tão bonito faz tão triste?

— Coisas da vida... — respondeu, voltando ao seu estado abatido.

— Entendo você — falou o confortando. — Meu nome é Yang Jungwon. — apenas estendeu a mão, com um sorriso pequeno, mas adorável, que esquentou o coração quebrado de Jay.

— Park Jongseong, mas me chame de Jay... — retribuiu o comprimento.

Um silêncio um pouco desconfortável se instalou entre os dois, o menor mexeu os pés inquieto e olhou para o maior novamente.

— Quer compartilhar o que houve? — torceu por um sim.

— Foram só... decepções. — o outro murmurou. — Você confia demais nas pessoas e elas se aproveitam para pisar em você. — engoliu o choro. — O mundo é cruel, egoísta e sombrio. Qualquer sinal de alegria que ele encontra, ele destrói.

— Não leve tudo com tanta seriedade. — o Yang olhou para a rua e então o outro o encarou. — Quer dizer, me lembro de já ter ouvido o que você disse em outro lugar — buscou fundo em sua memória.

— São lições que aprendi, com filmes.

Outro silêncio desconfortável se fez presente. O Yang percebeu que o Park queria chorar, então o abraçou, deitando a cabeça dele em seu peito.

Para Jay, aquilo era a coisa mais estranha que aconteceu na sua vida, estava deitado no peito de um estranho, sentindo as lágrimas rolarem pelo seu rosto inchado de tanto chorar. Se tivesse bebido em alguma parte daquele dia, diria que estava bêbado.

— Vejo enfim a luz brilhar... — a voz de Jungwon cantarolou, tendo a total atenção dos ouvidos de Jay. — Já passou o nevoeiro, vejo enfim a luz brilhar... Para o alto me conduz — ele sentiu um carinho confortável em sua nuca e a sensação de conforto invadiu seu peito. — E ela pode transformar... De uma vez o mundo inteiro...

Outro silêncio, mas dessa vez, confortável e tranquilo. Seja lá quem fosse Yang Jungwon, o conhecia melhor que muito de seus amigos, só por cantar apenas uma música de sua animação de conforto que fosse capaz de acalmar seu coraçãozinho partido.

— Todos nós corremos atrás de um sonho. Não é literalmente um, mas algo que desejamos muito. E enquanto ainda estivermos lutando a cada minuto das nossas vidas por isso, o mundo não será sombrio. — Jungwon completou.

O barulho alto de um veículo parando na frente deles se fez presente e então o menor se levantou.

— Tenho que ir. — o maior o olhou com um olhar triste. — Nos cruzamos por aí.

O Park apenas observou o menino entrar no ônibus escolar e percebeu que ele ainda devia ser um estudante, julgando pelo seu físico e uma roupa mais formal, como um uniforme.

Ele pensou por dias naquele garoto e nunca mais o viu de novo, até que em dezembro daquele ano, onde o natal e a neve branquinha estavam marcando sua presença, um de seus amigos o convidou para sua festa de formatura junto com um baile de inverno.

Lá estava ele, com um sorriso grande e covinhas adoráveis, rindo com seus amigos sobre assuntos desconhecidos pelo Park. Os olhos se encontraram e o menor não perdeu tempo em correr até ele.

— Pensei que nunca te veria de novo — o Yang confessou. — Alguma coisa te trouxe até aqui. Chame do que quiser: acaso, destino.

Então o maior riu como se fossem amigos íntimos conversando sobre coisas que talvez apenas eles sabiam, mas era só eles reciclando frases do filme favorito de ambos.

— Quero te conhecer melhor... — Jay falou próximo do ouvido do menor quando percebeu a música do local aumentar o volume.

— Digo o mesmo a você... — Jungwon sorriu.

Por irônia do destino, uma música lenta e romântica começou a tocar, o que fez eles agirem como qualquer outro par de olhos daquele salão, juntar os corpos e dançar.

Por mais que a voz de Ed Sheeran cantando Thinking Out Loud estivesse ecoando pelo salão, para eles, não era ele, a música "Vejo Enfim a Luz Brilhar" tocava na cabeça de ambos, dançando enquanto se olhavam apaixonados, como Rapunzel olhava para José e José olhava para Rapunzel.

Meu sonho | JaywonOnde histórias criam vida. Descubra agora