◌⤍capitulo 4

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Haviam se passado uns dias e o casal já tinham enfrentado diversos tipos de sintomas

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Haviam se passado uns dias e o casal já tinham enfrentado diversos tipos de sintomas. Jungwon havia comprado alguns hidratantes para sua pele para que ela não saísse prejudicada e estava tomando todo o cuidado do mundo com sua doença evitando sair de casa para não respirar a poluição dos carros ou de fábricas.

Jongseong também estava lhe ajudando, ou melhor, o mimando.

— Jayjay, já falei que não precisava trazer! Não tem que aumentar a conta do supermercado só para me agradar. — disse vendo o maior trazendo um pote inteiro de sorvete de chocolate para si.

— Não foi tão caro. E eu vou te ajudar a comer. — se sentou só lado do namorado na cama mostrando duas colheres.

— Vamos assistir alguma coisa?

— Vamos!

Conforme o tempo foi passando, o Park foi percebendo o olhar distante do menor, que estava imerso em seus pensamentos ao invés de prestar atenção na série da tv.

— Meu bem? — chamou sua atenção.

— O-oi?! — levantou a cabeça, olhando para o namorado.

— O que houve? — perguntou preocupado.

— Jay... — o Yang falou triste, quebrando o coração do maior. — E-eu tô com medo... muito medo!

— Eu sei...

Então o Park o abraçou forte, fazendo carinho nos fios de cabelo dele enquanto Jungwon chorava e chorava em seu colo.

Os minutos iam passando e ele continuava ali, fazendo carinho. O choro já havia acabado e o menor estava adormecido em seu peito, com o rosto vermelho e inchado.

Desligou a tv para não correr o risco de acordar o menor, sentindo um vento gelado em seguida, fazendo seus olhos se virarem para a janela aberta. Deitou a cabeça do namorado na cama e foi até a janela, a fechando.

Um último sopro antes de fechar a janela fez um papel em cima da escrivaninha cair em seu pé, chamando sua atenção. Ele encarou o objeto e soltou um suspiro.

— Coisas que quero fazer antes de morrer. — segurou o choro e olhou o namorado na cama. — Wonnie...

Coisas que eu quero fazer antes de morrer.
- Ir num parque de diversões;
- Brincar na chuva;
- Brincar na neve;
- Ir a praia em Busan;
- Ir em uma exposição de arte do meu cunhado;
- Ir em um karaokê com o Jay;
- Plantar uma cerejeira com o Jay;
- Ter minha primeira vez com o Jay;
- Ver as luzes flutuantes;

Jay não conseguiu segurar as lágrimas quando terminou de ler, estava devastado. Seu pequeno estava com medo de morrer, estava com medo de ir embora.

Mas ele prometeu cuidar do Yang, e ele iria cumprir. Também iria fazer com que ele realizasse todos os seus desejos.

Guardou a lista na gaveta da mesa de cabeceira e se deitou ao lado do namorado, o abraçando, ficando de conchinha adormecendo logo em seguida.

No dia seguinte, o Yang acordou, havia tido um sonho incrível e queria adicionar na sua lista de coisas para fazer antes de morrer. Porém procurou o papel e não achou.

Suspirou chateado, já que não se lembrava de alguns itens que estavam na lista, fazendo um bico nos lábios.

Caminhou novamente até a cama e se deitou, a fim de voltar a sonhar com o que estava antes, voltando a dormir abraçado com o namorado.

Por outro lado, Jay acordou logo depois, indo em direção a cozinha. Desde de seus dezoito anos, seus pais disseram que ele deveria se virar, e foi exatamente o que ele fez. Ele trabalhou por dois anos como funcionário do McDonald's, morando numa kitnet junto com dois amigos, enquanto fazia um curso técnico de desenvolvimento de sistema. Quando o curso acabou, logo de cara conseguiu um grande emprego com um salário bem gordo e com seis meses de trabalho já conseguiu alugar um apartamento consideravelmente grande com um aluguel em conta.

Ele comprou um grande não por apenas ser um pouco espaçoso, como também porque já pretendia dividir com o namorado futuramente, só não pensava que dividiria por algo ruim.

Jongseong se lembrava de cada item daquela lista. Enquanto cozinhava algumas panquecas pensava em como tentaria realizar cada uma delas.

Ir no parque de diversões, no karaokê, numa exposição do cunhado e plantar uma cerejeira talvez fosse os mais fáceis da lista. Brincar na chuva e na neve poderia ser perigoso para saúde de seu pequeno, mas ele queria realizar todos os itens naquela lista. Ir para praia de Busan era fácil também, eles poderiam fazer aquelas viagens gostosas de carro onde param em nos lugares para tirar fotos até chegar no destino.

As luzes flutuantes era algo que o maior guardava para pedir seu pequeno em casamento, já que envolvia um filme que foi muito importante para ambos.

Agora a primeira vez... É complicado.

Não que um dos dois tivessem HIV ou algo assim, a saúde deles estava completamente ótima. O problema estava no momento, o Yang estava doente e talvez isso não fosse ideal, teria que consultar o médico para ver se não seria prejudicial.

Pensou tanto que esqueceu das panquecas na frigideira, que por sorte, não queimaram. Pegou um pratinho e colocou as panquecas uma em cima da outra, jogando calda de chocolate por cima, já que o menor odiava mel.

Pegou uma bandeja, colocando ali o pratinho com as panquecas e uma xícara com café adoçado, no ponto exato que Jungwon gostava. Ele levou a bandeja para o quarto vendo que o namorado já estava acordado, sentado e pensativo na cama.

— Bom dia, meu amor — se aproximou e deixou a bandeja na frente dele.

— Bom dia, Jayjay — o menor sorriu.

O coração de Jay se despedaçou, vendo que o menor realmente não queria preocupa-lo, demonstrando seu medo.

— Como dormiu? — se sentou ao lado do Yang, fazendo carinho em seu rosto .

— Bem — ele pegou a bandeja, trazendo mais para perto. — Você lembrou que não gosto de mel...

— E como eu poderia esquecer do dia em que você quase se engasgou na sua formatura porque percebeu que tinha mel num pão de lá — riu, fazendo o menor rir também.

— Aquela noite deve ter sido a nossa mais romântica, só perde para a noite que você me pediu em namoro — Jungwon acariciou o rosto do namorado e então selaram os lábios.

— Agora come um pouquinho.

E então o menor começou a comer as panquecas e tomar o café que o maior havia preparado.

Num ato repentino, Jay abraçou o namorado, bem forte. Sem entender, o Yang retribuiu o abraço dele, se aconchegando ali.

— Não precisa ter medo de nada, tabom? Eu estou aqui com você...

— Eu sei, Jayjay...

Meu sonho | JaywonOnde histórias criam vida. Descubra agora