◌⤍capitulo 11

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Uma semana depois, antes da cirurgia

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Uma semana depois, antes da cirurgia.

— Como conseguiu convencer o médico a me deixar sair? — Jungwon perguntou.

Os dois estavam dentro do carro naquela noite. Jay havia trazido algumas roupas quentinhas para eles saírem, já que o tempo frio estava se fazendo presente lá fora.

Jongseong havia preparado uma surpresa para seu pequeno, por isso havia o tirado do hospital, e por sorte, o médico havia liberado.

— Eu tive meus truques. — sorriu convencido e estacionou o carro.

Saiu do carro, e abriu a porta para o Yang sair, segurando sua mão. Já o menor, ficou olhando ao redor, tentando entender porque as luzes da ponte do rio Han e da região próximo estavam apagadas, apenas com alguns prédios acesos.

— Por que viemos ao rio Han? — perguntou confuso ao perceber Jay soltando sua mão. — Com tudo escuro também...

— Vem cá. — estendeu a mão para o menor que percebeu ele dentro de um barquinho pequeno. — Cuidado.

— Não é o que eu estou pensando... é?

— Talvez — sorriu.

Se sentou no barco e o namorado fez o mesmo, ele pegou um pequeno remo ao lado e começou a levá-los pro meio do rio.

— Jayjay... — o coreano já tinha lágrimas nos olhos.

— Ainda não é hora de chorar, bebê...

Então algumas luzes começaram a brilhar, revelando mais barcos e pessoas ali, elas soltaram as luzes no céu, que começaram a flutuar em cima deles.

Eram idênticas as do filme e Jungwon já estava um rio de lágrimas.

— Nossa vez... — mostrou duas lanternas apagadas.

O Yang pegou uma delas e acenderam, soltando elas no céu, junto com as outras. Jungwon estava tão admirando olhando para o céu, que nem percebeu que as pessoas que estavam lá, eram conhecidas, como os enfermeiros, o próprio médico, Chaeryeong, seu irmão e seu cunhado.

— Antes que a gente comece a cantar, porque eu sei que é exatamente isso o que quer fazer. — ele arrancou um riso do namorado — Eu posso falar umas coisas?

— Claro!

— Wonie, nós não namoramos a muito tempo, foram onze meses, mas foram onze meses tão bons que eu não tenho dúvidas de que é você a pessoa certa para mim. Desde que você me encontro naquele ponto de ônibus, parece que você sabia que eu amava Enrolados que logo depois se tornou o nosso filme, e só nosso. — tentou esconder as lágrimas. — E eu sei que talvez possa tudo dar errado, mas por enquanto eu quero que tudo dê certo. Eu quero saber se você quer casar comigo, e ser meu sonho pro resto de nossas vidas...

Ele sabia que Jungwon era muito novo, com os seus dezenove anos, mas eles estavam na beira do penhasco, com medo de perder tudo, então o que custava tentar?

— Jay... — ele chorou mais uma vez, enxugando as lágrimas. — Você é a melhor pessoa do mundo todinho. Você me fez feliz o máximo que pode, sempre dando o seu melhor. Você é o melhor noivo do mundo...

— Então você aceita?

— É claro que sim! — ele abraçou o maior, que retribuiu o abraço.

Eles se separaram alguns segundos depois e selaram os lábios num beijo calmo e romântico, o que teve que ser bem rápido, para não prejudicar a respiração do Yang.

— Tantos dias, olhando das janelas. Tantos anos, preso sem saber — Jungwon se assustou com uma voz repentina começando a cantar, se virando para um dos lados, vendo seu irmão cantar.

— Tanto tempo, nunca percebendo. Como tentei não ver? — seu cunhado, que estava ao lado do Yang mais velho, continuou.

— Mas aqui, a luz das estrelas. Bem aqui, vejo o meu lugar — Jake, o enfermeiro continuou, acendendo mais uma lanterna, soltando ela para o céu.

— Sim, aqui consigo sentir. Estou onde devo estar... — Sunghoon acompanhou o namorado, soltando outra lanterna, sendo seguido pelas outras pessoas que estavam nos barcos.

— Vejo enfim a luz brilhar... — Chaery cantou. — Já passou o nevoeiro. Vejo enfim a luz brilhar. Para o alto me conduz.

— E ela pode transformar, de uma vez o mundo inteiro. — eles se juntaram em um coro perfeito, que fez Jungwon derramar mais lágrimas.

Achando que havia acabado, olhou para seu namorado que estava segurando duas mãos, porém ele apenas deu dois beijinhos em suas bochechas e continuou a música.

— Tantos dias, sonhando acordado. Tantos anos, vivendo a vida em vão. Tanto tempo, nunca enxergando, as coisas do jeito que são. — ele acendeu mais uma lanterna e entregou para o noivo, que soltou ela no céu. — Ele, aqui, à luz das estrelas. Com ele aqui, vejo quem eu sou. Ele que me faz sentir que eu sei para onde vou. — fez um gesto para que o menor continuasse a música.

— Vejo enfim a luz brilhar... — ele tentou não cantar com a voz embargada, mesmo que estivesse completamente emocionado. — Já passou o nevoeiro. Vejo enfim a luz brilhar. Para o alto me conduz... E ela pode transformar, de uma vez o mundo inteiro...

— Tudo é novo pois agora eu vejo... É você a luz... — encerraram a música juntos.

As pessoas presentes ali, bateram palmas, gritaram em comemoração, chamaram tanta a atenção que até alguns cidadãos de Seul estavam próximas do rio Han, comemorando com eles.

Jay havia pago tudo, alugou os barcos, mandou o design das lanternas para um especialista fazer, conversou com o médico, com os enfermeiros, com o irmão e o cunhado do namorado, com Chaeryeong, que conforme o tempo foi passando eles se tornaram grandes amigos. Ele queria que aquele fosse o melhor pedido de casamento que o menor já tinha visto, e conseguiu.

Ainda naquela noite, Jungwon passaria pela cirurgia para a retirada do tumor em seu pulmão, e agora estava tranquilo, pois mesmo que ele não sobrevivesse a cirurgia, ele morreria feliz.

Foi brega, cafona e mil e outras coisas porque em alguns aspectos não sei ser romântica enquanto escrevo então me aproveitei do fato do filme Enrolados ter esta cena maravilhosa para ser a cena do pedido de casamento. Me desculpa a cafonice :(

Meu sonho | JaywonOnde histórias criam vida. Descubra agora