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Aline saiu da sala e se deparou novamente com Matteo no corredor, que não fez nenhuma tentativa de impedi-la, apenas a olhou com tristeza estampada no rosto.

Todos sabiam o quanto Matteo amava Aline, mas ele nunca a assumiria, e infelizmente ela estava ciente disso.

Ao sair pela porta da frente, Aline sentiu um vento gelado e encolheu os ombros antes de começar a caminhar.

— Já vai embora, sua praga? — provocou Camila, encostada na Ferrari de Matteo. — E Matteo nunca vai te assumir, querida. Ele não gosta de prostitutas.

— Camila, quantas vezes Matteo chamou meu nome durante o sexo?

— Você está brincando com fogo. — Camila deu de ombros.

— Boa noite, Lottero. — Aline ativou o alarme de sua Mercedes branca e entrou no carro.

Aline acelerou o carro, sabendo que sua vida mudaria radicalmente no dia seguinte.

Ela sabia disso e, mesmo que todos os seus instintos implorassem para que ela deixasse a cidade, ela não iria embora.

Há muitos anos, Aline desistiu de fugir. Ela não é mais uma mulher medrosa que se esconde sob a saia da mãe quando as coisas não vão bem. Sua mãe nem mesmo a procura mais, seus pais desistiram dois anos depois que ela partiu.

Desde então, Aline só tinha Matteo para chamar de lar, mas o problema é que o lar dele nunca seria dela. Ela não tem um lar, pelo menos não por enquanto...

O relógio marcava quatro horas da tarde. Arthur De Luca ocupava um escritório espaçoso com piso de porcelanato. Um sofá de couro cinza estava encostado na parede direita, e à sua frente havia uma pequena mesa com vários sacos de cocaína. Um deles estava aberto ao lado de uma fileira.

Do outro lado do escritório, havia uma grande adega sempre repleta dos melhores uísques importados. Ao fundo, no centro do escritório, ficava sua longa mesa de vidro, sua confortável cadeira giratória.

Sempre bem-vestido e atento, seu perfume forte e amadeirado se misturava ao aroma de canela dos charutos.

Arthur olhava fixamente para seu notebook, sua arma dourada cromada estava ao lado dele. Sua gravata estava frouxa e seu semblante, como sempre, estressado. Seu cenho franzido e sobrancelhas arqueadas eram características frequentes. Seus lábios já não sabiam mais como sorrir.

Entre todos os homens que se pode encontrar, Arthur é, sem dúvida alguma, um dos mais atraentes. Seu nariz reto clássico apontava para a tela, e seus lábios avermelhados formavam uma linha reta.

Apenas seus olhos se moveram na direção da porta quando ele ouviu passos. Sempre atento a qualquer movimento.

— Senhor! — um dos seguranças abriu a porta milésimos de segundo depois.

Arthur é loiro e alto, com seus olhos claros ilustres e tristes.

— Se não for interessante, vá embora. — ordenou sem tirar os olhos do computador.

— Achamos o Justin King. — informou o segurança.

Ninguém sabia o que aquele homem chamado Justin havia feito, mas quando o olhar do loiro se encontrou com o outro homem, todos tinham certeza de que ele não havia feito algo certo. Arthur umedeceu os lábios e estreitou os olhos.

— Ótimo. — sussurrou. Um canto de seu lábio subiu discretamente. Poderia parecer um sorriso, mas na verdade era um riso extremamente nervoso coberto de triunfo. — Prepare o carro.

Continua....

O comentário flor😐

A Dançarina Do MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora