#8

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— Claros que não vou deixar... você morrer seu idiota. Você é burro por acaso? Eu odeio ser o irmão mais velho sabia? Odeio cuidar de crianças! — Lorenzo brigou indignado com o irmão — Tem noção de quem é aquele homem?

— Isso vai acabar comigo. — Matteo soltou do agarro de Lorenzo e suspirou cansado.

— Estou salvando a sua vida! — Deu uma pausa. — Agora fica aí, e não me dê trabalho. Se não quem vai matar você, sou eu! — Lorenzo apontou o dedo para Matteo e voltou para onde De Luca estava.

— Estou sem tempo. — Arthur diz arrumando o paletó — Fizemos um bom negócio, Moretti — Esticou a mão direita.

— Sem dúvidas, De Luca — Lorenzo apertou a mão do loiro.

Aline observou o trato feito e fechou os olhos respirando fundo. Mesmo que ela tenha saído de casa tão jovem e se jogado em um mundo desconhecido e perigoso, ir com Arthur parecia ser ainda pior...

Aline olhou para a Maria, que estava parada no pole dance a olhando triste.

— Adeus — Moveu os lábios para a amiga que respondeu o mesmo.

{...}

Saíram do lugar. Do lado de fora uma Porsche preta parada os aguardavam, e atrás, range rover sport, também na cor preta. É como se o Presidente estivesse na boate.

— Você. — Arthur segurou Aline pelo pulso, brutalmente, fazendo ela soltar um gemido de dor.

Arthur arrastou Aline até a Porsche como se ela fosse uma criança.

— Me solta, cara! — Aline puxa o braço e se solta do agarre do loiro.

Os dois seguranças pararam, antes de entrar na range rover e olharam para Aline. Ela fez algo errado, muito errado.

Arthur semicerrou os olhos e molhou os lábios. Seu cenho estava franzido, e o olhar cada vez mais sombrio. Se é que isso era possível...

— Não teste minha paciência, puta. Entre no carro ou vai amanhecer com formigas na boca. — Arthur ordenou irritado.

Aline não falou mais nada e entrou do outro lado do carro e se sentou no banco do passageiro. Era um carro luxuoso, bancos caramelo e cheiro de novo com uísque. Um pequeno monitor ligou, assim que ele deu contato no carro.

Aline se encostou no banco, e Arthur saiu com o carro que fazia um barulho oco e, ao mesmo tempo, forte. Aline estava acostumada com a luxúria, mas nunca como esta... Nunca esteve em uma máquina potente e com um mafioso italiano no volante. Um mafioso provavelmente irritado, que ultrapassava os carros sem o menor esforço.

Arthur parecia inquieto e ansioso, suas mãos estavam no volante. Mas o seu polegar não parava de passar lentamente no volante, como se estivesse ansioso. Como se segurasse para não fazer algo.

Pelo retrovisor, Aline percebeu que a range rover o acompanhava na mesma velocidade, que não era pouca. O De Luca ultrapassava o 100 km em uma avenida comum. Aline se segurou no banco e engoliu seco.

O perfume do homem já emanava no carro inteiro, um perfume forte e bem masculino. Era sedutor e atraente, como se fisgasse mulheres. Os cabelos desengrenados e o olhar fixo na avenida.

Depois de alguns minutos, entraram em uma quadra que tinham apenas mansões. A velocidade já estava menor, e apenas uma mão segurava o volante enquanto a outra descansava na própria coxa. Arthur parecia estar mais calmo, e Aline agradeceu por isso.

As casas iam ficando cada vez mais distantes das outras, a rua começou a ficar estreita e com muitas árvores. Após alguns minutos, quase sem nenhuma casa, algo chamou a atenção dela.

Continua...

A Dançarina Do MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora