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Arthur de Lucca:

Quem me visse poderia dizer, que eu estava fascinado pela garota que se movia com graciosidade no pole dance. Cada movimento dela parecia mágico, envolvendo-me completamente. Seu corpo se sincronizava perfeitamente com a música, sua respiração ofegante e o suor escorrendo de forma discreta. Os olhos dela estavam fechados, entregando-se completamente à dança.

Cada movimento era sensual e sedutor, com seu corpo curvando-se para trás e sua perna entrelaçada no poste de metal frio. Seus cabelos castanhos caíam desordenadamente sobre o rosto, mas ela não se importava. Por que se importaria? Ela estava hipnotizando todos os homens ao seu redor. No entanto, ela logo descobriria que estava chamando a atenção de um homem em particular.

O local era luxuoso, repleto de pessoas abastadas. Os sofás vermelhos sangue cercavam os palcos onde as dançarinas exóticas se apresentavam. A atmosfera era escura, iluminada apenas por luzes de neon. Os garçons circulavam com bandejas cheias de bebidas e drogas.

— Você está interessado, Arthur? — perguntou o moreno de olhos azuis brilhantes e cabelos desgrenhados. Ele sentou-se ao meu lado, eu mantinha o dedo indicador nos lábios enquanto observava a mulher.

— Sim! Ela dança incrivelmente bem. É a primeira vez que a vejo. — respondi, sem desviar os olhos da mulher.

Meus olhos castanhos a devoravam com luxúria, enquanto meus lábios formavam uma linha reta em meu rosto. Eu não a admirava como uma pessoa, mas como uma posse. Aqueles que me conheciam sabiam que eu não compartilhava o que considerava meu.

— Ela está conosco desde os quinze anos. Faz muito sucesso aqui e é a que mais nos rende dinheiro. Você é o único que demorou para perceber essa joia. — disse o moreno com um sorriso malicioso, molhando os lábios.

Lorenzo Moretti, o dono do estabelecimento e de todas as garotas, era um dos homens mais ricos da região. Ele e seu irmão haviam aberto uma casa noturna quando eram jovens, pequena e suja. Mas ao longo do tempo, construíram um local onde os milionários se reuniam.

— Pode ser. —  respondei com indiferença. — Eu a quero.

O moreno franziu a testa, confuso.

— Não estou entendendo.

— Quero que ela seja minha. Quero que seu corpo pertença somente a mim! — afirmei, fixando meus olhos nos do moreno.

Lorenzo engasgou-se, incapaz de formular uma resposta imediata.

— Mas Arthur... ela é a estrela da casa, não posso...

O interrompi com um olhar determinado.

— Pagarei qualquer preço necessário, Moretti. Não me decepcione.

Aquilo não era um pedido. Não costumava pedir, eu tomava o que queria. A oportunidade estava dada, e Lorenzo deveria ser grato por ela.

Continua...

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A Dançarina Do MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora