Pelo telefone

119 11 5
                                    

Já era noite quando o telefone da ex modelo tocou.

- Zendaya Coleman?

- Sim. Com quem falo?

- Aquele a quem você procura. - ela sentiu os pelos arrepiarem com a voz do outro lado.

- Eu?

- Sou Thomas Holland. CEO. – se fez um silêncio do outro lado da linha. – Zendaya? Ainda está por ai?

- Oh...Sim. Estou!

- Perfeito. O que você precisa saber para fechar comigo Zendaya?

- Como? – ela questionou ainda perdida com o tom daquela voz.

- Samantha mencionou que está tendo dificuldades em fechar o contrato por minha causa. O que preciso fazer para facilitar as coisas para minha advogada?

Zendaya não precisava ver o rosto dele para saber que um sorriso se fazia presente em meio aquela voz poderosa do outro lado da linha. Foi inevitável sua mente vagar por uma possível imagem a sua frente. Como ele seria pessoalmente?

- Porque você não veio pessoalmente fechar o negocio comigo? – ela perguntou sem pensar.

- Porque Samantha é da minha extrema confiança para resolver qualquer assunto relacionado aos meus negócios e eu estava resolvendo algumas pendencias familiares que ela não poderia. – Tom queria lhe dar satisfações sobre seus passos para ela. De uma forma ou de outra ele sentia que precisava. – Mas se essa é a sua maior exigência para fechar comigo eu o farei. – afirmou convicto.

A modelo sorriu do outro lado e mesmo que Tom não tivesse visto ele também sabia pela mudança da respiração que ela tinha sido afetada por ele assim como ele já estava por ela, desde a primeira vez que a viu, mesmo que ao longe.

- Zendaya...

- Eu estou aqui.

- Sei que está! – afirmou sorrindo de lado. – Posso ir na sexta feira prestigiar sua noite e assim fecharmos negócios?

- Você pode vir, entretanto não estarei disponível para tratar sobre o assunto, já que será um dia de festa.

- Podemos fazer as duas coisas ou mais. – arriscou com sua voz sedutora.

- O que está sugerindo? – ela o questionou com o coração aos pulos.

- Negócios Zendaya. Apenas negócios. – afirmou. – O que me diz?

- Você pode vir Thomas!

- Perfeito. Obrigada pelo seu tempo. Até sexta.

- Até sexta.

Z olhou novamente para o numero no celular e pensou se salvaria ou não nos seus contatos. Talvez fosse melhor o fazer após conhece-lo pessoalmente. Ela fechou o celular e o colocou sobre a mesa porém ouviu em seguida o som de uma nova mensagem.

"Salve meu numero para facilitar nosso contato. O seu já está salvo a algum tempo." – ela terminou a mensagem com olhos arregalados e mãos suadas.

Quem é esse homem afinal de contas? Ela não lhe daria esse prazer. Fechou o celular novamente e saiu da sala indo em direção ao salão.

- Porque você não atende a droga desse celular Coleman? – Nell entrou gritando a plenos pulmões.

- Alguém morreu Darnell?

- Zendaya vai. – ele falava enquanto adentrava a casa e passava pelas meninas que riam do pavor dele.

- Isso...perfeito. – ela respondia o telefone enquanto o viu entrar esbaforido. – Claro. Assim que finalizar pode entrar em contato com ele. Obrigada você.

- Está a quantas horas nesse telefone?

- Qual o problema?

- Eu liguei...ou melhor estou te ligando a horas.

- Resolvendo umas pendencias. – ela falou vendo o amigo estreitar o olhar para ela. – Que?

- Ele ligou para você não foi?

- Sim. Ele ligou. – ela confessou com um brilho diferente nos olhos, algo que não passou despercebido pelo amigo.

- E como foi?

- Nell você que saiu em busca de novidades. Vamos, conta logo o que conseguiu descobrir.

- Pode ate tentar me enganar, mas sabe que não consegue.

- Para de enrolar. – ela falou firme.

- Bom...Ele é solteiro. – Nell falou encarando-a.

- Não me fala que só conseguiu essa informação?

- Bem...acho que no momento é a que você estava mais interessada. – eles sorriram um para o outro.

- Ok....ele me ligou e perguntou o que precisava fazer para fecharmos o contrato.

- E o que você falou?

- Nada. Ele perguntou se poderia vir na sexta pessoalmente para tal.

- O que mais? – insistiu.

- Odeio quando você me conhece mais que a mim mesmo.

- Eu sabia. – ele levantou as mãos para o alto enquanto gritava.

- Ele tem um voz tão poderosa que eu poderia ter assinado só pelo telefone. – ela confessou sob o olhar atento do amigo. – Eu me senti sendo invadida, da melhor forma, se você pode me entender.

- Definitivamente eu entendo. – suspirou.

- Voce o viu?

- Não. Mas eu sei mesmo antes de conhece-lo que tem uma atmosfera que os cercam. Tem algo acontecendo Z...

- E eu não gosto disso. Não gosto de surpresas Nell. – ela afirmou levantando da mesa e olhando para a paisagem sobre a janela da casa.

- Não tenha medo, sinto que vai ser bom para você. O contrato. – ele retificou após a modelo voltar-se para ele.

- Acha mesmo?

- Sim. Eu acredito realmente.

- Certo. – ela voltou a vagar pelos pensamentos antes de voltar-se para ele. – Sei que vamos ter um desfile sexta. – sorriu de lado diante do espanto do amigo. – Eu também te conheço Darnell.

- Não irei cancelar.

- E não quero que o faça. Eu quero desfilar.

- Oi?

- Sim. Quero participar. Não serei uma mera expectadora. É o meu dia e quero fazer tudo que tenho direito.

- Vai ser perfeito. – ele sorriu a abraçando enquanto idealizava o evento na mente. – Você abre ou fecha?

- Acredito que posso abrir. Assim consigo ver a surpresa que você está organizando, pois sei que não descobri tudo. – ela sorriu cumplice.

- Perfeito. Perfeito. – ele saiu batendo palmas e vibrando.

- O que deu nele? – Cindy perguntou entrando em seguida na sala da patroa.

- Felicidade. – elas sorriram enquanto o viam sumir pela casa. – Como está minha agenda?

- Livre. Darnell pediu para deixar você se divertir um pouco antes dele te enlouquecer. – elas gargalharam porque definitivamente era a mais pura verdade.

- Certo. Estarei no meu lugar. Amanhã retorno. Estou em off. Sabe, não é?

- Completamente.

- Perfeito. – disse antes de pegar sua bolsa e sair sem olhar para traz. 

Tudo tem um preço Onde histórias criam vida. Descubra agora