A prova viva - final

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Oi pessoal chegamos ao fim dessa história, sou imensamente grato a quem chegou até aqui,suportando o autor mais chato e pirracento que existe, uma pequena dica que dou é quem ainda não assistiu "Doutor estranho 2 no multiverso da loucura" assista. Eu tô sempre citando personagens da Marvel e
esse capítulo possui referências tanto desse filme quanto de Wandavision, espero que esse final seja especial para vocês como ele foi para mim.

Boa leitura ;)

P.O.V Miguel

Eu perdi ele...

Não existe dor tão intensa quanto essa, a sensação de fracasso, a sensação de derrota, a angústia... Se dar conta de que recebeu o que devia e não o que queria, eu não tenho mais o Robby Keene, tudo está em um borrão absurdo, mas eu o perdi naquele dia não lembro quanto tempo se passou, parece que o que restou dentro de mim foi esse sentimento de perda, meu corpo inteiro dói, não tenho mais hematomas, as escoriações agora não estão mais evidentes nem em meu rosto nem no meu torso, mas a dor que sinto vem da falta, e ela é tão física que eu preferia que dessa vez eu realmente apanhasse até a morte do que sentir até os meus ossos doerem por conta dessa dor emocional.

Depois de um tempo é difícil distinguir a realidade do que é só coisa da cabeça, me sinto tão cansado que nem sequer consigo dormir, e quando deito simplesmente não consigo relaxar.

Provavelmente devo ter bebido... na verdade com certeza eu bebi, talvez eu tenta tomando analgésicos também, minha cabeça estava estourando ninguém pode me julgar.

Tem uma mulher ruiva mexendo na minha estante, mais precisamente segurando minhas figuras de ação.

- Esses bonecos são até parecidos, mas tem um erro de estatura

- A mulher diz ainda sem olhar para mim

- O meu filho é quase 3 palmos mais baixo que o namorado dele, esses bonequinhos tem o mesmo tamanho.

- Que?

- Você parece um bagaço Miguel

- Quem é você e o que faz aqui na minha casa?

- Você primeiro me chama aqui e agora está me tratando como estranha? Isso não me parece justo.

- Wanda?

- Miguel?!

- Mas...?

- Mas...

Ela devolve a pergunta devolvendo os bonecos a estante

- Como isso é possível?

- A distância entre o possível e o impossível,é o tamanho da sua força de vontade Miguel.
Seu grito de socorro foi tão ensurdecedor que outras dimensões conseguiram escutar o seu lamento.

- Em que momento eu gritei? Eu não estava gritando

- foi o tipo de grito mais alto, aquele que ninguém consegue escutar, movido pela raiva que te faz querer derrubar tudo sem pensar nas consequências. Misturada a tristeza de ter descoberto o que era amor e ter perdido cedo demais. Aquela revolta que palavras não são suficientes para expressar, eu conheço essa sensação Miguel. Eu quero ouvir de você, porque eu estou aqui.

Living Proof (prova viva)Onde histórias criam vida. Descubra agora