CAPÍTULO 24

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Quem olha para essa mulher bem elegante a minha frente, com o nariz incrivelmente empinado e toda postura de dona de alguma coisa, não imagina que ela seja apenas uma empregada que faz apenas o que lhe é mandado

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Quem olha para essa mulher bem elegante a minha frente, com o nariz incrivelmente empinado e toda postura de dona de alguma coisa, não imagina que ela seja apenas uma empregada que faz apenas o que lhe é mandado. Minha preta tinha razão ao falar do tamanho da altivez e arrogância dessa mulher.

Ela olha entre mim e Edna, reparando-nos de todas as formas possíveis. Certamente, nos deve achar o casal perfeito dentro de seu conceito nada adequado e preconceito descabido e doente, já que minha amiga Edna é tão loira quanto eu. Chega a ser incômodo a forma que essa senhora a minha frente nos repara.

- Vocês formam um casal lindo. Perfeitos!- Elogia como imaginava.

- Muito obrigado! - Digo, tentando manter a frieza de sempre.

- Estão muito tempo juntos? - Faz uma pergunta desnecessária, mas não deixarei de responder já que quero muito ganhar sua confiança.

- No conhecemos há uns sete anos, pelo menos. - Digo.

- Nossa! Bastante tempo! - Diz e apenas sorrio de lábios colados. - Bom, sigam-me! - Chama-nos e então a seguimos. - A casa ficou bastante tempo fechada, por isso não se incomodem com a aparência que deve estar agora.

- A senhora não vem aqui há muito tempo? - Edna pergunta.

- Muitos anos, eu diria. Na verdade, essa casa foi usada pela última vez há quase oito anos e foi pelo filho mais novo do senhor Lobato. - Responde enquanto abre o portão para passarmos. Literalmente a casa está abandonada, pois o gramado está bem alto.

- Então o filho dele costumava vir muito aqui? - Sentindo um ódio em meu coração por saber que aquele filho da puta usou a casa para fazer mal a minha menina, questiono.

- Já faz tempo desde a última vez que ele veio aqui. - Desde o dia do aniversário de quinze anos da sua filha. Penso. - Depois dessa última vez, parece que ele fez uma festança com os amigos, ele nunca mais veio.

- E a casa ficou fechada desde então? Parece que nunca mais alguém entrou aqui. - Edna argumenta.

- Eu acredito que ele deve ter vindo uma ou duas vezes após isso, mas para morar ou passar muito tempo não. - Explica. - Por que quiserem comprar uma casa justamente em Búzios?

- Minha futura esposa adora o Brasil. As praias a deixam encantada. - Falo uma meia verdade, já que estou me referindo a Luna e não a Edna.

- E como soube dessa casa em específico?

- Ela está no site de vendas das melhores mansões do Rio de janeiro. Não foi tão difícil assim encontrá-la. - Edna diz. - Apesar de ainda termos mais duas mansões por aqui para ver, confesso que essa aqui chamou a minha atenção, pois segundo o anúncio, há uma praia particular e o próprio píer, não é?

- Ah sim! Isso com certeza chama atenção de muitas pessoas. - Ela abre a porta e entramos na casa. - Bom, como eu havia falado, está muito tempo fechada, mas a beleza dela é única.

POR VOCÊ (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora