CAPÍTULO 32

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— Bianca? — O miserável do Gustavo entra pela porta, com seus olhos presos aos meus e sua fisionomia parece bastante perturbada

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— Bianca? — O miserável do Gustavo entra pela porta, com seus olhos presos aos meus e sua fisionomia parece bastante perturbada. — O que está acontecendo aqui?

— Olha onde ele veio parar, amor! — Erick declara em ironia. — Depois de tanto tempo! — Completa.

Eu realmente fiquei surpresa quando o loiro falou que a tal reunião seria na casa dos Lobatos e não numa das salas de conferência do hotel em que estamos hospedados. Fiquei tensa com essa novidade.

No começo, eu resisti bastante a sua vontade, pois tudo que mais queria era ficar longe de tudo que me trazia lembranças daquele tempo ruim. No entanto, o loiro tem me ensinado que para vencer o medo, precisa estar diante daquilo que nos amedronta. E infelizmente, esse miserável é a pessoa que mais me causa pavor.

É incrível o quanto a presença dele me causa medo. Essas últimas vezes que nos vimos, toda minha carne tremia em sua presença. A todo o tempo em que me fitava com seus olhos acinzentados, lembrava do momento em que me violentava e me obrigava a olhá-lo. De como muitas vezes ele tirava as lágrimas dos meus olhos com sua língua nojenta, bebendo do meu pavor e debochando dele.

Eu preciso vencer isso. Preciso passar por cima desse medo que mal me permitiu defender a minha filha na última vez. O alemão confia em mim para superar meus traumas e ele nunca diz alguma coisa sem ter certeza.

— Fala Gustavo! Conte para eles o que você sabe sobre o pai da minha filha. — Digo, sentindo os tremores me tomar de novo, mas Erick segura em minha mão fortemente, me passando a força que tem. Ele é a minha força.

— Por que você nos meteu nisso, Gustavo? Por que você se juntou a Jackeline para poder criar essa história da falsa morte da Bianca? — A mãe dele vocifera e seus olhos me encontram irritados. É nítido o ódio dele sobre mim.

— Jackeline queria se livrar da filha que odiava e eu apenas orientei como fazer. — Diz, como se não fosse nada demais.

— Conta para eles qual foi a sua motivação para isso, seu escroto do caralho. — Minha amiga Christine diz furiosa. — Conta para eles o que você queria esconder, seu covarde, filho de uma puta!

— Olha aqui, sua...

— É bom você ver como vai falar da minha noiva, doutor Lobato. — Robert o interrompe. — Sua situação já não está nada confortável para você e poderia deixar muito pior. E vou!

— O quê? Vocês estão mesmo achando que alguma coisa acontecerá comigo? — O miserável sorri em deboche. — Eu não ficarei uma semana na cadeia se é o que pensam, pois aqui no Brasil as coisas correm bem diferentes. Quer saber por que eu a ajudei, mamãe? — Debocha novamente.

— Pare de ironizar as coisas, Gustavo. Vê se leva essa porra a sério! — Gerson esbraveja. — É o nome e a honra da nossa família que estão em jogo.

— Você me falando de honra? Quantas vezes você fodeu a sua secretária nesta semana, irmão? Quantas vezes eu o encontrei entrando no escritório do nosso pai, para poder comer a secretária que ele também fodia? — Gustavo joga na cara de Gerson. Literalmente, todos aqui não valem nada.

POR VOCÊ (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora