CAPÍTULO 34

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Mal consegui pregar os olhos durante toda a madrugada, pensando em minha morena que agora leva nosso filho em seu ventre

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Mal consegui pregar os olhos durante toda a madrugada, pensando em minha morena que agora leva nosso filho em seu ventre. Toda vez que penso nisso um sorriso enorme e bobo surge em meu rosto. Quero esse filho! Não vou aceitar perder mais um.

No meio da madrugada não aguentei e saí da capela para vê-la novamente. Minha preta ainda dormia em seu leito e seu semblante parecia bastante endurecido, mas sua boca já revelava um vermelho natural que me atraiu desde a primeira vez que vi. Acredito que ela esteja bem melhor.

Notei que o soro já havia acabado e fui chamar a enfermeira que estava de plantão, mas não a encontrei. O local estava bastante vazio e me deixou com uma sensação estranha. Apesar de ser bom não ter tanto movimento em um hospital, aquele vazio não era algo muito normal. A primeira coisa que verifiquei foi a segurança e estava tudo como deveria estar. Acho que o receio de perder minha mulher e filho está me deixando angustiado.

Após alguns minutos procurando a enfermeira que me deu a notícia, encontrei a mulher saindo sem seu uniforme de trabalho, às três da manhã. Ela disse que o plantão de trinta e seis horas dela havia terminado há duas horas, mas acabou ficando para ajudar um dos pacientes.

Quando perguntei sobre Luna, disse que o médico não autorizou que fosse recolocado o soro, pois a queria acordada pela manhã. Disse que três garrafas foram suficientes para que ela se recuperasse.

Observei a saída da mulher, mas alguma coisa me deixou incomodado nela. Por esse motivo, pedi que um dos seguranças que deixei a paisana fosse atrás dela discretamente e me dissesse para onde ela iria. Preciso tirar essa má impressão que ficou.

- O senhor aceita um cafezinho? - Uma funcionaria entra na capela, servindo um café para mim e para os outros parentes de pacientes que também estão no local.

Infelizmente, após ser pego na frente do quarto da minha menina, fui orientado a voltar para capela, afim de evitar qualquer contaminação minha ou dos pacientes que ali estavam internados. E praticamente, todo corredor está com pessoas que pernoitaram por alguma enfermidade.

Todavia, já estou bem mais animado, pois poderei ver a minha mulher e assim lhe dá a notícia de que teremos um bebê e que cuidarei para que venha com toda saúde necessária.

Sei que minha Luna sentirá medo a princípio, mas também sei que depois de eu dizer que faremos isso juntos, que eu não a abandonarei e que sua gravidez é a bênção de nossas vidas, ela ficará mais tranquila porque sabe que não minto. Eu a amo e já amo a criança que minha preta carrega consigo.

Já imagino a reação de Prince quando souber da notícia. Segundo seus conceitos, não ficará com ciúmes pois são pessoas diferentes, com idades diferentes. E que ainda ajudará a mãe a cuidar da criança. Mas, agora que surgiu de forma precoce, vamos ver se manterá a mesma ideia.

- Não, muito obrigado! - Recuso.

Minha vontade mesmo é ir atrás da minha mulher e poder abraçá-la. Não fico tanto tempo sem que minha Luna esteja por perto. Nem mesmo quando estou trabalhando, já que mesmo a distância, dou um jeito de nos comunicarmos, mas do jeito que estamos agora é demais. Ainda não ouvi a sua voz e isso me angustia.

POR VOCÊ (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora