Capítulo Dez - Tempestade (Parte I)

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Notas Iniciais

Aqui vai mais um

Ambas as jovens chegaram sem dificuldades ao sanatório, a sala estava um pouco escura e sendo iluminada por alguns feixes do luar e da lanterna que portavam

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Ambas as jovens chegaram sem dificuldades ao sanatório, a sala estava um pouco escura e sendo iluminada por alguns feixes do luar e da lanterna que portavam. Julia se moveu em direção a uma válvula de encanamento que se encontrava próxima da parede lateral à entrada e tentou destravá-la mas não obteve sucesso.

"Me ajude" exclamou ela, olhando rapidamente para Eleanor.

A morena deixou a lanterna no chão virada para elas e se colocou ao lado de Julia para ajudá-la. Elas tiveram um pouco de dificuldade em fazer o movimento e decidiram aplicar mais força, contudo, a pressão fez com que a válvula saísse do local, fazendo as duas encararem do objeto em suas mãos ao cano a sua frente.

Funcionou.

Imediatamente, das entradas do chão começou a jorrar um jato considerável de água que iria preencher a antiga banheira localizada mais a frente de onde elas estavam.

"O que acontece agora?" perguntou Eleanor enquanto seguia Julia em direção à banheira. As garotas se aproximaram da borda, uma escada de concreto levava à parte mais profunda do local, Eleanor tornou a se pronunciar quando sentiu o odor da água "eca, que cheiro"

"Eu gosto, é o cheiro da terra" exclamou a loira parada e com um sorriso contido.

Julia usava um vestido longo branco com detalhes pretos que iam da barra até o meio da coxa, ele também possuía mangas que iam até o pulso e tinham detalhes também pretos levemente bulfantes. Seu cabelo loiro estavam partidos ao meio, mechas laterais foram juntadas atrás em uma trança simples, porém, firme e o resto do cabelo caía em perfeitas ondulações pelos ombros e costas. Com uma postura impecável, ela estava radiante.

"Entre" disse para Eleanor enquanto se ajeitava de joelhos no chão próximo a escada.

Eleanor assim o fez mas não foi muito longe na banheira, ela se colocou sentada no terceiro degrau da escada, a água alcançava sua cintura e molhava sua camisola bege.

"Você não vai entrar?" olhou para Julia.

"Não, é para você. Eu não estou doente" Eleanor riu e Julia a seguiu.

A loira então deitou e apoiou a cabeça no braço esquerdo, uma posição que lhe permitia admirar Eleanor de perto. Aliás, está ultima terminara de se ajeitar, optando por se deitar transversalmente na escada e apoiando a cabeça da maneira mais confortável que conseguiu no primeiro degrau, sua posição também a permitia retribuir ao olhar de sua companheira se inclinasse a cabeça para trás. De repente, uma súbita tristeza e desespero que estavam se tornando cada vez mais familiares voltaram a tomar conta das feições da morena.

"Eu não quero ir para onde ele quer me mandar, eu não quero..."

"Você não precisa fazer o que ele quer" cortou-a suavemente enquanto iniciava uma carícia leve nos cabelos castanhos baguncados acompanhado de um olhar doce. "Eles estão assustados de pensar que você tem força e poder, que pode decidir por si mesma. Esse mundo está carregado de ódio e solidão mas nós somos sortudas, podemos escapar"

A Maldição de EstíriaOnde histórias criam vida. Descubra agora