Capítulo Oito - Velório E Superstições

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Notas Iniciais

Atendendo ao pedido de Chris_Voorhees138, espero que goste :)

Ainda naquela noite, Eleanor despertara com o barulho de mariposas voando próximo a lâmpada de seu quarto e do lado de fora de sua janela, suas asas se debatiam e o tintilar provocava um som suave, porém, irritante

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Ainda naquela noite, Eleanor despertara com o barulho de mariposas voando próximo a lâmpada de seu quarto e do lado de fora de sua janela, suas asas se debatiam e o tintilar provocava um som suave, porém, irritante. Ela ligou a luz e se pôs a olhá-las com atenção, a jovem começara a realmente concordar em considerá-las como símbolo de mau agouro. Após a breve análise e não querendo deixar sua fértil imaginação tomar conta, ela optou por desligar a luz e voltar a dormir mas batidas contra o vidro de sua janela se fizeram ainda mais presentes, o que atraiu a atenção da garota que tornou a acender a luz quando viu uma silhueta do lado de fora.

"Eu estava tão preocupada" sussurrou ela, se recuperando do breve susto. "Julia?" chamou quando viu a outra se distanciando.

A jovem Hill achando o comportamento da loira mais suspeito que o normal, resolveu cobrir sua camisola com o sobretudo verde oliva e seguí-la em direção à floresta enquanto tentava -em vão- obter a atenção da garota. Eleanor parou em um ponto próximo ao já conhecido lago e encontrou Julia sentada de frente para a floresta em silêncio, a loira usava um vestido longo branco e olhava ao redor como se procurasse por algo.

"Julia, o que há? Por que você está agindo tão estranho?" nenhum som foi emitido, Julia sequer olhava na direção dela. "Por que você não fala comigo?"

Julia focou a atenção em um ponto à sua frente, um sorriso malicioso surgindo a medida que uma figura feminina com tiara de rosas vermelhas e camisola branca caminhava por entre as árvores e se aproximava de ambas.

"O que é isso?" perguntou Eleanor confusa.

A desconhecida parou de frente para o lago a alguns metros de distância das duas. Julia assumiu uma postura séria e se levantou ficando lado a lado de Eleanor. A figura feminina tinha a cabeça inclinada para baixo observando o lago com muita atenção, e foi só quando Eleanor lhe disse que estava tudo bem e que ela poderia se aproximar delas, que a garota a olhou em silêncio com temor estampado em seu rosto. A troca de olhares não durou muito no entanto, logo a jovem estava novamente com sua atenção voltada para o lago, o reflexo do luar na água iluminava as feições angelicais e os lindos olhos azuis da garota. Ela estava indecisa e parecia travar uma luta interna, porém, toda e qualquer insegurança se dissipou quando ela ouviu a seguinte sentença:

"Junte-se a nós" proferiram Julia e Eleanor em uníssono.

A jovem de rosto angelical olhou uma última vez em direção às duas antes de se atirar no lago, deixando-se ser tragada pelo breu daquele ambiente inóspito, frio e flácido. Bolhas de ar se formavam dos lábios e estouravam na superfície da água a medida que ela se deixava afundar lentamente, a perturbação fazia sua linda tiara de rosas, que agora boiava sem sua usufruidora, se deslocar para cima e para baixo em pequenas ondulações. Ao contrário do que pareceu, a caixa de breu gélida ofereceu a ela o conforto e o calor que procurava, uma experiência paradoxal. A calmaria foi tomando conta de seu corpo e ela pôde -enfim- se deixar levar por completo.

A Maldição de EstíriaOnde histórias criam vida. Descubra agora