Chuva

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XANDE

O que se faz agora mesmo? Aperta a campainha? Bate palma? Bate bo portão? Caralho Xande larga de ser irracional, olha em volta tem campainha? Se não tiver aí você bate no portão; olhei em minha volta e vejo a campainha, agora é só tocar né? Será que ele vai ficar irritado por causa do skate? Tipo, ou era isso, ou eu não vinha, tá é exagero, mais; ele não vai se importar, mas e o meu sog- quer dizer e o seu pai ele vai se importar?Para de ser loco Xande, é só tocar a campainha.

Aperto o botão da campainha bem devagar vai que eu quebro, não vai causar uma boa impressão, sem se animar Xande, ele tem irmã, que pode abrir a porta pode ser ela.

A porta se abre revelando um menino um tanto quanto animado com cabelos, lindos na opinião de Xande, desarrumados.

- Oii! Princesa - ele sorri, é sério que ele iria ficar me chamando assim? Eu teria um infarto a qualquer hora.

- Oi! Gui - sorrio de volta.

- Pode entrando - ele fala dando espaço para eu passar - Não se encomada pelo caos, a amiga da minha irmã tá aqui.

- Sem proble... - assim que olho o interior da casa me assusto, passava Barbie na televisão, havias balões coloridos espalhados junto com serpentinas no chão, luzes penduradas, colchões e travesseiros também no chão, tinha uma menina com lacinho na cabeça maquinando outra de trancinha - caralho, desculpa.

- Sem problemas, tá um caralho mesmo, eu fiquei elas gritando a noite toda - ele diz fechando a porta.

- Ah, tem problema? - digo levantando meu skate que estava segurando.

- Nenhum, pode subir com ele - ele sorri e joga a chave em uma certinha que tinha ali perto - ah, esses são os meus pais - ele aponta com a cabeça.

Vejo um homem negro com uma faixa vermelha na cabeça e outro ruivo tomando café - Oi! - falo acenado para eles.

- Olá meu caro! - o ruivo me olha sorrindo, enquanto o outro me encara sério - eu sou o Calisto e esse aqui - ele aponta para o que me encarava no fundo dos olhos - é o Morato, ele é gente boa, só tá com sono - vejo Calisto dar um tapinha de leve no braço de Morato.

- Tá já conheceu eles, então vamos subindo! - Guizo começa a me puxar para cima - Não liga pro meu pai.

- Que? Não sem problemas, eles parecem ser legais - sou puxado pela escada até uma porta onde havia uma placa "entrada permitida somente para aliens" com uma nave espacial levantando uma vaca - Oh, que legal! - digo animado olhando para a placa.

- Gostou? - ele me olha confuso.

- Sim, adorei! Se gosta de aliens? - o olha muito feliz.

- Sim! Você também gosta ou tá sendo educado? - ele me olha com os olhos brilhando.

- Eu amo! - sorrio feliz e voluntariamente estendo a minha para ele, que também faz a mesma coisa que no final acaba com um novo toc criado por nós dois.

- A gente tem que estudar né? - o olho triste.

- Temos - ele me olha desanimado - mas podemos conversar sobre aliens depois - ele sorri ladino.

- Podemos - sorrio também.

Ficamos estudando, fazendo o que deveria ser feito, Calisto subiu até lá e perguntou se queríamos lanches que foi aceito de bom agrado, depois de lancharmos e estudarmos começamos a conversar sobre aliens, ele me mostrou vídeos que fazia explorando lugares que tinham bichos e tudo mais, aquilo tudo estava sendo muito incrível, mas como aquela merda de ditado disse tudo que é bom acaba.

Quando fui embora estava caindo um pé da água, o pior era que eu não tinha trazido guarda chuva, o que me fez esperar mais um pouco, não que fosse ruim, mas no final a chuva não parou só diminuiu, mas ainda era bem forte, então eu decidi ir embora assim mesmo, não queria preocupar meus pais.

- Bom como tá chovendo leva o guarda chuva Xande - Guizo me estendia um guarda chuva.

- Não precisa! - neguei desesperado, era muita gentileza para uma pessoa só.

- Eu insisto - ele abre minha mão colocando o guarda chuva nela e a fechando logo em seguida, ainda segurando minha mão ele coloca uma de suas mãos no meu ombro - me devolve depois - ele sorriu, caralho e que sorriso lindo, tinha cheiro de laranja - e toma banho quente quando chegar, pra não ficar gripado - ele fala ainda sorrindo.

- Obrigado! - eu devia estar mais vermelho que um tomate.

- Por nada! Cuidado viu, tchau! - ele acena para mim enquanto eu sai de casa.

- Tchau! - grito acenando para ele de volta.

Sem dúvidas aquele era o melhor dia de sua vida.

Opa, tudo bem?
Espero que sim.
Desculpa algum erro viu, beijinhos

Puta que pariu(xanzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora