Capítulo 3

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❖ Acontecimentos Paralelos ❖

--- Parte 1 ---

   Junto com o barulho de chuva ao lado de fora e ocasionais trovões uma porta rangera no andar de cima, enquanto podiam ser ouvidos pequenas passadas descendo a escada de madeira que levava ao andar de cima, surgindo uma garotinha aparentando entre seus seis a sete anos, de cor escura e curtos cachos em suas madeixas amendoadas.

- Papai? – Dizia uma garotinha que coçava o olho, abraçada à um cobertor florido nos primeiros degraus da escada.

 Surpreso, levantando do banco em que estava sentado Luiz andava de forma rápida indo à frente das escadas quase como se escondesse algo de errado. 

(Luiz)

- Jamile, já acordou?

Acenando com os olhos meio abertos perguntou:

(Jamile)

- Quem são esses homens?

Coçando a cabeça tentando arrumar alguma desculpa rápida para ter aquelas figuras suspeitas consigo àquele horário, logo respondeu:

(Luiz)

- São clientes minha filha.

(Jamile)

- Você vai sair? – Continuou a menina.

(Luiz)

- Papai conversa com você depois tudo bem?

   Acenando que sim com a cabeça deixando escapar um pequeno bocejo, a pequena subiu novamente as escadas arrastando seu cobertor, à medida que os pequenos passos desapareciam no andar de cima, bem ao fundo podia-se ouvir uma porta se fechando. Após uma pequena pausa, o druída arrumou sua arma e ajustando sua bolsa, foi em direção a porta, dizendo em um tom sério:

(Dritz)

-Agradeço a ajuda.. Mas esqueça isso...

Deixando escapar um suspiro exasperado, também pensativo, Skiz levantando-se da bancada onde se recostava também falou, enquanto detinha forte o brasão de seu irmão manchado de sangue nas mãos:

(Skiz)

- Você ficará Luiz. Não deixe sua família aqui.

Respirando fundo, o homem abaixou a cabeça e falou aos dois:

(Luiz)

- Eu preciso de dinheiro, pois não vêm muitas pessoas para comprar armas e equipamentos por encomenda... Até o comércio de armas está fraco... A vida moderna os deixou passivos demais. E missões de recompensa rendem uma boa grana.

O druída retrucou em tom alto:

(Dritz)

- E ESTARIA DISPOSTO Á DEIXAR SUA FAMÍLIA PARA TRÁS POR CAUSA DE DINHEIRO?!

Os trovões se tornaram altos e sem perceber, o druída já estava apertando forte a maçaneta da porta.

(Skiz)

-Não ganhará nada morto. – Completou o  arqueiro, também inconformado.

Luiz levantou a cabeça olhando ambos.

-Eu não pretendo deixá-la em lugar algum.. Não se preocupem conosco..  Precisam de algo mais antes de partirmos? – Disse Luiz, caminhando até o balcão.  

Respirando fundo parecendo pensativo por um momento respondeu:

(Dritz)

- Não me importo se quer se arriscar... Não serei eu quem vai impedi-lo, apenas tente não morrer na frente da criança..

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