auction - Taekookmin

5 - Park Jimin

Se passou dias desde o encontro repentino de Jimin com Jeon no banheiro, passou dias desde que o ômega sentiu o cheiro do alfa tão de perto, dias que esteve em seus braços, como se fosse um porto seguro, também se passou dias que Taehyung nem olhava na sua cara, não lhe dirigia a palavra, ele evitava Jimin de todas as formas possíveis, porém nem tudo é da forma que o menino quer, pois no momento o ômega se encontra parado em frente a sua casa, tocando a campainha repetidas vezes, precisava terminar o trabalho e não iria fazer o resto sozinho.

-Mas que cacete - foi a primeira coisa dita pelo alfa assim que a porta se abriu, Jimin arqueou a sobrancelha. Taehyung parecia surpreso e com deprezo ao mesmo tempo - O que faz aqui? - os olhos do ômega reviraram, maldito momento em que o professor colocou os dois juntos para o trabalho, para Jimin, ele estava pagando todos seus pecados e de seus pais também, para ter que passar por isso.

-O trabalho Taehyung - o alfa pareceu finalmente ceder, pois resmungar um "entra" da do espaço para o mais novo passar, Jimin não tardou e caminhou para dentro da casa, não deixando de farejar o cheiro de Taehyung. Achava incrível tanto Tae quanto Jeon lhe chamar atenção quando se tratava de cheiro.

Os passos do Jimin parou, ao chegar na sala e perceber uma linda mulher sentada no sofá, com veste elegantes, um brinco que refletia toda sua luz da lâmpada direito em seus olhos, unhas vermelhas e bem cuidadas, sem contar com a pele que parecia ser mais delicada que uma flor, já o cheiro, era doce demais, chegava ser enjoativo para Jimin. Seus olhos voltaram ao moreno, que passou direto por ele e se colocou a subir as escadas, ótimo, teriam que fazer tudo no andar de cima. Jimin se colocou a andar sem querer chamar atenção, já que a mulher parecia entretida em um canal de culinária, o que se tratava de uma grande hiprocrisia, já que com certeza ela não cozinhava nem lámen.

Todos os passos do ômega eram precisos, já que tinha medo daquela escada trincar, mesmo que fosse um vidro super resistente, não testaria sua sorte, não precisava. Depois de cerca de 1 minuto, que mais lhe pareceu uma eternidade, Jimin finalmente se viu no segundo andar da casa, onde tudo parecia ser mais caro que o andar de baixo. Ergueu o olhar vendo Taehyung parado diante uma porta, encarando o ômega, como se tentasse entender o por que ele demorou tanto para subir, em resposta seus ombros se levantaram, mostrando que não fazia idéia.

Taehyung o olhava como se fosse um pedaço delicioso de carne, os olhos brilhavam em um vermelho de se invejar, que caminhavam por toda a extensão do corpo do ômega, que estava intimidado e era fato, já que suas bochechas haviam uma cor rosada, os lábios do alfa foram mordidos, antes de um passar de língua. Jimin voltou a andar em passos calmos e lentos, desejando por tudo que aquilo que viu, foi apenas coisa da sua cabeça, um desejo que seria fonte da sua imaginação.

-Teremos que fazer o trabalho aqui...minha madrasta está na sala, como viu - Taehyung falava simples e grosso, o que diabos tinha feito para Tae o tratar como indiferente agora? Poderia pensar em diversas coisas, talvez seu pai tenha descoberto e desprezado o alfa por trazer um sem marca para sua casa, mas, não faz sentido já que sua madrasta não pareceu ligar para a existência do ômega.

Seguiu o menino até seu quarto, sem questionar sua forma de agir, sem abrir a boca para falar, não queria se envolver em algo que não deveria, para o ômega, já lhe bastava a surra de seu pai a uns dias atrás. Seu pai não pegou leve, o bateu como se fosse um saco de pancada, o chutou com força o suficiente para lhe arrancar sangue, que por sua vez manchou o tapete de seu quarto, poderia jurar que havia quebrado alguma parte de seu corpo no dia, pois mal andava, as pernas doiam, os braços e costas então nem se fale, não estava recuperado totalmente ainda, o roxo do olho sumiu, mas ainda continha alguns em suas costas e braços, tinha medo, medo de apanhar novamente, medo de qualquer alfa que se aproximasse, com exceção de Jeon, que o confortou, o deixou chorar feito criança.