Capítulo 8

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Depois de pouco tempo, nós abrimos a porta com dois béquer em mão, cada um com um. Kairawan não parecia estar feliz com isso, talvez ele nem tivesse energia para isso.

O que fizemos lá?Nada de interessante! Ele apenas retirou o líquido que a Wennor precisava. Não fizemos nada além disso, porque assim que ele conseguiu uma quantidade boa, Kai imediatamente parou.

Eu realmente esperava algum comentário transfobico, ou que ele seria aqueles homens gays com nojo de vulva, mas não, ele não tinha nojo. E isso fez meu coração palpitar mais forte.

- Espero que não tenha sido uma vergonha na hora de ter feito isso.  - Wennor diz pegando o béquer, um de cada vez.

- É, foi uma experiência diferente. Talvez em outro momento eu explore mais. - Kairawan diz sorrindo antes de se jogar no sofá com expressão cansada.

  Wennor estalou a língua e disse.

- O cabelo de vocês. - Ela pede guardando os líquidos junto ao uma camada de proteção.

Aproximo-me de Kairawan. - Irei cortar um pouco do seu cabelo.

Ele apenas faz "hum".  Seguro uma mecha do seu cabelo e corto com uma luz branca. Pego uma das minhas mechas e  corto também. Em seguida, as entrego para ela, que recebe e guarda.

- vou indo, quando terminar eu trago a vocês. - a mulher de cabelos laranjados jogou sua franja para o lado, retirando-se da casa.

Olho Kairawan deitado no sofá. Derrotado, me jogo em cima dele soltando um gemido leve, mas eu acabo atravessando seu corpo.

- Asahi...ahg...- Kai solta um gemido baixo. - Baby...você está me preenchendo. - Reclama.
Após me dar conta que adentrei seu corpo, saio de cima dele. Sorrio sem graça para ele.

- Pode acordar-me quando a Wennor voltar? - Kai vira levemente o rosto para mim e pede.

- Aham... Quando ela voltar, podemos ir para minha casa? Quero ver alguns assuntos com Unlyir, mas antes preciso que você me conte sobre todo esses problemas.

Kairawan não parecia disposto a querer falar sobre isso, então apenas ouvi um: "Tá bom." E vi seus olhos fechando.

Ele adormeceu.
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Após um tempo, Wennor já havia chegado, mas preferimos não acordá-lo, mas sim planejar uma estratégia para entender oque estava acontecendo. Wennor abriu a tela azul e começou as
pesquisas.

- Ele fala bem pouco sobre ele, né?

- Bem pouco mesmo. - Respondo suspirando.

Wennor clica rapidamente em algumas abas e estala a língua.

- Achei duas pessoas, que são irmãos gêmeos, se chamam 'Lucas e Gabriel'... desgraçados! - Wennor os xinga fechando as mãos com força. - Eles são as mesmas pessoas da terra, os primos dele!

- Sei que fala deles já faz um tempo, mas eu gostaria de saber como eles são.

Eu estava intrigado em saber quem era esses rapazes, aliás , haviam feito tanto mal para Kairawan, porém, me lembrava de alguém. Wennor abriu os arquivos da terra dos atormentados e pesquisou os nomes, logo aparecendo rostos familiares para mim.

- Eu conheço estes rostos. - Digo indignado. - Eles estavam na Casa dos Espíritos quando eu morri, e Unlyir tomou o poder daquelas terras. Logo após isso, as pessoas trans começaram a serem vistas como um avanço social, artes e seres sagrados na terra, contrariando todas as palavras bíblicas.

Ouvi Wennor suspirar. - Eu nunca havia seguido a palavra bíblica, para mim, Deus sempre foi complexo, e o ser humano burro demais para entender um ser celestial, mas as pessoas sempre disseram que ele condenava os gays mais perdoava as pessoas más.

Espírito para Ceifador (Vizter Escunler)Onde histórias criam vida. Descubra agora