Capítulo Dois

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Oie gente, voltei!!!! 

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Me virei na cama e vi pelas frestas da cortina o dia nublado lá fora

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Me virei na cama e vi pelas frestas da cortina o dia nublado lá fora. Lá no Brasil estávamos no verão, aqui na Europa era inverno. Se bem que na região sul as temperaturas eram sempre mais baixas, então eu já estava acostumada com o frio.

Desde quando eu cheguei anteontem, eu basicamente não saí do quarto. O clima frio e nublado já me deixava preguiçosa por natureza, e cansada do jeito que eu estava, só queria dormir pra esquecer toda essa merda. Dormir também me ajudava com os enjoos que eu estava começando a ter com frequência pela manhã, isso era bem chato.

A Dani ligou à tarde e ficamos conversando por um bom tempo, ela estava super preocupada comigo, mas eu lhe garanti que estava tudo bem. Mas quando ela me perguntou se eu já tinha decidido o que fazer, eu simplesmente não sabia o que dizer. Tô me sentindo perdida e à deriva em um mar revolto.

Eu planejei minha vida inteira com toda a calma e as coisas sempre deram certo pra mim. Sempre fui a filha perfeita, a aluna inteligente e com as melhores notas, tanto no colégio quanto na faculdade, e agora de uma hora para a outra, tudo simplesmente desabou e eu ainda tô tentando entender como isso aconteceu.

Toda vez que fecho os olhos, eu revivo aquela cena em minha mente e consigo sentir novamente toda aquela angústia e aquele desespero. Ver meu namorado me traindo com uma garota que eu sempre acreditei ser minha amiga, despedaçou meu coração em milhares de pedacinhos e eu não sabia como catá-los e colocá-los de volta no lugar.

A porta foi aberta devagarinho vi Raphinha sorrindo.
— Bom dia. — ele disse entrando. — Vim ver se já tinha acordado. Ontem quando cheguei você tava dormindo e eu não quis te acordar.
— Bom dia. — falei me espreguiçando e depois sentei encostada na cabeceira da cama. — Eu dormi o dia inteiro ontem, comecei a arrumar minhas coisas, mas desisti.

Apontei para minhas malas abertas e reviradas no chão.

Raphinha sorriu de novo balançando a cabeça e veio sentar ao meu lado.
— Como você está maninha? — ele perguntou abraçando meus ombros e recostei no seu peito, ouvindo as batidas do seu coração. Seus lábios beijaram os meus cabelos.
— Mais calma um pouco.
— Isso é bom. Babi eu sei que você me pediu pra não fazer nada, mas eu não consigo ficar indiferente a tudo isso. Eu liguei pra minha mãe ontem no meu horário de almoço.

Me afastei um pouco para encará-lo, meu coração disparado no peito.

Quando contei tudo que tinha acontecido, Rapha queria ligar para os meus pais imediatamente, mas eu não deixei e o fiz jurar que não falaria com eles. Era óbvio que ele não ia fazer isso.
— Eu pedi pra você não falar nada. — murmurei chateada voltando e me recostar na cabeceira da cama e abracei meus joelhos.
— Babi não tem como ficar quieto de braços cruzados. O que seus pais fizeram com você é absurdo demais, insano. Eles te viraram as costas no momento que você mais precisa.
— Até parece que você não conhece os tios que tem.

Rewrite the Stars • Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora