Babi sempre teve tudo que quis. Tinha a vida perfeita, era a filha exemplar e sua vida toda estava planejada. Até que um acontecimento inesperado faz o seu castelinho perfeito desmoronar e ela acordar para a vida real, onde nem sempre as coisas saem...
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Pedri conversava animado enquanto dirigia sua BMW e eu estava ao seu lado no banco do passageiro. Eu tentava responder vez ou outra, mas desejando estar a quilômetros de distância. Eu amava demais meu amigo, mas não estava no clima para diversão.
Não sei como foi que ele conseguiu me convencer a vir passear de barco. Na verdade, foi meu irmão que ameaçou me chutar pra fora do quarto caso eu me recusasse. Eles não entendiam que eu só queria curtir a minha fossa em paz, quietinha no meu canto.
Eu sei que eu poderia estar exagerando um pouco, mas cada vez que vejo aquela porcaria daquela foto, os dois, lado a lado, meu sangue ferve. Eu sinceramente não quero ver o Gavi na minha frente, não quero escutar nada do que ele acha que tem pra me dizer.
A Data FIFA tinha terminado e os jogadores já voltaram para seus clubes, e segundo o que Rapha tinha comentado, Xavi liberou o marrentinho do treino de hoje por ter jogado ontem. Não sei se ele já voltou para Barcelona ou foi até Sevilha visitar a sua "conhecida". Por mim ele pode ir até para a puta que pariu se quiser.
Pedri estacionou o carro e descemos. Essa parte da marina era particular, onde ficavam os iates e as lanchas luxuosas dos milionários. Pedri havia pedido emprestado a um amigo seu o iate dele para que a gente almoçasse e passasse o resto do dia em alto-mar. Seria um passeio e tanto se eu estivesse de bom humor.
Pedri foi falar com o marinheiro responsável pelo iate e dei alguns passos observando todo aquele luxo e ostentação. Era uma embarcação mais bonita que a outra. — Hei morena desfaz essa cara vai. — ele disse me abraçando por trás. — A gente vai passear de iate pelo mar Mediterrâneo e eu sei que você ama essa vibe.
Tentei sorrir com a mesma empolgação que ele, mas estava longe de sentir isso.
Entramos no iate luxuoso que tinha o nome de Egeu pintado em seu casco, em referência ao mar que banhava as ilhas gregas. A mãe do amigo de Pedri que havia emprestado o iate nasceu em Rhodes.
Os motores ligados fizeram a embarcação estremecer de leve sob os meus pés e fiquei observando conforme íamos nos afastando da cidade.
A porção do Mediterrâneo que banhava a costa leste espanhola se chamava Mar das Baleares, por conta das ilhas de mesmo nome que pertenciam ao reino da Espanha e formavam uma comunidade autônoma.
Fiquei tão entretida e fascinada observando o azul das águas do Mar das Baleares que não percebi que Pedri havia sumido desde quando o iate zarpou. Ele se afastou com a desculpa de que iria guardar minha bolsa, mas até agora não voltou.
Me virei para ir procurá-lo e levei um susto ao ver Gavi se aproximando devagar. Então eu entendi tudo.
