Babi sempre teve tudo que quis. Tinha a vida perfeita, era a filha exemplar e sua vida toda estava planejada. Até que um acontecimento inesperado faz o seu castelinho perfeito desmoronar e ela acordar para a vida real, onde nem sempre as coisas saem...
Hola culers! ❤💙 Mais uma vitória, VISCA BARÇA!!!! 🇪🇸
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Eu tentei dormir, mas passei boa parte da noite em claro revivendo o momento em que quase perdi o controle ontem à noite e beijei o marrentinho. Foi por um triz que não aconteceu, até porque ele também queria isso e nem tentou disfarçar.
Eu poderia ter agido da mesma forma que estava agindo ultimamente com ele quando o vi parado à porta da cozinha, ignorá-lo e conversar somente o necessário, mas ali naquele momento, eu estava tensa, nervosa com a tempestade e praticamente desesperada por uma companhia. Ter conversado com ele me ajudou a ficar calma e também me surpreendeu, Gavi é maduro para a sua idade, bom de papo. Talvez pelo fato de ter criado responsabilidade desde cedo por conta do futebol, ele amadureceu mais rápido.
Eu queria me aproximar e principalmente deixá-lo se aproximar, ver aonde isso ia dar, mas o medo da sua reação quando souber que eu tô grávida fala mais alto. Por isso eu ainda não lhe contei, mas preciso fazer isso logo. Como Rapha mesmo me disse, minha barriga vai crescer em algum momento, não vai dar pra esconder por muito tempo.
Cansada de remoer esse assunto, joguei as cobertas pra lá e levantei da cama indo até a janela. Abri a porta que dava acesso a sacada e dei alguns passos me encostando ao balaústre de madeira. Apesar de ainda estar frio, a chuva tinha dado trégua e o céu estava azul, sem nuvens. Um sol tímido começava a sair.
Ainda estava cedo, mas eu não conseguiria mais dormir e tava louca para dar uma volta a cavalo, então não perdi tempo. Troquei de roupa e lavei o rosto em tempo recorde. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e coloquei um par de luvas cinzentas mitene, aqueles modelos que não cobrem os dedos, somente a palma, o dorso e o pulso.
O andar de cima estava silencioso e caminhei devagar pelo chão de madeira avermelhado, os meninos deviam estar dormindo ainda. Desci a escada ouvindo vozes e fui em direção a cozinha. Pedri conversava com os tios enquanto eles tomavam café. — Bom dia. — cumprimentei simpática ao entrar e todos me olharam. — Bom dia morena. — Pedri disse sorrindo. — Já acordada tão cedo meu bem. — Jana comentou risonha trazendo uma bandeja com queijo caseiro para a mesa. — Dormi a noite toda. — menti na maior cara de pau. — Estou descansada. — Vem cá. — Pedri me chamou com a mão para sentar ao seu lado. — Toma café com a gente, prova um pedaço desse queijo que fazemos aqui mesmo. — Jana ofereceu e peguei uma fatia.
Pedri colocou um pouco de café preto pra mim enquanto provei o queijo que era uma delícia. — Eu vou ter que ir até a cidade com o meu tio, resolver umas coisas no cartório e preparar também nossa viagem de volta para mais tarde. Quer ir com a gente? — meu amigo perguntou e olhei pra ele dando um gole no café fumegante.
