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4 | Algo no modo

eu sou o fogo, você é a gasolina, venha se derramar sobre mim, vamos deixar esse lugar em chamas

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Jimin, ao notar que está acordando, amaldiçoa a própria vida. O que custa dormir umas vinte e quatro horas sem interrupções? Ao abrir parcialmente os olhos, nota que o escuro toma o início da manhã, isso quer dizer que o céu está nublado, fazendo assim, a preguiça se triplicar em seu corpo.

Sente-se pesado.

Abre os olhos por completo, com certa violência. Não está pesado, tem algo pesado sobre seu corpo. E uma respiração forte contra sua nuca e uma ereção tocando sua bunda.

Não grita, sua mente alerta. Melhor não respirar se possível, ela ressalta.

Não é a parede do seu lado do quarto. Não é o cheiro de sua cama. Não é seu travesseiro, muito menos sua coberta. Prende a respiração e fecha os olhos. Se pergunta que parte do capítulo da noite passada perdeu. Não se lembra de ter dormido ao lado do alfa e na cama dele. Alfa esse que se mexe e resmunga. Ele está acordando, isso dispara um alerta vermelho. Pressiona os olhos e os lábios, tenta, por mais difícil que seja, respirar calmante.

Que Jungkook não note que já acordou e que quase teve uma crise nervosa ao analisar toda a situação, é o que deseja do fundo do coração. Que belo jeito de iniciar o dia, anota mentalmente.

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Park acorda de um breve cochilo e se vê sozinho. Espreguiça o corpo e sem muita vontade senta na cama. Seu adorável colega de quarto, abre a porta do banheiro e sorri. O coração de Jimin acelera um pouquinho.

O cheiro do Jeon é bom, mas pela manhã ele parece tão melhor, principalmente após o banho. É tipo uma brisa fresca num fim de tarde ensolarado. Que garoto maldito, é o que quer grita aos quatro ventos.

Sorri de volta, esfregando um dos olhos.

Ele quer dormir um pouco mais, mas é hora de levantar e seu cérebro sabe. A ansiedade não vai deixá-lo pegar no sono outra vez, não vai permitir que ele ignore o mundo lá fora, que ele esqueça o dia todo atarefado, longo e enfadonho que o espera.

Ergue-se, e com o sorrisinho que não larga o rosto, tromba em Jeon, propositalmente, quando cruza o caminho dele.

Antes de entrar no banheiro olha para trás e o pega espionando. Nega com a cabeça e se tranca no cômodo. Encara seu rosto inchado no reflexo do espelho e solta um palavrão. Dormiu junto dele, devia estar questionando isso, não flertando veladamente.

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Sai do banho e vê o garoto que mexe com todo o seu sistema nervoso, ajeitando a camiseta branca na calça cargo. Morde a boca. Ele é tão bonito. Não acha isso justo. Imagina sentar e rebolar nas cox... Chacoalha a cabeça. Sabe do tesão quase sem cabimento que sente, mas está cedo demais para deixar certos pensamentos tomarem sua mente.

Seu corpo e lobo precisam se aquietar, é só um alfa cheiroso, bonito demais, que tem uma voz gostosa, o par de pernas mais lindos que já viu, que no fundo é uma pessoa legal, e que o provoca do jeito que secretamente adora.

Ele quer pegar Jungkook pela garganta e perguntar que direito ele tem para ferrar com sua cabeça assim.

— Deve estar se perguntando como veio parar na minha cama, certo? — Jeon pergunta enquanto coloca o cinto. Ele olha para Jimin, que confirma sem dizer uma palavra. — De madrugada você me cutucou, disse que teve um sonho horrível. Eu te toquei, estava tremendo, eu só te puxei pra mim, você não relutou e dormiu de novo.