13 | que você fique.

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eu sou o fogo, você é a gasolina, venha se derramar sobre mim, vamos deixar esse lugar em chamas

— Ji... — Sentado ao lado do ômega, Jungkook suavemente toca a coxa dele. Não quer parar o movimento da perna, pois sabe que é reflexo da ansiedade, só quer deixar claro que está  junto dele, que dará tudo certo.

— Não peça para eu me acalmar — exclama erguendo uma mão e fazendo cara feia.

A intenção não era ser rude, Jeon só usou um apelido, mas normalmente as pessoas falam suavemente assim e logo em seguida dizem que o indivíduo deve relaxar, e ele está a um passo de desfalecer, não tem como ficar tranquilo.

— Eu não ia pedir isso, amor. — Toca a lateral do rosto com cautela.

— Desculpa! — Pega a mão do alfa e beija. — É que... nossos pais vão entrar por aquele elevador e eu... eu não sei como vou reagir a tudo isso, acho que vou colapsar!

— Sei como te acalmar e posso ser bem rápido! — Tenta suavizar a situação fazendo gracinha e acaba ganhando um sorrisinho.

— Jungkook! — repreende com o olhar e o outro sorri contra sua bochecha ao tempo que aperta a coxa. — Engraçadinho! Pode parar.

— Não posso fazer nada nessa casa! — Volta o corpo e fazendo biquinho, cruza os braços.

— A alma gêmea que fui arrumar! — Segura o queixo do alfa e lhe dá um beijo rápido. Se acomoda no sofá e segura uma das mãos dele, entrelaçando os dedos.

— Sobre o seu pai, você acha que um dia vai, sabe? Sei que já falamos a respeito, enfim, nem sei porque toquei nesse assunto, desculpa, só estou nervoso.

— Ei, está tudo bem. E, não sei. — Afunda o corpo no estofado, esfregando a palma da mão no jeans que Jimin usa. — Eu realmente não sei se tenho coragem de confrontar toda essa dor, o vi ontem e sei la, ele seguindo a vida dele. Realmente, não sei. — Exibe um sorriso que reflete cansaço e mastiga a parte interna das bochechas. Park mergulha no sofá e abraça a cintura dele.

— Qualquer decisão que tomar, eu vou estar do seu lado, está bem? — Intensifica o abraço e acomoda o rosto na curva do pescoço de Jungkook.

— Tudo bem, amor! — Beija a testa do mais velho. Sabe que ficará tudo bem, eles estão juntos nessa, afinal.

O elevador abre, num salto eles se colocam de pé. Seok-hwan surge e o ar ao redor dele é tão imponente, que Jimin quer correr.

— Bom dia, garotos! — Se curva educadamente enquanto ajeita o blazer caríssimo.

— Oi, pai... — Jeon acena com a cabeça e não há entusiasmo em estar no mesmo ambiente que o homem, mas o foco hoje não é a relação deles.

— Olá, senhor Jeon, é um prazer te conhecer. — Jimin estende a mão, sendo prontamente apertada.

— O prazer é todo meu. Estou feliz por conhecer o ômega do meu filho, e por ajudá-lo. — Os três trocam olhares. O homem estende o braço em direção ao elevador.

Jimin para de respirar. Tudo correndo lentamente em frente aos olhos. Kyung-ho, seu pai, está sorrindo, totalmente emocionado, em sua direção. Naturalmente se aproximam. Se encaram sem pressa. Lágrimas correndo por seus rostos. O silêncio não os incomoda.

— Oi, Jimin — Kyung-ho profere baixinho, é a primeira vez que pronuncia o nome que ele escolheu para o filho, sem ser em suas preces ao universo, onde implorava para encontrá-lo.

Stay • pjm + jjk • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora