12 | Eu quero

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eu sou o fogo, você é a gasolina, venha se derramar sobre mim, vamos deixar esse lugar em chamas

Jimin acordou mais cedo que o habitual, antes mesmo do sol nascer. Ele tomou banho sem causar um ruído sequer e na hora do café, o refeitório estava vazio. Inclusive ficou sentado na porta da biblioteca por uns dez minutos, por chegar antes da senhora que cuida do local. Quem olha, até julga que se tornou uma pessoa produtiva da noite pro dia. Grande ilusão, só está fugindo desde que abriu os olhos.

Fez sexo gostoso com Jungkook madrugada adentro e quando acordou, a mente o bombardeou com cenas altamente devassas, sendo assim entrou em pânico, saiu dos braços do alfa e começou a se esconder.

De início, era meio que vergonha por tanta exposição, se é que me entende, mas agora? Agora é o puro suco de: se olhar para Jeon por tempo demais, arrancará a roupa sem nem perceber.

As pernas chegam a ficar bambas e a boca enche de água ao lembrar que foi colocado sobre a cama dele de todos os jeitos possíveis. Jungkook estava com muita fome, e ele foi um banquete e tanto.

Falando no alfa, ele apenas deu uma risadinha nasalada quando acordou e se viu sozinho. No fundo, já esperava uma reação parecida. Park é a pessoa mais implacável e estressada que conhece, mas acabou mostrando uma face diferenciada quando estava a um passo de perder a sanidade entre seus lençóis.

O ar autoritário ainda estava presente em cada ato do ômega, mas ele implorava de um jeito tão sedento e manhoso, que chegava a choramingar. Jeon pegou no sono, sabendo que a vergonha iria bater no rosto do garoto assim que acordasse.

E quando no chuveiro, o alfa recordou de certas cenas, com uma riqueza de detalhes impressionante, quando viu, estava com a testa encostada no azulejo branco e gemendo o nome do Park.

Por fim, não procurou Jimin, por mais que quisesse isso da mesma forma que uma pessoa perdida no deserto deseja uma garrafa de água. Se o ômega precisava de um tempo para colocar os pensamentos e sentimentos em ordem, ele iria ter.

♦️

Jungkook não consegue parar de pensar na madrugada que teve, mesmo agora com o alarme do Centro tocando sem parar, o que indica que algo grave aconteceu ou pode acontecer. Pobre alfa, a mente dele só gira em torno da forma que Jimin sentou nele e em como o garoto é um depravado na cama.

A voz da orientadora escapa pelas caixas de som espalhadas pelo campus e todos param para ouvir. A maioria dos alunos faz careta e todos começam a se olhar quando escutam que serão dispensados pelos próximos dias, pois está ocorrendo uma infestação de percevejos no último andar do prédio onde moram. Uns comemoram, outros se perguntam como isso pode estar ocorrendo, tem aqueles que nem sabem o que é um percevejo e tem Jungkook.

O alfa está sorrindo. Ele sorri muito. Sorri a ponto de ser assustador para quem olha.

Sai correndo pelo gramado em direção a biblioteca. Ainda agitado, mas agindo silenciosamente, entra no local e vai atrás do tão sonhado alvo. Encontra quem ele quer no último corredor, criatura essa que está alheia a qualquer movimentação.

— Ei, bebê! — chama Jimin, que leva um susto e deixa um livro cair no chão.

— Garoto? — faz cara feia enquanto se agacha para pegar o objeto. — Não chega desse jeito, eu me assusto à toa.

— Vamos para casa.

— Para casa? Você está louco? Que casa? Como assim? — Está visivelmente nervoso.

Stay • pjm + jjk • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora