Stay • pjm + jjk • abo

5 | como você se move,

eu sou o fogo, você é a gasolina, venha se derramar sobre mim, vamos deixar esse lugar em chamas

❍

Jungkook, deitado em sua cama, tira a atenção de sua leitura e analisa seu colega de quarto.

Jimin, ajeitando o cabelo na frente do espelho, está alheio ao fato de que está sendo examinado minuciosamente, desde os sapatos, ao fecho da correntinha de prata que usa. Ainda bem, porque se visse como está sendo analisado, com toda a certeza chutaria o pau da barraca e só iria se afastar do alfa quando a boca estivesse dormente.

Mastigando o lábio inferior, Jeon decide acabar com a guerra silenciosa que se estabeleceu entre eles no começo da semana. Precisa colocar para fora o que está se passando por sua cabeça ou pode acabar explodindo antes que o ômega saia do quarto em direção ao prédio desativado.

Vou beber e beijar na boca como se fosse meu último dia na terra, ouviu coisas assim do seleto grupo de Yejun, durante a semana, e saber que o motivo das suas noites mal dormidas estará no meio da patifaria, deixa seu interior mexido para caralho.

— Precisa de tudo isso pra ir ali do lado beber com seus amiguinhos? — Fecha o livro e torce o nariz. Não faz questão de esconder o quão incomodado está com a ideia.

Depois da fatídica noite em que brigaram, eles não trocaram uma palavra, mas isso foi pelo Park, para deixar claro, Jungkook, na manhã seguinte, tentou conversar, mas foi em vão. Se não trocaram palavras, não se tocaram também, e quando digo isso, nem mesmo um esbarrão. O dormitório não é tão grande assim, então tire suas conclusões.

Mas isso não quer dizer que a implicância ficou em segundo plano, e nós sabemos qual é o teor de provocação deles. Pois é, eles meio que voltaram à estaca zero, como se fosse o primeiro dia.

Jimin não sabe lidar com os sentimentos que Jungkook trouxe à tona e o Jeon não sabe lidar com Park tentando lidar com esses sentimentos.

Usar de excitação para tirar o outro do sério é a coisa mais baixa que alguém pode fazer e infelizmente eles fazem isso muito bem.

No desenrolar dos dias, Jimin fez questão de deixar algumas coisas caírem no chão só para ficar de quatro em direção ao alfa, que descontava a provocação barata vagando pelo quarto sem roupa, incitando ainda mais o joguinho sujo.

Lá estava Jeon provocando o colega de quarto, flertando descaradamente com alguém na primeira oportunidade que tinha, e aí o ômega pegava sua pouca prudência e jogava no lixo ao se masturbar durante o banho e gemer sem vergonha alguma, o nome do mais novo enquanto gozava.

Pegando pesado, como bem sabe fazer, Jeon lançou alguns olhares do tipo se eu te pego não sobra nada, e Jimin, deixando claro a criatura terrível que pode ser quando quer, descontou todos eles enquanto dormia, arrebitando sua linda bunda em direção ao outro.

O alfa cansou de morder a boca olhando descaradamente para o mais velho no refeitório, só para vê-lo forçando a língua na bochecha e depois a pontinha dela deslizando pelos lábios entreabertos.

Genuinamente? De modo geral? Foram situações de dar pena. Jimin só estava, e ainda está, frustrado. Ele quer ser sim, ser o cara do Jeon, e não soube, e ainda não sabe, lidar com esse sentimento pesado e repentino, e com todas as cenas que sua mente fabricou, e ainda fabrica, sobre as coisas que ele já teria feito com Junseo.

Não suporta a ideia de que para o tal garoto, é fácil demais e nada perigoso estar nos braços de Jungkook.

Ele nunca sentiu ciúmes, de nada, nem ninguém, sabe lidar com a inveja, pois não pode ser tão livre assim, visto que sua avó é uma megera, mas ciúmes? Não. Ele não sabe o que fazer com isso, e não quer lidar com esse sentimento.