Capítulo – Às vezes é bom ter limites.
Ainda depois do pedido de casamento...
― Eu me senti muito estranho ― Ken comentou sentado na calçada com Kim e Pete ― Às vezes eu sei que a amizade deles é assim, todos fazem terapia e tudo mais, só que...
― Foi invasivo demais, não é? ― Kim completou e ele assentiu ― Eu sei, desde que comecei a sair com o Porchay percebo isso, mas é do jeito que eles são.
― Só que ainda sim, precisa de uns limites ― Ken disse ― Foi assim agora com o pedido de casamento, imagine no casamento, imagine quando forem para a lua de mel.
― É bem capaz de todos quererem ir junto ― Pete falou e suspirou ― Eu amo o Vegas, sei o quanto ele é uma boa pessoa mesmo sendo alterado às vezes, mas... Em relação aos amigos ele meio que não tem limites, ele fala sem pensar, ele age sem pensar e nós já conversamos muito sobre isso, mas ele não muda.
― Eu sei o quanto a amizade deles é forte, mas ainda sim eu me sinto incomodado com algumas coisas ― Ken falou ― Naquele dia que o Big achou que estava o traindo? Na hora eu não falei muita coisa, mas depois quando estávamos a sós eu disse que estava muito errado aquilo tudo, que ele poderia ter me chamado, que poderia ter conversado, imagine se ele levasse tudo ao maior nível eu iria apanhar do Vegas porque estavam todos aqui.
― É... ― Kim suspirou ― Eu nem posso falar muito porque Porchay está no meio e mesmo que ele queira parecer diferente dos amigos, em algum momento ele age igual.
― Vou conversar com o Big sobre limites ― Ken murmurou ― Se eu passar por uma situação assim novamente é capaz que eu vomite, porque foi realmente vergonhoso.
― Mas Kinn não pareceu tão chateado ― Kimhan olhou para o Ken.
― Duvido que ele diga aos meninos― Pete quem falou.
[...]
Porchay estava terminando de tomar seu café para ir trabalhar naquela segunda-feira quando Kinn entrou na cozinha terminando de abotoar sua blusa.
― De quem foi a ideia de ficar aqui? ― perguntou e Porchay o encarou ― No dia do pedido, Porchay.
― Não lembro, só acabamos ficando aqui ― murmurou.
― Hm.
― Ficou chateado, não foi? ― suspirou ― Não era nossa intenção, eu até mesmo falei, mas na hora eu fiquei tão curioso para saber o que você iria falar que aceitei.
― Eu fiquei um pouco, porque eu não queria vocês aqui, eu te disse ― pegou um copo ― Mas Porsche gostou, pra ele foi algo bom ter os meninos, só que eu...
― Me desculpa ― pediu ― Sério, Kinn.
― Tá tudo bem, eu só quero que saiba que eu fiquei chateado ― falou.
Porchay assentiu e saiu da cozinha, esperou Macau e juntos foram para o trabalho. Macau percebendo como o amigo estava, o cutucou;
― O que aconteceu, Chay?
― Kinn disse que ficou chateado por causa do pedido― falou e Macau bufou ― É sério, ele tinha pedido que a gente não estivesse, mas fomos lá e nos metemos.
― Porsche gostou.
― É, Macau, o Porsche gostou, mas o Kinn que foi aquele que pensou em tudo, não se sentiu bem, ficou chateado ― voltou a falar ― Eu estou me sentindo mal, acho que devemos pedir desculpas a ele.
― Será?
― Eu tenho certeza.
[...]
Porchay estava terminando de imprimir algumas declarações para poder assinar, já que alguns alunos estavam precisando para alguns passeios e também a pedido dos pais. O Pachara estava tão focado que não percebeu Kimhan entrando na sala com um copo de café, só se deu conta quando o professor puxou a cadeira para sentar.
― Está no intervalo, pedagogo ― Kim disse e Porchay sorriu pegando o copo ― Você está tão calado hoje, aconteceu alguma coisa?
― Naquele dia do pedido de casamento do Kinn e Porsche, você ficou sem graça?
― Com vocês lá? Claro. Eu, o Pete e o Ken ― falou.
― Porque você não me disse?
― Isso iria mudar alguma coisa? Você pode falar que não, mas você é teimoso, Porchay.
― Kinn veio dizer hoje que ficou chateado.
― E?
―Eu estou me sentindo mal.
― Acho que ele não quis te deixar mal, mas que você entendesse que não foi legal ― suspirou ― No começo todos eles agiam de uma maneira completamente idiota, eles foram mudando, Kinn e Porsche então foram os de longe que mais mudaram em relação a você e seu relacionamento, talvez seja a hora de todos vocês começarem a mudar também em algumas coisas.
― Como assim?
― Limites, amor ― falou ― Cada um de vocês tem um relacionamento, não seria legal se eu quisesse transar com você na sua sala e você chamasse os cinco pra assistir.
― Credo, Kimhan.
― Mas é sério, deve ter sido isso que ele sentiu, porque você mesmo me disse que ele pediu para vocês sumirem no dia, pediu sua ajuda para arrumar, mas não queria ninguém lá e olha o que aconteceu, estávamos todos na cozinha sentados no chão.
― Droga.
[...]
A noite chegou e Porchay encontrou Kinn na sala, se aproximou do amigo e o abraçou, Kinn ficou confuso, mas o abraçou de volta.
― Me desculpa.
― Ah meu amor ― Kinn riu ― Já passou, tá? Eu só fiquei chateado, mas entendo que vocês são assim mesmo.
― Você também não fica atrás ― rebateu e sentou ao lado do amigo ― Eu não vou deixar mais nenhum deles se meter em algo.
― Eles não sabem a palavra limites, tanto é que o Vegas quer organizar minha lua de mel ― Kinn riu ― O que eu não reclamei porque ele disse que vai pagar, e o que é bom porque economizo pra casa.
― Eu não entendi errado ― Porchay falou ― Você quer mesmo se mudar?
― Eu e o Porsche, não ache que o pensamento é só meu ― disse e suspirou ― Vivemos aqui quase desde a faculdade, estamos juntos sempre e eu amo vocês , mas iremos casar... Queremos algo nosso.
― Só por cima do meu cadáver! ― Vegas gritou e Kinn se assustou ― Olha só, tramando pelas nossas costas. Big! ― gritou e Big apareceu enrolado na toalha com o cabelo cheio de espuma ― Kinn vai embora com o Porsche.
― Mas você é dramático e aumentativo ― Porchay bufou ― Quando ele casar, Vegas.
― Foda-se, dá no mesmo!
― Você estava ouvindo a nossa conversa? ― Kinn perguntou.
― Não, eu estava indo a cozinha quando escutei seu plano terrível.
― Mas isso já não era de se esperar? ― Big perguntou ― Ai, tá entrando shampoo no meu olho.
― Não ― Vegas bufou.
― Vegas tem problema com perda, estou começando a achar que a terapia não está ajudando ― Big disse e saiu correndo quando Vegas ameaçou o bater, mas caiu no chão ― Porra!
― Meu Deus ― Porchay levantou e foi para o corredor, vendo Vegas tentar ajudar o amigo a levantar ― Kinn, rápido, acho que ele caiu em cima do braço.
― Eu acho que eles vão morar comigo, eu só acho, porque nenhum deles consegue fazer algo ― Kinn reclamou, mas acabou rindo ― Ai vida, precisamos de mais terapia
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os cinco • kimchay versão •
FanficPorchay não conseguia arranjar um namorado ou namorada por causa dos seus amigos, os cinco - apelidados carinhosamente de bonde dos ridículos. Kinn Porsche Vegas Macau Big Eram uns pé no saco que não achavam ninguém que Porchay apresentava ser di...