Sour Sweet:: Taekook

Capítulo 3

CAPÍTULO TRÊS

Rara as vezes que Kim Taehyung acordava com humor tranquilo.

Depois da noite que passou conversando com Jungkook, Taehyung demorou para dormir. Preferiu adiantar os trabalhos do que tentar descansar, não iria apelar — novamente — para os remédios.

— Seu café da manhã, senhor.

Brian era pontual. Todos os dias, desde que começou a trabalhar para o alfa, aparecia com a bandeja às sete da manhã no quarto. Sabia o quanto seu patrão era exigente e que não tolerava atrasos.

— Peça para Karina vir preparado, porque hoje tem serviço.

— Sim senhor. Mais alguma coisa?

— Observe se os ômegas vão comer. Pode ir.

[...]

— Nem adianta esperar, garoto. Ele não vai aparecer.

Seokjin foi duro ao dizer. Percebeu os olhares ansiosos do Jeon na sala de jantar. Cortaria qualquer tipo de esperança no ômega.

— E-eu não estou esperando ninguém! — respondeu tímido e emburrado.

— Não precisa ser grosso com ele, alfa! Ele não te fez nada — Jimin defendeu o amigo. Não tinha gostado dele.

— Não fiz nada com ele, ômega intrometido! — Jin rosnou.

Jimin rosnou de volta. Não abaixaria a cabeça para nenhuma pessoa. Principalmente para um alfa.

— H-hyung... não precisa brigar! — Jungkook pediu, segurando o ômega.

— Acho melhor escutar seu amigo, ômega. — Seokjin rosnou para o Park.

— Jungkookie!

— Senhor Seokjin, por favor, não discuta com eles. Eles não fizeram nada — Alita pediu, colocando a mão no ombro de Jungkook.

— Não se intrometa, você é apenas uma empregada.

— Está sendo ignorante com a mulher que te criou, primo? — Taehyung questionou, assustando os presentes.

Estava passando por ali e sua curiosidade atiçou-lhe, o jeito grosseiro do Kim lhe fez ficar atento. Seokjin não agia daquela forma com ômegas e mulheres.

— Enquanto sua mãe estava dando para o primeiro cara que aparecia, era ela que cuidava de você — Taehyung não poupou palavras. — Peça desculpas para ela.

— Não precisa, senhor... ele está certo — a beta falou cabisbaixa. Tinha tanto esforço e afeto para o alfa, para no final escutá-lo dizer aquelas baboseiras. — Eu sou apenas uma servente.

— Nunca mais repita isso, Alita! — Taehyung foi ríspido. — Você faz parte da família e se ele não quer entender, eu não posso fazer nada.

— Incrível como você vai ficar ao lado da empregada. A cada dia que passa, você me surpreende, primo. — Seokjin rolou os olhos.

Suspiros de surpresa escaparam dos ômegas quando viram Taehyung enforcar o outro alfa. Alita apenas apertou os olhos, acostumada com a relação dos alfas.

— Ela é da família, alfa e você vai pedir desculpas, seja por bem ou por mal.

— Ele vai ficar bem? — Jungkook perguntou, após Taehyung sair carregando o primo.

— Vai, eu acredito que sim. Isso sempre aconteceu entre eles, então não se assustem.

[...]

Kim Taehyung tinha uma casinha nos fundos da casa. A casinha das tralhas. E diferente do nome, não havia tralhas ali. Era lá que Taehyung trabalhava. O melhor lugar que conseguiu.