- Mas eu não quero que ele seja uma estrelhinha, eu quero que ele seja meu irmão, eu quero ele aqui. - Seus olhinhos se encheram de lágrimas.
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Luiza PVO.
Me aproximo do diálogo que estava acontecendo entre Artenisio e Valentina e me sento novamente ao seu lado, Valentina estava arrasada, passo minhas mãos por entre os seus ombros e a abraço dando-lhe um pouco de conforto e para mostrar que ainda estou ao seu lado.
Eu estava mais calma, porque entendia que agora era preciso, Aurora e Artenisio estavam ali.
- As mamães também queriam ele aqui filho, mas isso não dependia só da gente, a gente fez de tudo para que ele ficasse e ele também, eu tenho certeza, mas agora ele não está, está com sua avó e seus avôs e vai olhar lá de cima pela gente, agora eu preciso que você seja forte pelas suas mamães, a gente vai precisar deixar ele ir. - Minha voz embarga de novo e Valentina chora mais forte, todos ali choravam com o dialogo que estávamos tendo. - Você consegue se despedir do seu irmão? Só se conseguir, filho. - Vendo toda aquela cena Artenisio dá a volta na mesa e corre abraçando a mim e Valentina ao mesmo tempo chorando e repetindo: Eu não quero deixar ele ir.
Ele entendia, entendia que seu irmão não voltaria, que ele não o veria mais, e ver Artenisio sofrer daquela maneira me matava ainda mais.
Me levanto atordoada com uma sensação em meu peito, caminho para o lado da mulher que chorava baixinho copiosamente.
- Mãe vem cá, me dá um abraço, eu não falei com você. - Ali ninguém estava se lembrando que ela havia visto tudo e estava tão mal quanto qualquer um de nós.
- Eu tentei salva-lo, filha, eu tentei me jogar na frente para que não pegasse nele, mas foi em vão. - Ela chorava de soluçar.
- Eu sei mãe, eu sei que você fez tudo o que. - A abraço forte.
Valentina PVO.
Seguro na mão de Artenisio e Aurora vinha nos braços de Luiza, iriamos entrar para eles verem o irmão e se despedirem.
Luiza entrou com Aurora, mas Artenisio paralisou assim que o viu da porta.
- Mamãe, eu não sei se consigo. - Meu coração estava tão apertado, que eu simplesmente não sabia o que dizer.
- Qual a memória mais feliz que você tem com seu irmão? - Eu indago e ele me parece pensar.
- É aquela em que nós estávamos fazendo um piquenique e andamos a cavalo. - Ele sorri entre lágrimas. Eu também me lembrava bem dessa.
- Fecha seus olhinhos e imagina apenas o seu irmão. –Ele faz o que eu peço. – Imaginou? - Ele afirma que sim. – E o que ele está fazendo? – Pergunto cautelosa.
- Está sorrindo para mim. – É evidente a tristeza em sua voz.
- É assim que eu quero que conserve a imagem de seu irmão, sorrindo, ele sempre estará com você. – Dou novamente com a mão para entrarmos e ele prontamente a segura.
- Filha dá um beijo no seu irmão e fala que você ama ele. – Luiza instruía Aurora a fazer.
E assim nossa pequena faz, dá um beijo em sua testa e fala que o ama, alheia a toda aquela situação. Ela não compreendia como Artenisio.
Ele estava calado, olhando, analisando o irmão todo conectado as máquinas que faziam apitos, distante.
- Vem para mais perto do seu irmão. – Luiza o chama, e ele se aproxima lentamente, - Me espera um minuto vou deixar Aurora.
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Até o Para Sempre- Nunca Vou te Deixar- Valu
Fiksi PenggemarA história relata as dificuldades de um casamento entre Luiza e Valentina, ambas prometeram que seria de agora em diante até o para sempre, mas quanto custaria esse sempre? Vem acompanhar esse especial do nosso primeiro livro, Até o para sempre: Nu...