15. The White Shirt

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Bom dia!

Aqui vai a att!

Boa leitura❤️

👑

Harry resmungou ao acordar naquela manhã de sábado. Piscou e viu o quarto completamente escuro pelas cortinas blackout e se esticou para ligar o abajur. Apanhou o celular na mesinha de cabeceira e bufou ao ver que eram oito horas e a cama grande que compartilhava com o esposo estava vazia, com nada além do ômega. Respirou fundo e tateou a cama, o lado de Louis estava frio, sem sinal de que ele tinha levantado há pouco tempo e o príncipe revirou os olhos, odiava quando acordava nos finais de semana e seu alfa não estava com ele, dando beijinhos em seu pescoço ou sussurrando sacanagens em sua orelha. Afastou os edredons macios e colocou os pés para fora da cama, calçou seus chinelos de camurça e um pompom branco na ponta e se levantou, o que fez o cetim sedoso da camisola que usava cobrir suas coxas, e memórias quentes da noite anterior vieram à sua mente, quando se deitou na cama sem intenções de transar e Louis o pegou de jeito, resultando em gemidos manhosos e súplicas desejosas enquanto ele metia forte em Harry.

Minha nossa, que alfa, pensou e passou a mão pelo pescoço ao caminhar para o banheiro do quarto e sorriu ao pegar sua escova de dentes, colocou o creme dental e se encarou no espelho grande e moderno ao escovar seus dentes. Viu um ômega bastante sensual com aquela camisola de seda clara, os cachos estavam desgrenhados e tinha um chupão indiscreto no ombro esquerdo, o que o fez corar. Porém, apesar do vigor da juventude, ele estava bastante cansado com a rotina estressante daquele último mês, tentar conciliar os compromissos das duas Coroas, um casamento e suas necessidades pessoais não estava sendo fácil.

Era maio e estava casado há um mês. Um mês morando em Buckingham, longe de sua família, porém nunca estava longe o suficiente dos deveres e obrigações da Coroa francesa. Um mês de muita cumplicidade entre ele e o marido, de muitos beijos e conforto, muitas risadas também, porém de muitos eventos ao lado do monarca inglês. Um mês sem supressores, um mês sem acompanhar de perto o sofrimento da doença de seu pai, um mês de muitas perdas pessoais, mas de muitos ganhos também.

Em termos matrimoniais, tudo estava muito bem, dormia com Louis todas as noites e ser abraçadinho pelo homem que amava era perfeito, receber seus beijos e toques depois de um dia cheio era o que confortava o rapaz, que ansiava o momento de ir para o quarto só para ser alvo da boca quente e molhada do marido. Não pelo sexo. Sim, o sexo era incrível e Harry amava quando Louis o comia com força, assim como amava quando faziam amor devagarinho. Depois da lua de mel em Dubai, os dois retomaram seus compromissos reais e eram muito cansativos, então nem sempre tinham disposição para se entregar um ao outro daquela forma e os beijos e carícias singelas, no momento, contavam muito mais que o sexo em si. Desejavam um ao outro, sim, a chama não havia se apagado - era cedo demais para se apagar! - e ambos gostariam de transar com mais frequência, mas estavam tão cansados com os acontecimentos recentes, especialmente Louis com a crise no Parlamento, que a frequência tinha reduzido bastante.

Na lua de mel, transaram todos os dias, estavam se descobrindo como casal, descobrindo suas preferências e fantasias, e estavam relaxados no hotel e no ambiente tranquilo, então tinham bastante energia para aproveitar aquele momento íntimo do casal e, honestamente, os dois tinham esperado bastante para a lua de mel e finalmente fazer sexo, então não perderam a oportunidade. Em contrapartida, aquele ritmo foi embora quando chegaram a Londres e a bomba sobre o Parlamento foi jogada no colo de Louis, o alfa estava bravo, estressado, e Harry estava com tanto medo dele perder as estribeiras que até sugeriu que ele voltasse a tomar os supressores, mas Louis recusou porque aquele vai e volta de hormônios não era bom para o seu organismo e os efeitos colaterais ao voltar a tomar o deixariam ainda mais irritadiço. E as coisas também não estavam fáceis para Harry, que tinha que lidar com os compromissos da Coroa francesa e resolver milhões de coisas e ainda algumas eram da Coroa britânica, porque agora ele não era apenas o delfim da França, mas também o príncipe da Inglaterra e tinha que se virar em mil para dar conta de tudo aquilo. Diante daquele caos em suas vidas, como poderiam fazer sexo em paz?

Between Two Crowns • Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora