8. Distance

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Bom dia! Aqui vai a att!

Boa leitura❤️

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O estranhamento de qualquer funcionário ou familiar que estava em Buckingham foi imediato assim que Louis retornou da França. Ele já estava em casa há alguns dias e estava claro para quem quisesse ver que alguma coisa tinha acontecido ao rei, visto que ele estava sorridente e com um humor ótimo, o que era um evento raríssimo para aquele homem. Liam era o único que desconfiava do porquê e, como ele era bastante fofoqueiro, comentou com sua mãe sobre isso, mas Louis mesmo não revelou a razão de estar tão sorridente.

Até ler os documentos de Estado da Caixa Vermelha era divertido! Naquela manhã de quarta-feira, Louis andava pelo palácio bastante animado, mesmo que na agenda seu dia fosse deprimente ao analisar coisas do governo e, pessoalmente, ele não gostava do primeiro-ministro atual, mas um dos seus maiores sacrifícios como monarca era se manter neutro em questões políticas internas e externas e, apesar de ter uma opinião bastante concreta sobre a situação do país, não podia externalizar. Era um papel complicado, às vezes ele queria gritar para o mundo que achava o atual premier um bosta, mas infelizmente não podia e tinha que se manter neutro, contido, e tratar o primeiro-ministro muito bem em suas reuniões semanais nas sextas-feiras.

Sua agenda não estava tão agitada naquele dia. Teria uma reunião com alguns embaixadores da América Latina, afinal nada era melhor que um rei para demonstrar apoio diplomático a algum país, e os receberia em Buckingham para o almoço, e à noite iria a um evento de caridade no Royal Albert Hall, era de gala e seu traje elegante já estava sendo preparado por um dos empregados. Para a sua surpresa, tinha a manhã livre e aproveitou para caminhar pelo jardim ao som de Queen, depois tomou um banho de banheira e vestiu seu terno preto, como sempre usava. Não era uma obrigação se vestir daquela forma tão formal, mas Louis era o rei e achava que deveria se vestir como tal, era a imagem da monarquia britânica e deveria demonstrar sobriedade e austeridade, mesmo que também expusesse certa flexibilidade, afinal poderia estar de terno, mas era estiloso e conseguia combiná-los com tênis para não ficar tão rígido.

Entrou na biblioteca e viu sua mãe ali, procurando um livro. Ela usava uma roupa simples, calça jeans e camiseta, seus cabelos estavam em um rabo de cavalo e ela parecia bem mais jovem do que realmente era, mesmo que estivesse beirando os cinquenta anos. Como um menino travesso, Louis se aproximou devagarinho, tirando vantagem do tapete persa que deixava seus passos silenciosos, e a agarrou por trás, o que a fez soltar um grito de raiva e bater nele com o livro.

- Ai! - ele reclamou.

- Você pode ser o rei, mas ainda fui eu quem te pari! - ralhou e pegou o livro que tinha caído no chão antes de colocá-lo na prateleira. - E que parto difícil! Quinze horas gritando porque o seu cabeção não queria passar!

- Que recepção adorável, mamãe. - ele riu e se sentou em um dos sofás dali. - Sei que Liam é o seu filho preferido, mas não precisa me dizer isso.

- Oh, Lou... - ela se sentiu culpada e se aproximou dele. - Liam não é o meu preferido, amor, eu amo vocês dois infinitamente. Vocês são tão diferentes... às vezes... às vezes fico meio sem jeito de te mimar, você sempre foi tão independente. Oh, filho, eu te amo muito, não existe isso de filho preferido aqui. - ela se sentou ao seu lado e beijou sua testa com carinho. - Te amo, filhote.

- Hm. - arqueou as sobrancelhas, brincando, e cruzou os braços. - Preciso de mais um beijinho para acreditar nisso.

Sua mãe riu e segurou seu rosto para enchê-lo de beijinhos e Louis a abraçou, agarrando-se a ela. Aconchegou-se em seus braços e deu um sorrisinho manhoso ao sentir suas mãos em seus cabelos lisos.

Between Two Crowns • Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora