31. The Greatest

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Bom dia! Aqui vai a att!

Boa leitura❤️

Ps.: esse é o último capítulo da primeira parte! Do próximo em diante estaremos na segunda parte da fic, que é curtinha.

👑

O sol do fim de tarde batia na Galeria dos Espelhos e os reflexos dourados e alaranjados formavam um lindo caleidoscópio em um dos ambientes mais famosos do palácio de Versalhes. As janelas estavam abertas, o que permitia a entrada da brisa do verão, assim como o aroma do jardim, que subia por ali com um ventinho gostoso. Na janela, Harry sorriu ao olhar para as fontes nos jardins, iluminadas com o gradual cair da noite, e ele suspirou, pensando em todos os eventos que aconteceriam no dia seguinte. A sua coroação.

Harry já era rei da França há um ano, desde a morte de Desmond, mas só seria coroado no dia seguinte na Catedral de Notre-Dame de Paris, quebrando a tradição de coroação dos antigos reis franceses, que eram coroados em Reims, e ele optou por ser na capital da França, não em uma cidade dos arredores. O período de um ano entre a morte do seu pai e sua coroação foi devido aos preparativos para o grande evento, respeito ao falecido rei e também porque precisavam de novas coroas. Para Harry por questões estéticas, e também para Louis, que seria coroado príncipe-consorte e não tinha uma coroa para ele, afinal ele não era um consorte comum, mas sim um que já era rei muito antes de se casar e precisava de uma joia digna de sua posição.

O ômega respirou fundo, pensando nas provações que enfrentou naquele primeiro ano de reinado. Não foi fácil, em muitos aspectos. Travou brigas com o Parlamento francês, com o britânico porque ainda era um príncipe da Inglaterra e, principalmente, com Louis. Foi com ele com quem Harry mais discutiu naquele último ano, discussões acaloradas quase todas as vezes que se reuniam e nem sempre tinham tempo de se resolver porque as malditas viagens exigiam muito deles. Aquilo desgastou significativamente o casamento dos dois, Harry ainda não tinha encontrado a melhor forma para lidar com a monarquia e vida familiar, tentava passar um mês na França e um mês na Inglaterra, mas tinha os pequenos e ele ficava receoso de ficar levando os dois no avião ou no trem com tanta frequência, aquilo os estressava e ele preferia deixá-los com o pai enquanto ia para a França e aquilo o matava de saudade.

Na maioria das vezes, suas discussões começavam por motivos bobos e iam crescendo, fruto de insatisfações que não falavam um com o outro, mas sabiam do que se tratava. Saudade, carência e até ciúme. Ambos estavam incomodados com a situação em que estavam, e tinham que aprender a lidar com ela porque teriam que viver com aquilo pelo resto da vida. Harry não tirava a razão de Louis por se sentir deixado de lado, também se sentiria assim se o marido passasse tanto tempo fora de casa, longe dele e dos filhos e, tinha que admitir que ainda não aprendeu a lidar com aquele aspecto de sua vida. Além disso, era o alfa que cuidava dos pequenos na maior parte do tempo. Arthur e Édouard viviam na Inglaterra e quando Harry precisava ir para a França, deixava os garotinhos com o marido porque não queria atrapalhar sua rotina ou incomodá-los com as viagens. Porém, quando ia para Londres, dava o seu máximo para cuidar deles, ficar com eles e livrar Louis daquela responsabilidade enquanto estava lá.

Felizmente, estavam em paz naqueles últimos dois meses, conseguiram as férias juntos naquele ano e passaram parte daquele período em um castelo agradável no vale do Loire, apenas os dois e seus filhotes, e também ficaram em Balmoral, onde plantaram uma hortinha e os pequenos amaram mexer na terra. Tiveram dois meses de família feliz, unidos e em sua bolha de amor e carinho, sem ninguém para interrompê-los.

Porém, apesar de sua vida familiar estar calma nos últimos meses, outros aspectos estavam bastante caóticos. Seu início de reinado estava sendo conturbado, especialmente por ser um rei ômega em um país em que até pouco tempo atrás os excluía completamente da linha de sucessão, e era alvo de críticas bastante ácidas da imprensa, que o atacavam porque era casado com o rei da Inglaterra e aquilo, na mente dos opositores, fazia de Harry um fantoche nas mãos de Louis. Sua capacidade de governar era colocada à prova todo santo dia, simplesmente por ser um ômega. Certamente se fosse um alfa ninguém duvidaria de suas habilidades; se fosse um alfa poderia fazer cagada atrás de cagada que ninguém abriria a boca. No entanto, com um ômega eram outros quinhentos. Um deslize pequeno já o fazia ser crucificado na imprensa e lidar com aquilo não era fácil.

Between Two Crowns • Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora