Já faziam meses desde que [ Nome ] havia saído de casa, mas a sensação era que você tinha saído de uma rotina e caído em outra radicalmente diferente a poucos dias.
O cansaço de entrar em um novo estilo de vida era avassalador, e parecia que seu corpo não se adaptaria tão cedo.(nome) era jovem, e estava quase chegando nos seus 20 aninhos.
Faria aniversário no próximo mês, e no que você considerava o auge da vida, mas, infelizmente, o auge da sua vida era passar 8 horas sentada numa cadeira, recepcionando turistas num hotel.Com 15 anos tinha planejado uma vida inteira, quase como num script de filme. Com 16 anos conheceria o "amor de adolescente", com 17 perderia a virgindade e com 18 compraria um carro, nos 19 sairia de casa e com 20 faria a faculdade dos sonhos, se casando e engravidando com 24 ou 25 e tendo 1 ou 2 filhos.
Mas do script inteiro só acertou no "sairia de casa aos 19", e não saiu como planejado, já que você não saiu por livre e espontânea vontade, mas foi expulsa.
Uma grandessíssima merda.
Aos 19 estava sem amor adolescente, virgem e sem carro.
E agora, como se não pudesse piorar, estava quase chegando nos 20 e pensava seriamente em trancar a faculdade que recém havia começado.O trabalho no hotel não era horrível, mas era exaustivo. Você não era só recepcionista, então vez ou outra tinha que levar comida aos hóspedes em seus quartos e mesmo ajudar como garçonete.
O hotel em que você trabalha é um luxo, com lustres de cristais, spa, restaurante self-service ridículamente chique e com comidas que normalmente custariam seu salário inteiro, com mais de um chefe de cozinha profissional e outro restaurante dedicado a noites romanticas.
Espaços que são feitos para os casais, piscinas enormes e aquecidas para hidromassagem.
Salas dedicadas ao lazer, como uma onde os hóspedes podem jogar sinuca, futebol de mesa dentre outros jogos enquanto no meio da sala tem uma barra de pole dance onde uma dançarina profissional dança praticamente nua.
E claro, o lugar infantil, onde os casais que mal se olham na cara vão comemorar anos de casados infelizes e levam o filho pequeno para subir e descer num escorregador de plástico, com direito a parquinhos, animadores de festas dentre outras atividades recreativas.Diante de tanto luxo, o hotel esconde um dono mão de vaca, que deixa os pouquissimos funcionarios para cuidar de um hotel enorme de 12 andares com um salário furreca.
Isso, era o auge da sua vida.
Assistir pessoas ricas se divertindo com futilidades caríssimas enquanto a sua obrigação é recebe-las.Se você ignorar tudo o que acontece no hotel, poderá focar na faculdade em que você cursa Historiografia corporativa, curso esse que você só escolheu porque estava dentro do seu orçamento miserável e porque a faculdade te cederia um dormitório.
Tudo tem sido bem monótono desde que começou a morar sozinha, você estudava no periodo da manhã, entrando ás 7:10 e saindo ás 13:00.
Ia de trem até o trabalho e ficava das 16:00 até as 00:00, recebia os hóspedes e se despedia daqueles que iriam embora.A faculdade também era ridiculamente cansativa, especialmente quando você não gosta da porra do curso em que " escolheu ".
A única coisa que te motiva é seu professor de história.Diferente do restante da sua turma que não parece apreciar a aula dele, você adquiriu um abismo por ele.
Você não admitiria tão cedo que sua maior paixão universitária é um velhote fumante de 40–50 anos de idade.Não que isso tivesse alguma relevância na sua vida, já que sabe que ele muito provavelmente nem se lembra seu nome.
Ele não é o tipo de professor que costuma conversar com a turma, ele só abre espaço para dúvidas, mas nunca deixa com que debates ou conversas paralelas ocorram nas suas aulas, então poucos alunos realmente acompanham o conteúdo que ele passa.
Kishibe é provavelmente o professor mais seco e fechado da faculdade.
E na sua humilde opnião, o mais bonito também.A grande maioria simplesmente mata suas aulas dormindo ou caminhando pelo campus, o que não é o caso já que você faz questão de ir em todas as aulas do velho.
Algumas vezes você chegou a faltar em todas as outras aulas, e só ir na dele.Não que ele se importe.
Na verdade, se tem algo que Kishibe realmente não se importa, é com seus alunos.
Especialmente com aqueles que ele nem sabe o nome.Vocé já o espiou fumando na sala dos professores algumas vezes.
Não é nada doentio ou coisa do tipo, você nem sequer sabe o sobrenome do velho, é mais como uma paixão que tem uma chance minúscula de dar em alguma coisa.Pode ser loucura, ou pode ser até um delírio que sua mente começou por falta de um descanso apropriado, mas você tem certeza que já o pegou te observando duas ou três vezes.
Isso porque ele nem faz questão de ser discreto.
Ele simplesmente te encara.
Você se pergunta se é porque você é a única aluna que insiste em comparecer em todas as aulas ou se ele sequer sabe da sua existencia.
Não é algo frequente, e vocês dois nunca tiveram a oportunidade de conversar sobre isso, já que o único periodo em que se veem é na manhã, nos minutos de aula.Outra coisa, bem ... embaraçosa.
Você não consegue supera-lo.
Alguns carinhas bonitinhos da faculdade já te convidaram para sair algumas vezes, mas infelizmente nenhum deles fazia o seu tipo (( professores de história velhos, secos e fumantes )), fazendo você negar todos os tipos de aproximação possivelmente romantica.Não preciso mencionar que sua vidinha romantica e social está uma merda.
E tudo isso por um velho que você sequer conversou.Ah sim, tem mais esse detalhe.
Você nunca chegou a conversar com ele.
Nem no meio das aulas.
Nem para tirar uma dúvida.
Nem em assuntos acadêmicos.
Muito menos fora das aulas.De qualquer forma, você vai bem nas provas dele, que são consíderadas as mais difíceis do semestre, então não tem muitas preocupações acadêmicas além do desgaste mental que vêm da rotina cansativa que você tem levado.
Para sua felicidade, tudo isso estava prestes a mudar.
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DADDY ISSUES | KISHIBE !
RomanceDADDY ISSUES | 岸きし辺べ Onde a gentil e atenciosa [ Nome ] trabalha como recepcionista em um luxuoso hotel, e eventualmente tem de recepcionar seu professor da faculdade em que é apaixonada secretamente. O contraste entre a doçura de [Nome] e o amargor...