Parte 3

4 1 0
                                    

Não quero que me responda.
Aproximo-me, pego-lhe no cinto e viro-nos. Em seguida, atiro-o para acama, subindo para cima dele. Coloco uma perna de cada lado da cintura de Joong Ki, encaixando-me na perfeição no seu quadril.
Nesta posição, sinto-me tão ou mais poderosa que ele e, adoro esta sensação de poder.
Brinco com o peito liso, subindo as mãos até ao pescoço. Aos poucos, começo a beijar-lhe os lábios, descendo até ao queixo, depois beijo-lhe o pescoço, subo até à orelha e mordisco-a levemente. Neste momento, aperta-me as coxas com firmeza, girando-nos na cama. Está uma vez mais no comando da situação.
— Tu pediste, Adriana. Agora, prepara-te para te tornares na minha rainha, não numa escrava. — afirma, entre beijos.
Um arrepio percorre-me a espinha, tal não é o desejo que este homem desperta em mim.
Se me está a mentir, decido acreditar nas mentiras contadas.
— Quero pertencer-lhe. Já disse que o desejo, por isso, podemos parar com toda esta conversa? Não sei como aguentar todo este fogo que me consome. — suplico.
Estremeço ao ver o sorriso cheio de desejo aparecer-lhe no rosto. Quando sorri, transforma-se por completo e eu aprecio isso.
Respiro fundo.
Preciso de força para aguentar a tortura psicológica em que me colocou.
Mordo o lábio inferior no instante em que os olhos recaem naqueles lábios macios, quentes e doces.
Levanto-me apenas o suficiente para chegar o mais perto possível daquele rosto belo e esculpido, para o poder beijar de novo. Nunca antes tinha vivenciado tais emoções. Toda a vida fui torturada, espancada, maltratada. Até hoje, apenas o medo tem reinado em mim.
Mas existe algo em Joong Ki que me transforma totalmente. Até me faz ansiar entregar-lhe a minha virgindade.
Ele inclina-se um pouco, deixando-me tocar-lhe nos lábios. O beijo começa suave e delicado por alguns segundos, mas rapidamente se torna numa batalha selvagem para determinar quem é o vencedor. Noto-lhe a língua pedir permissão para entrar, concedo. Agora começa uma dança frenética entre as nossas línguas, qual a mais rápida e mais forte.
Levo a mão à nunca dele, entrelaçando os dedos nos cabelos, como há meros minutos, levando-o a soltar um gemido de prazer, que me motiva a apertá-lo contra mim, não o deixando quebrar o beijo tão cedo.
Coloco alguma força nos movimentos realizados, para que caia sobre mim. Por incrível que pareça, a sensação do seu peso em mim agrada-me bastante. Ele morde-me o lábio superior, mais um gemido de prazer sai das entranhas do meu ser. O sorriso forma-se e o beijo itensifica-se.
Aos poucos, vai descendo os beijos. Primeiro o queixo, depois o pescoço, descendo para o peito e por fim, a barriga. Enquanto percorre o caminho de volta aos meus lábios, uma das mãos está no botão das calças para o desabotoar, abrindo espaço para lá enfiar a mão.
Mais um gemido se solta no preciso instante em que lhe pressinto o toque quente na minha intimidade. Instintivamente, arqueio as costas, sem sequer saber porque rejo eu desta forma.
Os movimentos de vai e vem não param, enlouquecendo-me. Aperto o lençol com toda a força que tenho.
Não percebo quando o fez, mas ele coloca a mão livre no soutien, movimentando os dedos para abrir o mesmo.
Ia mexer-me, mas basta um toque para não o conseguir fazer. Em vez disso, solto mais um gemido, desta vez mais alto que os anteriores.
— Se te mexeres muito, não conseguirei dar-te o prazer que mereces, princesa. — diz, ao quebrar o beijo.
Engulo em seco.
— E-eu... — tento falar, enquanto ele continua os movimentos de vai e vem lá em baixo. O corpo arde, como se estivesse com febre alta. "Então, esta é a sensação que se tem quando se tem um orgasmo. — Eu nunca estive com um homem antes... — consigo sussurrar-lhe, finalmente, aos ouvidos, por entre gemidos e pequenos gritos de paixão.
— Então terei que ser o primeiro e o último. — responde, com o entusiasmo estampado no tom de voz.
Consegue finalmente soltar-me o soutien e eu retiro-o sem pensar duas vezes. Dou um jeito de retirar as calças, sem que ele saia de cima de mim, não quero que pare o que está a fazer. Não tenho a mínima confiança no corpo que ele aprecia no momento, coberto de marcas e cicatrizes.
Fecho os olhos. Não quero receber os olhares de desaprovação.
Em resposta, os beijos criam uma espécie de caminho pelo corpo praticamente nu. Não compreendo esta reação, mas não quero que pare. Não o quero longe, nem por um segundo.
Rodo-nos uma vez mais na cama, voltando a estar em cima. Cabe-me retribuir o prazer e desejo dados por ele até ao momento. Limito-me a fazer-lhe o mesmo que me fez. Percorro lentamente cada parte do corpo macio e quente, dono de uma pele mais morena que a minha. Pele perfeita!
Chegando à cintura, onde anda tem as malditas calças, posso reparar no alto bem visível do membro. Ver como o deixo motiva-me a continuar, mesmo não sabendo bem o que deva fazer ou de como agir num momento destes. Solto o botão das calças e, delicadamente, retiro-lhas das pernas. Atiro-as para longe, sem desviar os olhos do homem deitado na cama.
Engulo em seco.
Quero satisfazê-lo, apenas ainda não sei como.não quero falhar, não quero ser torturada por um chefe da Máfia.
Mordo o lábio inferior e, mal repara nisso, roda-nos na cama.
— Deixa que te ensine, Adriana. Não tenhas medo. Vou tratar-te como a rainha que és. — anuncia-me ao ouvido, uma voz melodiosa e cheia de tesão.
Aceno afirmativamente com a cabeça.
Delicadamente, livra-se das peças de roupa que ainda temos, um boxer preto e uma cueca de renda na mesma cor. Não tenho sequer a oportunidade de ver para onde voa a roupa interior.
Com a mão esquerda, desvia-me a perna, abrindo assim o devido espaço para se encaixar em mim na perfeição. No mesmo segundo em que os nossos membros se encontram, não consigo conter o gemido. Agora, sinto-o dentro de mim, em movimentos de vai e vem, com a gentileza e cuidados prometidos. O prazer e a dor ligeira tomam conta de cada fibra do meu ser.
Involuntariamente, cravo as unhas nas suas costas, como resposta ao prazer que me está a dar. Assim que o oiço soltar um gemido de prazer, entendo que posso continuar.
— D-desculpe... Não me consigo controlar. — afirmo, por entre gemidos.
Como resposta, aumenta um bocado a velocidade dos movimentos, ao mesmo tempo que me beija o pescoço, sem parar por um segundo.
Estremeço.
Roda-nos na cama,colocando-me por cima. Delicadamente, indica-me o que devo fazer com o corpo e torna-se cada vez mais difícil parar de gemer ou gritar. Faço os movimentos de vai e vem, como indica com as mãos, enquanto o observo, de cima. Agora, vejo pequenas gotas de suor formarem-se na testa, com uma expressão de puro prazer.
Puxa-me para si, para me beijar ferozmente.
Todas estas sensações me são estranhas, mas sinto-me no paraíso com elas. Com ele!

***

O sol bate-me nos olhos, acordando-me. Levanto-me lentamente, procurando-o a meu lado. Mas ele não está. Não há qualquer vestígio da sua presença, como se não passasse de um sonho. Um belo sonho.
Ao fundo da cama, uma caixa branca e enorme está à minha espera. Alcanço-a metendo-a no colo. Estremeço com o toque frio da caixa em contacto com a pele nua. Não me incomodo, estou em mais curiosa para saber o que me reserva dentro da caixa misteriosa.
Retiro a tampa e, para meu espanto, deparo-me com um vestido prateado e uns sapatos vermelhos. Entre os sapatos e o vestido, um bilhete. Pego no mesmo, apreciando a letra por breves momentos.
Se for a letra dele, tem uma escrita delicada e muito perfeita. Este tem um perfume bem familiar, que me arrepia da cabeça aos pés.

"Quando acordares, não estarei a teu lado. Mas não temas nada, porque te vou buscar ao final do dia, para uma pequena festa, como minha Rainha. Espero que gostes das minhas escolhas e não tenhas vergonha de exibir essas belas cicatrizes. Posso garantir-te, mais ninguém te irá magoar.
Joong Ki"


Amor FerozOnde histórias criam vida. Descubra agora