[!] A Patricinha da Praia 🌊👙

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Oi gente!

Como eu disse, o Elvinny23  tem me mandado vários capítulos, então vou ir postando eles de pouco em pouco. E aqui esta mais um deles.

E me desculpem por não estar postando nada escrito por mim, mas já vou avisando que o próximo capítulo que vai sair por mim vai ser a continuação de "Meu Professor" que eu vi que alguns de vocês estavam pedindo. 🥰

Mas agora apenas curtam e aproveitem o capítulo novo.

Esperamos que gostem!

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2806 palavras.

Ser um garoto preto, pobre e morar em uma favela, era uma desvantagem para tudo na vida de alguém com essas características. A vida de um homem preto no Brasil é difícil demais.

Eu via a criminalidade, e o mais baixo nível onde um ser humano pode chegar na vida. Conhecer a miséria em todos os aspectos. Desejar o que não podia, sonhar com o impossível era tudo o que a gente pensava.

Eu via garotos da minha idade se sucumbindo nas drogas e no crime. Perdi até amigos por isso, vi pessoas com quem eu brincava e jogava bola, virarem o que acho que nem elas desejavam. Mesmo assim eu sempre me mantive na linha. O morro da rocinha era assim.

Tinha 20 anos de idade, terminei as aulas e fui arrumando trabalhos pequenos ali e por aqui. Hoje eu trabalho em um quiosque na praia. Ganhava 100 por dia, dava para ajudar a minha mãe e meu irmão mais velho a ter de comer todo dia.

Não tinha tempo mais para nada, trabalhava das 7 da manhã as 8 da noite. Só as segundas eu tinha paz. Não tinha nada que eu almeja, não tinha sonhos e nem perspectivas.

(Autora do livro: visa difícil...)

Tudo o que eu tinha para me expressar eram as pinturas que eu fazia em meu caderno de desenho que fazia sempre quando eu tinha tempo.

De frente ao quiosque havia um condomínio. Óbvio que era de pessoa de auto padrão e com poder aquisitivo. Nela todo dia eu observava uma garota passar.

Ela tinha cabelos castanhos com luzes por todo cabelo, pernas compridas, um cintura que parecia ser feita a mãos... e só a vi de perto uma única vez, e o que mais me chamava atenção era os seus olhos.

Castanhos, porém tinha algo penetrante, difícil de descrever. Ela passou andando perto do quiosque indo para a praia com uma amiga. Ela até olhou de soslaio para mim, mas passou direto.

Mesmo de longe eu via seu corpo desenhado pelo o divino sal da água. Era uma cena de cinema, eu nem sabia que eu poderia ver uma mulher daquelas sem ser em uma televisão.

Ela havia alugado um triplex em minha cabeça. Eu dormia pensando se eu teria coragem de chamar nela. até meus desenhos haviam mudado, era ela que eu tentava recriar. Mesmo assim nenhum deles transmitia o que eu tinha visto.

Um dia de supresa ela apareceu no meu balcão, na minha frente com um óculos escuros em cima da cabeça e seu biquíni branco.

– Boa tarde, poderia me dar um energético por gentileza. — Sua voz era suave, mas tinha um ronquidão em alguns momentos.

– É... eu posso, posso sim. — Sai da realidade e voltei.

Peguei um monster e o dei a ela, então peguei o dinheiro.

– Obrigada. — Ela sorriu sem tirar os olhos de mim ao sair andando.

Fiquei observando ela ir, e não tinha notado que sua bunda era bem gostosa. Agora eu tinha  prestado bem mais atenção nos detalhes de seu rosto. Peguei o caderno e comecei a rabiscar. Até que cheguei perto no desenho, mas nada que me deixasse satisfeito.

Prazer (one-shorts)Onde histórias criam vida. Descubra agora