Capítulo 11

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Theo Raeken

Liam ainda estava apagado, deitado na minha cama, com uma bolsa de O- no braço dele. Por sorte, Scott se formou em medicina em 2010. Eu estava sentando ao lado dele, Brett estava na poltrona, me olhando feio, com a cara de "a culpa é sua".

- Dá pra parar de me olhar assim? - pedi sem olhar para Brett, ele rosna levemente desviando o olhar pro Liam. O celular do humano apita, com mensagens do pai dele.

Pai

- Quando você chegar em casa, estará de castigo pro resto da vida! - N

- ME RESPONDA LIAM EUGENE DUNBAR STILINSKI - N

Pai, eu estou bem, calma. - L

Minha bateria tinha acabado, só consegui carregar agora, chego em casa amanhã a tarde, prometo. - L

- Acho bom! - N

Fingi ser o Liam pra tranquilizar o xerife, o humano pareceu despertar.

- Liam - digo segurando sua mão, Brett se levanta e fica ao lado da cama. O moreno abre os olhos vagarosamente.

- Theo? - chamou de primeira, me senti vitorioso por isso, não sei por quê.

- Eu to aqui Liam, sempre vou estar aqui, mesmo as pessoas querendo me sequestrar de cinco em cinco minutos. - digo acariciando o rosto dele, o mesmo solta um riso baixo.

- Liam, você ta bem? - Brett pergunta se sentando na cama, o humano assente - Descansa, já to indo ok? - Liam assentiu mais uma vez. O lobo saiu e pude ouvir ele se transformando já do lado de fora da casa.

- Por que não deixou eu me transformar, já disse que quero ser um de vocês. - ele falou me encarando.

- Por que eu quero que sua transformação seja especial, não que seja numa tentativa de me salvar, ou como a minha foi, pra me salvar de uma doença que possivelmente me mataria. - digo acariciando sua rosto quentinho - Eu quero que seja especial, porque você é especial pra mim, em três séculos, nunca conheci ninguém como você, alguém que conseguisse com que eu parasse de matar pessoas. - ele ri fraquinho - Alguém que visse um lado bom em mim, que enxergasse além do demônio chupador de sangue, que visse o meu antigo eu. - Liam me olha sorrindo - O Theo que virou um cavaleiro pela irmã. - digo lembrando do sonho da Tara, minha irmã caçula, que era conhecer o castelo Real, me tornei cavaleiro por ela.

- Tinha irmã? - ele pergunta e eu assenti - Qual era o nome dela?

- Tamara, mas chamávamos ela de Tara. - digo segurando a mão dele - Vocês dois teriam se dado bem, ela era valente assim como você, lutou o quanto pode contra a doença, mas acabou não resistindo. - falo baixo.

- Tenho certeza de que ia gostar dela. - ele fala com um sorriso fraco - Cadê os outros? - perguntou se sentando um pouco.

- Foram caçar na fronteira com Nevada, zona neutra. - digo sentando na cama. - Quer comer alguma coisa? - pergunto e ele nega - Nem te agradeci por ter me salvado, então obrigado. - digo sorrindo.

- Aceito outra coisa em agradecimento... - ele diz sugestivo.

- Quase drenei todo seu sangue, e você pensa primeiramente nisso? - ele assente - O neném não é neném. - digo ficando por cima dele e o beijando intensamente. Ele mesmo tira a intravenosa de seu braço e se entrega totalmente ao beijo. Ele nos virou na cama, descendo beijos pelo meu pescoço, Liam puxa minha camisa pra cima e a joga no chão. O afasto e ele me olha estranho - Tive uma ideia. - digo meio ofegante  - Me segue. - digo levantando da cama e pegando na mão dele, indo até a porta ao lado do meu closet. Abri a porta entrando no quarto, Liam arregalou os olhos ao vê-lo.

Love between fangs and blood - ThiamOnde histórias criam vida. Descubra agora