●Juruena, agosto de 1992 ●
Almira
Maiara e Maraisa completaram cinco anos. Nesse meio tempo, Marco e eu tivemos muitas brigas causadas pelas investidas descaradas da minha irmã, ela não desiste da ideia de roubar meu marido de mim e ele não enxerga isso, dizendo sempre que eu que estou ficando louca ou que sou ciumenta demais. A única coisa que está impedindo a Clara de conseguir o que quer são as minhas meninas, e ela as odeia por isso.
Mai: mamãe! mamãe! ― minha filha entra em casa correndo e agarra minha cintura ―
Alm: oi, meu amor! O que você quer?
Mai: a metade mandou perguntar se a janta já tá ponta ― me solta e balança os bracinhos ―
Alm: tá quase, diga pra sua irmã entrar que a mamãe vai dar banho nas duas
Mai: eu não quelo banho! ― faz bico ―
Alm: sem birra, Maiara Carla!
Mai: tá bom, mamãe! ― corre pro quintal ―
depois de banhar e vestir as meninas, voltei pra cozinha e comecei a colocar o jantar pra elas quando o Marco chegou do banco, e desta vez, acompanhado da Clara. Para manter a paz na minha casa, ignorei a presença dela e continuei dando atenção as minhas meninas.
Clara: boa noite, meninas! Boa noite, irmã!
Alm: estão gostando da comida, meus amores? ― sento perto das minhas filhas ―
Mara: tá muito bom, mamãe!
Mai: eu podo come mais carninha, mamãe?
Marco: meninas, vocês não vão cumprimentar a tia de vocês? ― se aproxima ―
M1/M2: não!
Mai: a gente não sabo falar a língua das galinhas ― ri e olha pra irmã ―
Mara: eu acho que tá mais pa cobra, metade ― ri e olha pra irmã ―
com uma cara fechada, Marco me puxa e nos afastamos das meninas.
Marco: é isso que você ensina pras nossas filhas, Almira?!
Alm: eu não fiz nada ― me livro das mãos dele ― não tenho culpa se a minha irmã é tão insuportável que até as crianças não gostam dela
Marco: você que fica colocando coisa na cabeça delas!
Alm: eu não admito que você fique defendendo outra mulher dentro da minha casa!
antes que a discussão se prolongasse, escutei o choro das minhas meninas e quando me virei, as vi abraçadas, com medo da Clara.
Alm: posso saber o que você fez com as minhas filhas?!
Mara: essa bruxa pegou a nossa comida!
Mai: e chamou a gente de pilalhas ilitantes...
Alm: você perdeu a noção? Elas são só crianças!
Cla: você sabe muito bem que se não fosse essas duas, o Marco estaria comigo!
Alm: sua inveja de mim não te dá o direito de maltratar as minhas meninas! ― pego minhas filhas nos braços, uma de cada lado ―
Enquanto ela sai bufando, volto o olhar pras minhas filhas.
Alm: tá tudo bem, minhas pequenas, vamos brincar no quarto...
passando pelo corredor, vi o Marco arrumando uma mala com as coisas dele e ignorei, entrando no quarto das gêmeas. Enquanto elas brincavam, saí pra pegar uma fruta e dei de cara com o meu marido saindo de casa.
Alm: onde você vai?
Marco: passar a noite na casa de um amigo, não dá mais pra ficar no mesmo teto que você
Alm: eu sei que nosso casamento não tá dando certo, o melhor seria...
Marco: o divórcio? Também acho
Alm: agora não é a hora certa, Marco... ― respiro fundo ― será que você pode esperar pelo menos até as meninas terem idade suficiente pra entender? Elas ainda são muito pequenas...
Marco: como você quiser ― vai embora ―
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Geminis ● Maiara e Maraisa
Fanfiction⚠️atenção! Os fatos narrados na história são fictícios! Plágio é crime! aquele em que, durante alguns anos, Almira se prendeu a um casamento pra que suas filhas tivessem uma família completa ou Aquele em que Maiara e Maraisa, aos 15 anos, enfrentam...