Capítulo 23

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Pov Laryssa

Infernos dez horas dentro de um avião e ele finalmente pousou. Eu estava estressada, com dor de cabeça, e enjoada. Tudo o que eu precisava era uma cama confortável e quente.

Um carro veio até a aeronave despachar nossas malas. Estava chovendo. Sete carros pretos então começaram a se aproximar e então nos dividimos. Iríamos todos para um hotel, tirando meus pais.

Tive um péssimo sonho...na verdade, pesadelo. O avião caia, eu me machucava, mas estávamos todos juntos, no mesmo avião. Eu saia de toda aquela fumaça e percebia minha perna cortada. No fundo, uma Giana toda machucada. Ela me gritava entre uma porta antiga, fumaças estavam em volta e ela sumia nelas. Ela me gritava, gritava cada a vez mais e sua voz ia ficando distante. Foi quando ela sumiu e comecei a gritar seu nome por todo o canto. Mas ela tinha desaparecido. E foi quando o avião parou e Vitória e Lucca me gritavam desesperadamente que eu acordei. Suando frio e com uma puta dor de cabeça.

Eu preciso de um banho quente e dormir em uma cama descente o quanto antes.

(...)

Xxx: Olá, boa noite. Sejam bem vindos a Sheraton São Paulo WTC hotel. Meu nome é Natália e fui contratada para ser a guia de todos vocês. Não só eu, claro. Mas ficarei encarrega de pelo menos cinco de vocês. Mais tarde quando estiverem descansados, claro, apresentarei o exterior e outras partes do hotel, aqui a nossa direita temos um...
Lary: Garota!
Natália:Ah... é Natália senhorita.
Lary:Tanto faz. Eu fiquei dentro de um avião durante dez horas, são quase duas horas da manhã. Eu tô com sono, com dores e com fome. Se não se importa, pode nos levar para a porra da recepção, fazer a merda dos check in e depois para os quartos?-Fui rude. Não por mal, sei que devo desculpas a ela. Mas isso só amanhã. Qual é, são quase duas da manhã, a voz dela é muito doce, muito...adentra na cabeça e só faz piorar minha enxaqueca.-
Vit:Laryssa!-Olhei feio para a mesma. Minhas narinas soltavam fumaça. Minha paciência estava curta de mais pra ser educada, quanto mais pra ser criticada. -

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15:38 PM

Brasil, São Paulo, Sexta-feira

Sheraton São Paulo WTC hotel.

Cafeteria

Estava sentada a beira da piscina. Dia de sol forte. Não entendi o motivo já que chovia horrores de madrugada.
Eu vestia uma uma blusa regata preta e um short cinza. Nos pés um chinelo da Nike preto assim como a regata e o short.

Do outro lado Natália estava passando. Vi a mesma dar bronca em um menino moreno que corria em volta da piscina. Provavelmente proibido.
A cena da madrugada anterior veio em minha cabeça.

Eu devo pedir desculpas.

Me levantei e calcei meus chinelos. Corri até o outro lado a pegando no final da conversa.

Natália: Porfavor, não corra mais..
-Você acha que é quem? Se eu quiser correr eu corro.
Natália:Colabora comigo ou terei que falar com seus pais.
-Não estou nem aí. Cala sua boca e me deixa.
Natália:Só estou fazendo meu trabalho...
-Pouco me importa. Garota feia ridícula.
Lary:Escuta aqui. Eu acho melhor você calar a porra da sua boca. Natália está fazendo o trabalho dela. Se quiser continuar correndo por aí, corra. Quando você cair e se afogar não vou deixar que ninguém te ajude. Vai morrer afogado e apodrecer na piscina. E vai ter pesadelos todas as noites quando se lembrar quê Natália tentou te ajudar. Vai, continue correndo. -O garoto me olhou assustado. E Natália surpresa. Ele então correu afastado da borda da piscina e foi para dentro da recepção.-
Natália:Meu. Deus.
Lary: Não vai dar ouvidos a essa criança mimada, vai? Você é linda. E muito simpática.
Natália:Ah... obrigada. Estou acostumada a lidar com crianças desse tipo. Trabalho em um dos melhores hotéis de São Paulo. E normal crianças assim por aqui.
Lary: Crianças insuportáveis.
Natália: Não posso negar. Fiquei assustada com a força que falou com ele. Ele terá pesadelos até completar dez anos.
Lary:Sou boa com crianças. Mas também sou ótima em assusta-las.
Natália:Devo concordar. Ah, precisa de alguma coisa? Posso te ajudar?
Lary:Sim, quer dizer, não. - Fiquei nervosa. Ela me olhava atenta. Coçava minha nuca envergonhada. - Pode me ajudar aceitando minhas sinceras desculpas?
Natália: Desculpas?
Lary:Sobre essa madrugada. Fui péssima. Sem educação, ranzinza e chata. Te devo desculpas, de verdade. Sei que só estava fazendo seu trabalho. Eu estava cansada, com fome e muito magoada. Deixei meus amigos, e uma pessoa super importante pra mim. Mas você não tem nada a ver com isso então não tem por que eu ter descontado tudo em você. Porfavor, peço desculpas Natália.
Natália: Não achei que fosse pedir. Percebi o quão irritada estava. Minha voz estava animada demais. Eu fiquei empolgada. Sinto muito.
Lary: Não sinta. Não sei por que estava empolgada, mas, não deve se desculpar. Fui a única chata aqui.
Natália:Sem problemas....
Lary: Laryssa...Lary.
Natal:Sem problemas Lary. Está desculpada.
Lary:Bom, será que podemos sair? Claro se você quiser. Assim posso conhecer alguns lugares de São Paulo. E me redimir um pouco mais com você. O que acha?
Natália:Eu acho uma ótima ideia, mas....estou no meu expediente.
Lary:Claro. Podemos sair depois do seu expediente. Quando estiver livre.
Natália:Ok, eu te procuro depois. Preciso ver quando tenho um tempo livre.
Lary:Tudo bem então. Eu vou voltar para os meus amigos agora. Bom trabalho.
Natália: Obrigada. Qualquer coisa só chamar. -Assenti com um sorriso de lado e então me virei. Já eram quase quatro da tarde. Precisava acorda-los. -

Laryssa & Giana Onde histórias criam vida. Descubra agora