Capítulo 21

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(...)

-...Amor?
Gi:Oi? -os olhos castanhos me vibraram. Me fitaram forte. Como eu poderia dizer não a qualquer chance de cuidar dessa garota? -
-Você me amaria se eu me envolvesse em coisa errada, pra te proteger? Ou pra proteger alguém que eu amo?
Gi:Por que a pergunta? Não vai me dizer que...
- Não, só me diga. Você me amaria?
Gi: Não tem como deixar de te amar, devia saber disso. Mas além de ficar chateada você iria apanhar, e muito.
-Mas mesmo se fosse pra te proteger?
Gi:Mesmo se fosse pra proteger o Papa. Isso não é certo Lary. Você sabe que eu acho errado.
-Tudo bem...
Gi:Por que a pergunta derrepente?
-Nada demais.
Gi:Se você perguntou, é porque tem isso em mente. Te conheço bem..
-Não Gi, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não se preocupa, não tenho nada a ver com isso.
Gi:Jura mesmo?
Lary:Juro.
Gi: Então tá bom. -O movimento de seu corpo passando por cima dos meus foi rápido. Seus joelhos dobraram e pousaram um em cada lado na minha cintura. Suas mãos estavam em minha barriga. Ela me olhava calma.- Eu te amo.
-Eu também te amo meu amor.
Gi:Eu tô com bastante medo..- A menor deitou sobre meu ombro e suspirou pesado. Uma de minhas mãos permaneceram entre suas costas e sua bunda. A outra subiu, até seu cabelo, afagando entre meus dedos em um carinho lento.-
-...eu também.
Gi:Me promete uma coisa?
-O que você quiser.
Gi: Independente de qualquer coisa você não vai optar por ir no mal caminho.
-A menos que prometa isso pra mim também.
Gi:Eu não posso....mas, eu quero que fique em segurança.
-Por que não pode prometer?
Gi:Olha...Lary eu vou ser sincera. Não faço a mínima ideia de como eu vou me sustentar lá fora então terei que estar disposta a me submeter talvez a coisas que....
-Não! Não pense, jamais, não. Você não irá fazer nada disso.
Gi:Se for uma necessidade, não poderei negar.
-Princesa, porfavor... não quero que faça isso. Você é delicada demais para viver nesse mundo agressivo.
Gi:Eu também não quero fazer. Mas como te disse, não é porque eu não quero, que eu não chegue a fazer. Eu não sei o que me espera nesse outro país, nessa outra vida nessa outra parte da minha família. Eu só sei que são situações complicadas e completamente diferentes da minha atual situação. Então, não fique chateada caso....caso eu tenha que me submeter a certas coisas. Mas apenas me prometa, que vai se cuidar, e que posso ir, sabendo que está me escutando. Que não irá se colocar em risco.
-...ok.
Gi: Promete La?
-É....sim, prometo.
Gi:De dedinho? -A garota morena que já tinha a cabeça levantada me fitou receosa. Estendeu seu dedo mindinho para que selace-mos promessa. Eu não poderia fazer isso, pois sabia que em dias quebraria o que prometi a minha garota. Mas também não posso dizer a ela. Isso é por sua segurança. E entenderei se um dia ela descobrir, e ficar brava, chateada e insegura. Levantei minha mão estendendo meu dedo menor o cruzando com o de Giana. A menina sorriu aproximando seu rosto do meu e assim demos um selinho. Selando nossa promessa. A qual em nossas regras jamais poderá ser rompida. Me sinto mal por isso...

(...)

No outro dia...

09:43 AM -Sexta feira, doze de abril de dois mil e quatorze

Pov Giana

O dia amanheceu nublado. Menos frio do que a noite e o dia anterior. Acordei lenta e logo meu corpo foi capaz de sentir o peso e o calor do corpo de Laryssa deitado sobre o meu. A menina mais linda aos meus olhos se encaixava perfeitamente em mim, embaixo das cobertas. Sua cabeça era coberta pelo capuz vermelho de seu moletom, o rosto que fugia da luz clara era escondido na curva do meu pescoço.

A noite passou rápida. Todos ainda estavam dormindo dentro da barraca.
Não estava com coragem de levantar e deixar Laryssa. E então resolvi que ficaria até que ela acordasse.

__

...

14:45 PM

Lary:ANDA LOGO VITÓRIA!
Malu:Lary já é a trigésima vez que você grita a Vitória.
Lary:Se a sua namorada fosse menos enrolada eu ainda estaria no meu limite de paciência.
Gi:Ei, você está ansiosa. Calma, e não desconta na menina. Vem, senta aqui comigo. -Chamei a mais velha. A mesma caminhou até mim e se sentou ao meu lado. Minhas pernas então invadiram, pousando sobre as suas. Nossas duas mãos tomaram as frente se entrelaçando. Nosso polegares e indicadores brincavam sem percebemos.-
Ni: Peguei maquiagem, peguei todas as roupas, peguei os sapatos, toalhas...o dinheiro todo tá aqui. -Nicole disse vendo sua mala. Já era a milésima vez que a loura checava sua bagagem e eu não entendia o motivo de tanto nervosismo. Talvez por que eu estivesse indo por obrigação, e contra os meus sentimentos. -
Lary:Nicole, sem brincadeiras, já é a MILÉSIMA VEZ quê você checa sua mala. Já está tudo certo, não precisa de tanto nervosismo.
Ni: Precisa sim, se eu esquecer de alguma eu...
Lary:Vai estar muito bem guardado na sua casa e quando viermos passar as festas de fim de ano poderá levar.
Ni:Tem razão...aí gente eu tô nervosa, eu tô triste. -Disse a Loira sentando entre os casais. -
Lary:Nic...Gi e eu já falamos. Vocês não precisam passar por essa dor.
Kau:Lary não tem dessa, vocês duas sempre estiverem conosco. A vida toda. Agora a gente também vai ficar. É dolorido.
Daniela:Mas é a nossa vontade.
Gi: Vocês são foda demais.
Malu: Não estamos fazendo nada do que vocês não fariam.
Maria:Isso é verdade. Vocês são doidinhas tanto quanto a gente.
Lary:Tem razão. O que mais dói, e ver você Malu, se separando da minha irmã. E você Kau, se separando desse anão. Nem a Maria se separando do Martin .
Dani:Retira o anão da boca. -A fala de Dani nos fez soltar um riso leve-
Lary: É sério. Quando Giana disse os nomes de Lucas e Clara. Foi um grande alívio. Assim como eu queria ter feito. Separar vocês foi péssimo. E eu sei que está machucando. Por que.... deixar a minha menina.... também tá sendo muito difícil. -Laryssa disse com dificuldade, sua voz ficou mais fraca, sabia que estava chorando. Passei meu braço por trás de suas costas e a puxei para que deitasse sobre meu ombro. Segurando o choro. Ouvi-la falar dói ainda mais do quê fazer. -
Clara:Aí gente não chora, eu fiz maquiagem...
Vit:Pronto...tô prontinha. -Vit apareceu sorridente ao pé da escada. Ela e Laryssa usavam roupas iguais. Touca cinza. Por serem de gênero diferente, não precisara de blusa por baixo e nem sutiã. O suéter cavado de lã bastava e ainda mostravam seus belos músculos. Ao ombro as duas teem um moletom da mesma tonalidade da calça social, que é preta. E o tênis branco se ressalva sobre a calça. Malu sorriu chorosa para sua namorada e então correu para seu colo, pendurando na mesma.-

Laryssa & Giana Onde histórias criam vida. Descubra agora