Capítulo I

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»All Things I Hate About You«

Que Katsuki era mau humorado todos sabiam, mas aquilo já estava passando de todos os limites. Até mesmo Aizawa estava tendo dores de cabeças frequentes com seu ex-aluno.

Sequer era professor dele, porque ainda conversava com tal? Não sabia, mas não podia negar estar apegado em todos de sua turma.

Ele estava tendo piques de humor. E isso estava dando nos nervos de todos.

—Katsuki, você não é mais um adolescente, tente ter responsabilidades – dava um sermão no loiro

Ele havia se exaltado um pouco na rua, era coisa boba, normalmente ele só xingaria todas as gerações da pessoa e seguiria em frente, mas não foi isso que aconteceu.

—Eu tenho responsabilidades, o foda é que essa maldita alienígena derrubou meu lanche e meu celular – era a justificativa de ter destruído uma lanchonete.

—Era só um lanche e um telefone, Katsuki, não precisava explodir a lanchonete, sorte que estava vazio, só os funcionários estavam lá, e na cozinha, onde não houve feridos – o mais velho pontuou

—E nesse telefone estava todos os relatórios que eu tinha que entregar hoje e também minha agenda, Aizawa-sensei – ele resmungou.

—Uma lanchonete, Bakugou Katsuki, você destruiu uma lanchonete – repetiu.

—Foda-se a lanchonete! A porra do meu trabalho foi por água a baixo por causa daquela maldita – esbravejou.

—Certo, vá para casa e não saia, você vai ficar preso por uma semana até eu resolver tudo isso – pontuou Aizawa.

O Bakugou ia se opor, mas foi calado com o olhar raivoso do seu ex-professor. Resmungou uma concordância logo saindo do local.

Voltou até seu apartamento, não tardando em tirar os sapatos, arrumar num canto, tirar a jaqueta e pendurá-la no cabideiro com organização.

Andando pelo apartamento mediano, na cozinha, conseguiu ver as madeixas esverdeadas do namorado.

Revirou os olhos, ele falava no celular.

—Oh, Shoto, eu consegui achar aquela sua camisa – comentou, do outro lado da linha foi respondido – sim, eu acho que devo ter confundido com uma peça minha durante a viagem, eu achei na minha mala, acabei de desfazer, então pus para lavar – contou simplista.

Katsuki foi até o quarto do casal, bateu a porta com tanta força que o barulho ecoou pelo andar inteiro, se esparramou na cama gritando contra o travesseiro.

—Kacchan? – era aquele maldito nerd.

Estava na porta, com um olhar preocupado e confuso.

Maldito nerd gostoso e irritante. Pensou o loiro.

—Vaza daqui, Deku de merda – vociferou. Queria mandar o esverdeado para a puta que pariu, que fosse correr para aquele maldito meio a meio

—O que houve? Aizawa-sensei me ligou, disse para manter você em casa, aconteceu algo? – andou até o namorado.

—Eu mandei você vazar! – antes mesmo que o portador do One For All se aproximasse, foi afastado com a força e o impacto de uma explosão.

Os olhos escarlates do loiro cintilavam com raiva.

—Ei, isso doeu – exclamou o alfa.

Confuso demais para notar algo.

—Foda-se! Eu queria que doesse, seu desgraçado de merda – sentou na cama.

Coçando a cabeça, que doía um pouco pelo impacto com a porta e a parede do quarto, Deku se levantou.

—O que houve? – queria socar aquele maldito alfa.

Um alfa maldito mesmo. Porque ele não corre de uma vez para aquele meio a meio do caralho?

Já havia visto vários casais alfas, não seria estranho Deku e Shoto serem um casal. Tanto que muitos comentavam que deviam ficar juntos.

—Vaza daqui, antes que eu te exploda até a morte – ameaçou.

—Você está cada dia mais insuportável, Katsuki – o olhar sério do Midoriya o preocupou.

Eram poucas as vezes que o alfa o chamava pelo nome, pior, o chamou de insuportável, isso sim era chocante.

Tanto que o Bakugou abriu a boca várias vezes, tentando falar algo mais o choque não permitia.

—Se eu sou tão insuportável assim, porque não corre para aquele meio a meio de merda? – gritou, agora em pé, irritado demais para medir as próprias palavras – porque insistir num ômega recessivo igual a mim? Por pena? – outra explosão.

Bem em seu rosto, deixando a marca óbvia de arranhões superficiais do nariz até o queixo, um vergão evidente. Dava graças a Deus por ser resistente.

—Não fala merda, Kacchan – tentou remediar.

—Vai se ferrar, seu estúpido – jogou o mesmo para fora do quarto, fechou a porta na cara do mesmo e trancou.

Seria uma noite muito longa para o casal.

𝐀𝐥𝐥 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬 𝐈 𝐇𝐚𝐭𝐞 𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐘𝐨𝐮, 𝗗𝗘𝗞𝗨𝗕𝗔𝗞𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora