Capítulo III

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»All Things I Hate About You«

Ok.

Não havia levado o ômega no médico, porque o mesmo ameaçou explodir o hospital.

E ali estava o alfa, furioso por estar sendo totalmente ignorado e humilhado pelo próprio ômega.

Não dormia no quarto do casal a uma semana inteira, e qualquer que fosse a tentativa de proximidade com o Bakugou, era recebido com uma explosão.

Odiava isso no ômega.

Sempre que brigavam, Kacchan não dava brecha nem para conversarem.

—Já chega, Kacchan! – brandou, irritado demais – que porra tá havendo? – perguntou. Encurralando o menor no quarto, antes que ele tivesse a oportunidade de trancar a porta

—Vaza. – foi a única coisa que disse

—Não! Você é meu ômega, e esse apartamento ainda é meu! – esbravejou.

O ômega encarou ele com raiva. Mas logo sumiu quando sentiu os feromônios do maior.

—Seu imbecil, se for ficar com outros ômegas, ao menos termine comigo – tentou manter o foco

—Que outro ômega? Não existe outro ômega, nunca existiu – foi sincero – porque você está tão instável no último mês?

—Não sei, é só que... Me dá raiva. Você sempre chega em casa cheirando a outros ômegas e você vive grudado com aquele meio a meio do inferno, eu não sei, mas eu fico com tanta raiva – agora estava emotivo.

E põe emotivo nisso. O ômega já tinha lágrimas nos olhos.

—Ei, não chora... – tocou o rosto do mesmo, não sendo negado, deixou um leve beijo nos lábios do mesmo.

Bakugou não pareceu se irritar, apenas o abraçou, enfiando o rosto na glândula odorifera do alfa, e sentindo o cheiro único do seu alfa.

Izuku tinha um aroma forte de grama molhada, com pitadas de pimenta.

Esse cheiro acalmava Katsuki mais do que gostava de admitir.

Aquela calma toda durou pouco tempo.

Não havia dado nem uma hora e meia que estavam abraçados na cama, quando o celular do Midoriya tocou, no ecrã estava a foto de uma garota, Bakugou não conhecia.

Ela era morena, com os cabelos rosas de um lado, e pretos do outro. Os olhos eram iguais aos de gato, bem dourados.

Assim que atendeu a chamada, Katsuki o expulsou da cama com um chute.

—Ai, Kacchan! Isso dói – chorou, colocando o celular no ouvido – o que houve, Kyoto? – perguntou para a mulher do outro lado da linha – eu estou indo – que rápido, pensou Katsuki

—Vaza do quarto – se escondeu embaixo das cobertas.

Suspirou. Não tentando mais nada, ou receberia uma explosão na cara.

Horas após sair do apartamento, voltou com alguns machucados superficiais e mais daquele cheiro insuportável.

Dormiu na sala. Outra vez, para variar. Suas costas estavam o matando.

𝐀𝐥𝐥 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬 𝐈 𝐇𝐚𝐭𝐞 𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐘𝐨𝐮, 𝗗𝗘𝗞𝗨𝗕𝗔𝗞𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora