Capítulo 9

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Chenle se mostrou ser um romântico em tanto. Originalmente, Jeno achou que seria o mais carinhoso romanticamente do casal, mas a competição era grande com seu namorado igualmente afetuoso - a diferença é que eles se expressavam por linguagens diferentes.

O Lee era obviamente um grude físico, sempre surpreendendo o outro com abraços, selares, e qualquer remota demonstração de contato corporal. Propondo também sempre situações mais românticas, como ver um filme pelo qual o chinês está muito ansioso, ou ir num parque juntos para jogarem basquete. Já Zhong era insistente com suas palavras, sempre banhando o mais velho em elogios de todos os tipos e tamanhos. E agora mostrava um outro lado, conforme ficavam mais tempo juntos; Ele também amava dar presentes.

Ele sempre gostou, na verdade. Todos sabem que ele não mede valores quando é para presentear as pessoas que ama, desde que ache que o presente realmente é algo que combina com a pessoa, ou algo que ela muito deseja. A diferença é que com o título de namorado, Chenle agora comprava muitas coisas que representavam-os como casal.

Primeiro foi um chaveiro, algo simples. Dois iguais de cachorrinho em Biscuit, um de um Samoieda porque parece a versão animal perfeita do coreano, e o outro sendo um Teacup Poodle, porque Jeno sempre comentava que eles lembravam o namorado. (E obviamente que Jeno usou o Poodle, e Chenle o Samoieda, como se realmente assim independente de onde estivessem podiam carregar um pedaço um do outro).

Depois foi uma capinha para os celulares, uma daquelas meio abstrata com várias cores, mas com um coração ao centro. Ambas idênticas, a do coreano puxado para os tons vermelhos, a do chinês para os tons azuis.

E dessa vez ele havia aparecido com um moletom, ambos com a mesma estampa simples, texto em ideogramas chineses. A do Lee era preta, e a do Zhong branca.

Os fãs logo notaram a estranha semelhança dos itens que eles começaram a ter - tudo sempre igual. Um sinal que agora incentivava os shippers de plantão a tentarem procurar mais fundo, porque na Coréia acima de muitas outras culturas nesse quesito, itens iguais eram sinal de relacionamento.

Acontece que Jeno agora vivia com aquele moletom, porque tinha o cheiro do Chenle. E o namorado vivia também com o seu, porque sempre que uma vestimenta lhe é confortável o suficiente, não hesitaria nem um pouco em utilizá-lo.

Jaemin quem, inclusive, ressaltou esse fato um dia na casa do casal.

ㅡ Vocês são meio melosos - Começou, quando Chenle aproximava-se sentando ao seu lado, com as sobrancelhas unidas.

ㅡ Somos?!

Estavam para entrar no terceiro mês de namoro, e o Na teria de passar uma semana na casa do gentil casal que lhe recebeu, porque a sua estava sendo dedetizada. Como não havia mais quartos de hóspedes, Jeno dormiria com o namorado em seu quarto (já que a cama de Zhong era maior), e emprestaria o seu para a companhia.

ㅡ Óbvio. Olha isso, vocês tão andando por aí com roupa de casal, e estão em casa - O Na apontava o dedo para os dois.

Jeno, que era quem finalmente se unia na sala, com o intuito de apenas pegar água, corou de imediato com a intimação. Chenle gargalhou suave e estendeu a mão para o namorado, como se fosse ordem o suficiente para dizer que era pra ele se aproximar, e assim fez, abrindo um sorriso.

O Lee inclinou-se, para selar os lábios do namorado de forma rápida, mas obviamente que o chinês teve de estender para um maior contato com a sua constante necessidade de tê-lo para si. Com os rostos próximos, eles trocavam juras de amor em forma de sussurros, e Jaemin foi obrigado a pigarrear para tirá-los do transe romântico.

Os chats não sabem guardar segredos - jenleOnde histórias criam vida. Descubra agora