S/n, point of view
Logo depois que Emily saiu, eu me deitei na cama e pensei sobre seu plano de falar com Kate, já que ela tinha aula de física com Florence, assim eu podia acabar com as minhas suspeitas.
— O que a senhorita tá pensando aí? — Elizabeth entra sem eu nem perceber.
— No baile. — Eu abro espaço na cama para que ela se deite e ela assim o faz.
— Falando nisso, quem é seu par? — Ela me pergunta curiosa.
— Ok, não fica com raiva. — Vejo seu rosto relaxar e uma expressão séria surgir — É com a Florence. — Digo sem rodeios.
— Ok, eu tô com raiva. — Eu levo minha mão no seu cabelo e coloco algumas mechas atrás da orelha, dando a visão do seu pescoço.
— Sabe que não tem porquê ciúmes, não sabe? — Meu olhos estavam fixos no seus.
— Não sei. — Ela fala com um pequeno sorriso nos lábios.
— Você fica tão linda com ciúmes. — Falei encarando seus olhos verdes, nos quais eu sou apaixonada.
Ela se aproximou do meu rosto, olhei para sua boca e abri um sorriso antes de colar nossos lábios em um beijo calmo, e enquanto nos beijávamos, Lizzie me puxou e eu fiquei em cima dela. Com as mãos na minha cintura, ela começou a levantar minha blusa.
— Garotas. — Minha tia entra no quarto e eu saio de cima de Elizabeth.
— Oi tia. — Arrumo minha blusa rapidamente.
— Eu só ia chamar vocês pra assistir um filme em família, mas podem continuar. — Minha tia diz com um sorriso no rosto, enquanto eu e Elizabeth nos olhamos nervosas — E tranquem a porta. — Ela diz antes de sair.
— Foi por pouco. — Eu falo e nós rimos juntas.
— Vem cá. — Ela me chama e eu vou toda sedenta pelo seus lábios.
Depois de beijos e carícias, anoitece, e Lizzie volta para a casa dela e eu fico deitada na minha cama. Fico inquieta, então pego meu caderno de desenhos e começo a desenhar o mesmo de sempre. Elizabeth, a musa das minhas melhores artes.
— Filha. — Ouço minha mãe do outro lado da porta e peço para que ela entre — Te atrapalho? — Ela pergunta abrindo uma brecha da porta.
— Nunca. — Deixei o caderno de lado e é aconcheguei na cama.
— Quero conversar com você. — Ela não parecia estar bem, ela parecia incomodada com algo.
— Pode falar mãe. — Ela se senta ao meu lado.
— Acho que nunca conversamos sobre isso. — Ela faz uma pausa, parecia pensar no que falar — Sobre como foi pra você saber que gostava de garotas. — Essa pergunta me pega de surpresa, porque nunca conversamos abertamente sobre isso, apesar de eu ter o total apoio dos dois.
— Foi libertador. — Eu falei olhando para baixo — E eu gostei de como você falou comigo quando a Emily me assumiu. — Falei lembrando do momento.
— Esse dia foi muito engraçado. — Ela disse dando risada e eu me deito e coloco a cabeça em seu colo.
— Claro que foi, vocês me deixaram com vergonha na frente da Elizabeth. — Eu dei risada junto com ela — Mas por que a pergunta? — Falei em seguida.
— Eu só queria saber se teve algum momento de negação. — Ela fica séria — Eu andei olhando na internet muitas pessoas que não conseguiam aceitar o que sentiam. — Ela parecia triste com algo.
— Acho que no fundo, sempre tem. — Eu falei e ganhei sua atenção — Mas quando você finalmente aceita, é uma sensação boa. — Eu abro um sorriso e logo o dela surge também.
— É tão difícil. — Ela diz isso e eu não fico sem entender.
— Você quer me dizer alguma coisa? — Eu me levanto e a encaro curiosa.
— Como você é minha filha e eu confio em você pra tudo, além disso, eu preciso dizer como eu me sinto. — Ela faz outra pausa e me olha — Minha relação com seu pai anda um pouco complicada. — Ela segura minha mão — E eu tenho sentido sentimentos diferentes, que eu não devia sentir. — Ela desvia o olhar para as nossas mãos.
— Mãe. — Ganhei seu olhar sobre mim — Pode me contar. — Tentei mostrar que ela podia se sentir segura em me contar tudo.
— Eu acho que eu gosto de mulheres também. — Ok, eu não estava esperando isso — Eu não descartaria estar em um relacionamento com outra mulher. — Ela fala calmamente o que me deixa mais chocada ainda.
— Preciso de um minuto. — Eu levanto meu dedo indicador. Ela foi bem direta com esse assunto.
— É, foi demais até pra mim. — Nós duas olhamos pra frente sem saber o que fazer ou dizer.
— Como você descobriu isso? — Eu olho para ela novamente.
— Só fiquei observando o seu relacionamento e o da sua tia, não descartaria a opção de namorar uma mulher. — Ela fala e eu sinto uma certa tensão no seu tom de voz.
— É isso ou tem alguém? — Ela me olha indignada.
— Filha, eu sou casada com seu pai, não pode ter ninguém. — Ela me olha séria — Vamos esquecer esse assunto, eu vou colocar a mesa do jantar, a Sandra vem comer aqui. — Ela fala andando até a porta.
— Posso chamar a Lizzie? — Eu vou contente caminhando atrás dela.
— Tá bom, vai lá. — Ela coloca um sorriso no rosto ao ver minha felicidade e antes de eu sair, dou um abraço e um beijo nela.
Desci as escadas e fui até a porta e observei minha tia já colocando a mesa, ela é um pessoa incrível e tem um irmão incrível também. E por mais que eu queira ver minha tia feliz com quem ela realmente ama, eu amo meu pai e a minha mãe juntos, eles sempre demonstraram que se amam.
Assim que eu estava prestes a sair, vejo minha mãe entrando na cozinha e começando a ajudar ela, eles seriam felizes também, o jeito que elas tratam uma a outra é único, independente de quem ficar com ela, eu sinto que ela vai ser feliz.
Fui correndo até a casa de Lizzie contar pra ela sobre a conversa que eu tive com minha mãe e falar todos os detalhes de tudo, e também, chamar ela pra jantar lá em casa. Eu tô amando como eu tenho a sorte de ter o amor da minha vida comigo, perto de pessoa que me amam e me aceitam como eu sou. Muitas pessoas não têm a sorte desse privilégio, e isso é triste.
• demorei pra postar, mas eu tô aqui e tô pensando em postar logo a outra fic que tem alguns capítulos prontos, mas ainda não sei se posto e preciso da opinião de vocês antes
• e quero saber com quem a Jennifer deveria ficar, comentem aqui quem vocês querem
• espero que tenham gostado do capítulo e me desculpem pelo sumiço
• até o próximo capítulo amores <3
• [não revisado]
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Secret Love (Elizabeth Olsen and You)
FanfictionS/n e seus pais se mudaram para Manhattan e, por coincidência, ou destino, eles se mudaram para a casa da frente da de Elizabeth Olsen, a esposa de um escritor conhecido e professora de uma das escolas mais conhecidas de lá. S/n conseguiu uma vaga n...