Chapter 55

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Narração, point of view

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Narração, point of view

Um turbilhão de perguntas se passavam na cabeça da garota, enquanto ela corria para longe daquela sala. Mas o que mais a intrigava era saber de onde Florence e Sandra se conheciam e que vídeo era esse do qual as duas estavam falando.

Qualquer um que ligasse os pontos saberia que esse vídeo era uma prova de que ela e Elizabeth estavam juntas, e se elas pretendiam expor tudo isso, a formatura era o lugar perfeito.

O trabalho e a confiança em Elizabeth estavam em risco. S/n já não se importava com o que achariam dela, mas Elizabeth amava o seu trabalho, e ser exposta assim, no lugar que tanto ama, seria devastador.

S/n foi diminuindo os passos quando sentiu seu coração palpitar mais rápido, ela olhou para suas mãos quando sentiu que estava trêmulas.

— Não...— Negou o que estava sentindo. Na verdade, o que sempre sentiu.

A maioria das pessoas que percebem que não estão bem, nunca pedem ajuda. Isso é um fato. Porque é mais fácil você fingir que está bem do que ter que lidar com todos ao seu redor.

Porque quando você conta, parece que você se torna um peso. Um problema. E as pessoas se decepcionam como se a culpa fosse sua, como se você pudesse controlar o que sente. Mas esquecem que quem sente é você, então só você sabe da sua dor .

Você nunca será um peso ou um problema. Você é forte, você suporta isso todos os dias quando você abre seus olhos e percebe que vai ter que viver mais um dia lutando contra a vontade de desistir.

[Eu tenho orgulho de todos que conseguem resistir à vontade de desistir] — Maria

S/n nunca se sentiu bem consigo mesma, tudo ao seu redor era tão cansativo e era difícil para a garota ter que desabafar quando ela era vista como alguém tão problemático.

Seus problemas de raiva começaram a aparecer quando criança, com pequenas explosões de estresse, o que fez seus pais acharem que todo o estresse era apenas a escola e a rotina monótona.

O primeiro sinal foi quando S/n passou a ficar mais estressada com frequência, o que não é comum para uma criança. Logo teve os choros, as "birras" e os gritos.

Isso foi levado como birra de criança, até o auge dos seus 14 anos, quando entrou para o ensino médio. Ela achava que escola nova era sinônimo de amizades novas, mas não foi bem assim que as coisas funcionaram.

Com essa idade, S/n passou a se vestir como ela gostava e se sentia bem, e isso teve uma visão negativa de outras pessoas em relação a ela. Ela ainda não pensava sobre sua orientação sexual, mas passou a questionar depois do primeiro bullying.

Depois do incidente, todos passaram a temer a garota. Os olhares de deboches foram trocados por olhares de medo, as piadas foram trocadas pelo silêncio e, pouco a pouco, ela foi sendo isolada de tudo.

S/n foi tratada como uma bomba-relógio que poderia explodir a qualquer momento. Em Princeton, as notícias se espalhavam rapidamente, e logo uma boa parte da vizinhança já sabia o que tinha acontecido. Claro que seus vizinhos se distanciaram da família, por isso o motivo da mudança de S/n, Jennifer e David para Manhattan.

David não demonstrava, mas tinha medo de que S/n tivesse outro incidente como aquele. Diferente de Jennifer, ele se preocupava muito com a reputação da família, o que causou muitas brigas entre o casal por conta do bem estar da garota.

Essas brigas acabaram "esfriando" o casamento dos dois, dando um passe para a aproximação de Ângela com sua cunhada, logo os sentimentos foram surgindo de uma forma tão intensa e inocente.

Para Jennifer, uma libertação de quem ela realmente era e para Ângela foi quase como um alívio de poder amar quem ela sempre amou de verdade.

Quando tudo parecia que estava indo bem na vida de S/n, aparece algo para acabar com a felicidade da garota.

— S/n? — Kate dobrou o corredor e encontrou S/n sentada no chão — O que houve? — Enxugou suas lágrimas.

— Eu não sei. — Suspirou segurando o choro.

— Olha pra mim. — Chama a atenção da mesma — Eu estou aqui com você. — Segurou as mãos de S/n e a ajudou a respirar.

S/n já havia se acalmado quando escutou as palmas vindo do pátio onde estava acontecendo o baile de formatura, fazendo ela voltar à realidade e se dá conta do vídeo.

— Precisamos voltar. — S/n falou rapidamente, se preparando para levantar.

— O quê? — Kate se levantou — Você tá melhor? — Para em sua frente.

— Eu estou sim, nós só temos que voltar. — Tentou passar por Kate que ainda bloqueava o caminho.

— Espera, você não está 100%. —Continuou em frente a S/n.

— Kate, me dá licença. — Passou pela morena, mas logo sentiu seu braço sendo agarrado.

— S/n, eu disse não. — Ela parecia séria para a garota, mas logo mudou sua fisionomia — Eu não acho que você esteja bem para voltar até a multidão. — Soltou o braço de S/n.

— Você não acha que eu estou bem ou você não quer que eu vá lá? — Já estava tão intrigada com quem Sandra se mostrou ser que ela não podia confiar em ninguém naquele momento.

— Você me entendeu mal. — Anda um passo à frente.

— Eu vou voltar. — Deu as costas para Kate e caminhou rapidamente em direção à porta do pátio.

S/n abriu as portas e passou seu olho pelos alunos até ver Elizabeth. Com dificuldade, passou pela multidão  e chegou até a mais velha.

— Lizzie. — Tocou em seu ombro.

— Oi, querida. — Elizabeth abriu um sorriso gentil que logo se desfez ao ver a expressão no rosto da namorada — O que aconteceu? — Seu rosto, agora, demonstrava preocupação.

— Nos descobriram. — S/n soltou de uma vez.

• Depois de anos, voltei pra atualizar a fic

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Depois de anos, voltei pra atualizar a fic

• Antes de tudo, quero pedir desculpas de verdade, não tenho tido tempo pra nada ultimamente.

• Nem acredito que a fic bateu 100 mil visualizações, eu comecei isso aqui como um ponto de diversão e encontrei uma verdadeira família <3

• Mais uma vez, me perdoem, eu amo todos vocês e até o próximo capítulo <3

• [não revisado]

Secret Love (Elizabeth Olsen and You) Onde histórias criam vida. Descubra agora