Just Saying • Luke Hemmings {AU}

Capítulo 8

Dedicado à @im2punk4u outra vez porque morri com o comentário dela sobre o Michael xd

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Capítulo 8

As mãos do Luke continuavam pressionadas contra as minhas costas a traçar padrões no tecido do meu vestido carinhosamente, enquanto os meus braços estavam seguros à volta do seu pescoço. Como tinha a bochecha encostada ao seu peito, conseguia não só ouvir o batimento ritmado do seu coração como sentir o seu queixo apoiado no topo da minha cabeça. A música que estava a tocar nem sequer era lenta, mas, para dizer a verdade, eu nem a estava a ouvir. Todos os meus pensamentos estavam centrados no Luke.

-Ei, nós vamos indo!

A voz do Ashton quebrou o meu estado de tranquilidade, fazendo-me afastar-me ligeiramente do Luke para encarar o Ashton e o Calum.

-Já? - perguntei.

-Ayame, já fiquei aqui em vez de ir à festa do Jarrod porque tu disseste que não me podia ir embora. Agora só me quero ir embora, - riu-se o Ashton. - Vemo-nos depois das férias, não morras de saudades.

Abracei-os a ambos antes de eles se irem embora do ginásio. Senti o Luke a colocar uma madeixa do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Também queres ir indo? Já está a ficar tarde, - comentou ele.

Olhei de relance para o relógio que ele tinha à volta do pulso e levantei as sobrancelhas. Nem me tinha dado conta do tempo passar.

-Se calhar é melhor... - suspirei, antes de olhar em minha volta com um sorriso. Ainda nem podia acreditar que tinham feito aquilo por mim, nem queria deixar aquele sítio tão cedo.

-Está-te a custar ir? - riu-se o Luke.

-Se está...

-Pensa que a noite ainda não acabou.

Franzi o sobrolho.

-O que é que isso quer dizer?

-Que tenho mais uma surpresa. Anda.

Deixei-o pegar na minha mão e guiar-me para fora do ginásio até ao seu carro. Quando me sentei, apressei-me a tirar os meus sapatos. Não estava habituada a usar saltos, e só conseguia sentir a planta dos meus pés a latejar de dor.

-Tenho de te dar os parabéns, - disse o Luke, mantendo os olhos na estrada. - Não sei como é que foste capaz de aguentar tantas horas com essas coisas nos pés.

-Ser rapariga custa, - repliquei com uma gargalhada.

O Luke pegou na minha mão e entrelaçou os nossos dedos, antes de a puxar para junto dos seus lábios para a beijar.

-És mesmo lamechas, - ri-me.

-Tu adoras.

Sorri ternamente. Não havia como negar.

Quando chegámos ao seu edifício de apartamentos, franzi o sobrolho, mas nada disse. Simplesmente deixei que ele me levasse para dentro de sua casa.

-O que é que tu tens preparado? - perguntei, semicerrando os olhos.

-Já vês. Vai-te sentar.

O Luke beijou-me na testa e deu-me um ligeiro empurrão em direção à sala de estar. Obedeci-lhe, sentando-me no seu sofá com as pernas cruzadas. Olhando em volta, reparei que não havia uma única fotografia dos seus pais, mas que as paredes estavam repletas de fotografias dele com quem eu assumia serem os seus irmãos. Senti o meu coração partir-se um pouco. Ninguém dava valor à força com que o Luke vivia todos os dias. Se eu perdesse alguém tão próximo como ele perdera, seria incapaz de sorrir todos os dias.