Capítulo 3

93 17 5
                                    



Tomo café sem açúcar o sabor é forte , tem bastante gente no refeitório faz quase uma semana que estou aqui já que demorei quase três dias pra acordar depois que sai com minha mãe de perto daquela luta. Não vi mais a 1 o que é bom , esse lugar todo é controlado por ela. Cada pessoa trabalha em uma área diferente , flexiono a mandíbula porque passou muito tempo. Minha mãe 16 pode tá sendo machucada , sinto meus olhos esquentarem.

Meu peito tá pesado minha mãe Liz ainda não acordou seu ferimento foi grave mesmo assim é forte ,  se tivesse acordada já teria arrumado um jeito de ir resgatar minha mãe. Fecho os olhos travando a mandíbula , sou inútil , meu lado esquerdo queima como brasa.

— Quando conheci a 16 a primeira coisa que notei foi sua força , agora olhando pra você sei que ela já teve dias melhores – alfineta uma voz feminina

Olho por cima do ombro encontrando olhos castanhos , uma garota tá parada me fitando com desprezo. Seus cabelos são como seus olhos , nas costas tem um arco preto e flechas. Pelo traje é uma Guardiã.

— Olá – cumprimento baixo limpando uma lágrima

Ela sorri desviando o olhar para as pessoas em volta. Meu corpo esfria.

— Sabe quantas pessoas sua mãe matou garota ?! Ainda tem coragem de pisar aqui ?! – indaga entre dentes

Volto minha atenção pro café no copo de metal , minha mãe sempre foi forte e nunca exitou nas suas escolhas com isso tem admiradores e os mesmos odeia ela.

— Ela salvou a gente – falo firme

— Não!! E você é melhor cair fora daqui!! – diz segurando a cola do meu casaco

Seguro seu pulso sem resultado , ela me levanta com facilidade chamando atenção de quem ta em volta.

— Você é um verme , uma maldita aberração que não devia tá aqui muito menos ter nascido!! – cospe as palavras

Suas palavras são como facas , seus olhos estão em chamas.

— Chega 11 – 15 pede se aproximando

— Esse verme não ta sendo produtiva aqui , vou me livrar dela! – afirma me levando em direção a janela grande que ta aberta

4 não ta aqui , 1 ta fazendo de tudo pra mesma sempre ta ocupada. Acho que ela só ta esperando um dos seus Guardiões me mata , sei que no fundo é isso. Por essa razão mantém 4 longe.

11 para me segurando contra a janela , uma brisa fria passa por mim pela chuva de mais cedo. Olho por cima do ombro tem várias árvores lá embaixo , aqui era uma antiga escola. 4 contou que as crianças ficava internadas aqui , por isso é grande e tem quartos. O governo reformou , é o lugar perfeito. Volto minha atenção pra 11 que tem um sorriso divertido nos lábios.

— 11 ?! – 15 chama

— Estamos no quarto andar 15 , acha que ela vai morre ?! – indaga ácida

— Ela ta no meu esquadrão 11 – 15 fala se aproximando

11 olha pra mesma parecendo confusa.

— Ótimo agora vamos saber se vai servir lá fora – diz soltando a gola do meu casaco pra deferir um chute no meu estômago

Sua força é tanta que passo pela janela grande , em um piscar de olhos estou em queda livre. Olho pro céu nublado o tempo sempre foi assim , desde pequena só vi ele nessa cor. Minha mãe Liz disse que ele já foi azul , minha mãe 16 também. Ela falava que eu tinha um pouco do céu nos olhos como minha mãe. Sinto uma lágrima descer enquanto bato nas árvores , a dor é aguda o som dos galhos quebrando é alto.

Décima Sexta: O legado Onde histórias criam vida. Descubra agora