Oito

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ai meninas, eu tô amando escrever isso aqui, pena que já está acabando

META: 50tou
vocês estão me dando orgulho.

[ •• ]

Eu estava sentada, em uma da cadeiras da sacada do hotel, onde a pouco tomávamos café da manhã. A semana com Léo tinha sido inesquecível, os dias com ele naquele navio, céus ele era espetacular. Não parava de fluir assunto, e numa das nossa conversa pós sexo — que por sinal, estávamos viciados —, o forcei a a assistir Brooklyn 99, e agora ele era um dos maiores fãs.

Já estávamos em Barcelona a um dia, a equipe do navio promoveria uma festa hoje a noite, de virada de ano com fogos e tudo. Bem Copacabana. Léo se separou de mim depois do café, apenas para tomar um banho, mas eu continuava observando a vista da sacada, contemplada com tudo aquilo. Nunca tinha vindo em Barcelona, era absurdamente linda, estava encarda com acidade. Não mais lindo que ele, gemendo por mim.

Céus, como eu desgrudaria dessa homem?

— Não vai tomar banho? — Saltei quando o ouvi perguntar, o ouvindo andar até mim, provavelmente com a toalha ao redor da cintura. Tombei a cabeça para trás, recebendo um selinho delicado.

— Estava esperando você sair, pra poder ir. — Respondo, levantando e deixando que ele sentasse, então, se acomodando no seu colo.

Ela era bem maior que eu, e minha estatura de uma adolescente e não de uma mulher, cabia perfeitamente no seu colo e eu já estava me aproveitando disso. Passei os braços ao redor do pescoço de Léo, o observando seu rosto, prestando atenção a cada mínimo detalhe que eu já conhecia.

— Falou com a Helena e o Matteo? — Perguntei, acariciando seu rosto. Tinha me contado toda sua história.

Sobre os anos incríveis de casamento, sobre os dois filhos lindos, sobe como tudo desandou depois da libertadores de 2021, e como os dois se desgastaram pra manter um casamento fadado ao fracasso. Me contou que ele amou a Tainá com todas as forças, sua história e tudo o que construíram, mas ele se esforçou sozinho. Foi quando ela pediu divórcio, saiu de casa e levou as crianças. A luta na justiça por guarda compartilhada, mas só se daria início no ano que vem.

Enquanto eu estava na cama essa manhã, o ouvi ligar pra eles, e passar alguns minutos ouvindo sobre a semana, o Natal e como seria o Ano Novo. Ele era um pai incrível, uma pessoa incrível.

— Já sim, eles estão sapecas como sempre. — Respondeu, me roubando um selinho breve. — E você, já decidiu o que vai fazer a partir de agora?

— Não planejei nada dessa viagem — digo baixo —, mas nas primeiras horas longe do meu pai, dos seguranças e tudo, imaginei não voltar com a tripulação e ficar em Barcelona, casar com um espanhol e me tornar cidadã. — Contei e Léo deu uma gargalhada alta, me fazendo rir também.

— Credo, que ideia maluca — Falou. Apenas assentiu, virando o rosto e observando a vista.

— Mas agora — suspirei —, eu quero voltar pro Brasil, de repente um jogador de futebol me motivou — o encarei sorrindo largo. Ele já estava sorrindo quando olhei, me derreti. Tem como não gostar dele sorrindo? Eu ainda estava tendo descobrir. — Falando em voltar, quando você volta?

— Amanhã mesmo — deu de ombros —, tenho que me apresentar no Centro de Treinamento na segunda. — Tirou uma mecha de cabelo da frente dos meus olhos.

Um Jogador No Meu Natal ━━ Leo PereiraOnde histórias criam vida. Descubra agora