Capítulo 7 - Fim de Semana

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(Dia 9 de abril, domingo, 08:20 da manhã)

Hoje é domingo, meu dia mais ocioso de toda a semana, e mesmo assim acordei bem cedo para o que estou acostumado a acordar. Ainda não há nada de interessante hoje, então vou contar como foi meu dia ontem, o sábado.

Ontem acordei um pouco mais tarde, pois não havia aula, e logo depois do café minha mãe avisou:

- Yuki, nós vamos fazer compras depois do almoço. Deixe sua roupa logo pronta, porque na hora a gente já sai e não demora muito.

- Viu, mãe! Vou separar a roupa já. Respondi e fui para o quarto preparar a roupa.

Ainda estava um pouco cedo, mas mesmo assim deixei pronto porque eu demoro de me arrumar. Minha mãe bem sabe que eu fico o tempo todo procurando algo que esqueci e nunca saio de casa...
Achei muito bom ter tido um lugar pra ir, pois essa semana foi muito movimentada e preciso mesmo respirar um pouco de ar fresco.

O dia passou, e finalmente chegou a hora de sair. Meu pai, que estava de folga, tirou o carro da garagem, eu e minha mãe entramos logo em seguida.
Todo mês nós vamos juntos ao mercado do centro da cidade fazer compras, e passeamos um pouco por lá por algum tempo (onde eu consigo uma chance de pedir algo para mim).

Quando passamos em frente ao meu colégio, vi o Rafael voltando da rua da praça leste (aquela que desapareceu) com uma bola na mão e uma expressão pra lá de confusa. Fiquei muito intrigado com essa cena, porque no colégio ele havia me dito que não havia praça lá, e agora eu o vejo voltando daquele mesmo lugar confuso por não haver uma praça; O que isso significa?

Gravei essa cena em minha memória, e continuei o meu passeio. Ao chegar no mercado, logo me encarreguei de conduzir o carrinho (minha atividade preferida). Só vejo vantagens! Posso sair correndo naquele supermercado gigante, e colocar uma coisinha ou outra que gosto de comer quando meus pais não vêem rsrs...

Após terminadas as compras, guardamos tudo no carro e fomos dar uma volta rápida no centro. Apesar de ser uma cidade pacata e tranquila, até que está bem desenvolvida! O centro da cidade é bem bonito, cheio de lojas e todo arborizado. Vai inaugurar o primeiro shopping nessa semana, acho que vou chamar o Gabriel pra ir! Agora o problema vai ser se ele chamar aquele menino metido pra ir junto, o Rafael...

Ao longo da volta com meus pais, vimos roupas, instrumentos, porque  o pai fica babando as guitarras na loja por horas, mesmo tendo duas em casa, e ganhei meu primeiro celular finalmente... Todos os meus colegas tinham, e viviam me perguntando porque só eu não tinha celular. Até o Gabriel tem, e fala todo o dia com o Rafael e os outros dois amigos dele!
Com isso, voltamos para casa para guardar as compras e descansar um pouco (queríamos ter dado só uma voltinha no centro a pé por uns 20 minutos, mas esses minutos viraram horas).

Depois disso não houve nada muito significativo, mas lembro de ter ficado pensando por muito tempo sobre o porquê do Rafael ter se confundido e ido para a rua do antigo parque leste. Foi quase como se ele não se lembrasse de ter falado comigo, e afirmado que o lugar nunca existiu. Com isso, tenho a prova de que não foi um equívoco meu (já pensou eu falar uma coisa dessa com minha mãe, e ser mandado pro psicólogo?), e que devo ficar atento porque tem mais coisa nessa história. Quer saber? Acho que eu passei bem longe de ter tido uma infância tranquila, quanto mais mexo aparece coisa!

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