Chegamos na casa de Sônia e tenho sua ajuda para pegar as crianças enquanto Levi trás as malas com a ajuda de dois seguranças.
Entro no quarto que ficarei junto a meus filhos e os coloco na grande cama, enquanto organizo as roupas no closet, uma mini Sônia aparece na porta e se gruda em minha perna, a pego nos braços e beijo sua bochecha gordinha.
- Como está a princesinha da tia hum? Aperto seu corpinho gordinho recebendo uma risada gostosa.
- Bem tia! Ela olha as crianças dormindo e suspira. - Acorda que horas? Ela aponta para as crianças.
- Daqui a pouco meu bem, mas já que eles estão dormindo que tal comermos um docinho que a tia trouxe hum? Ela afirma rapidamente e abro a bolsa tirando um saquinho de jujuba caseira.
Sentamos no chão e comemos algumas jujuba enquanto ela me fala sobre a sua escolinha, e fofoca da professora oferecida que dá em cima de seu pai.
Sônia aparece na porta nos pegando no flagra se junta a nos duas. Ouço Tomás me chamar e Hanna é a primeira a correr em direção a eles, ouço as risadas deles e a vejo aperta meu filho que fica com as bochechinhas coradas me arrancando uma risada.
- Lana você sabe que Levi é um ex lutador certo? Afirmo com a cabeça lembro- me que foi uma surpresa quando ela me contou. - Então hoje um amigo das antigas dele vai lutar quer ir junto com a gente?
- Eu não sei sabe que não curto essas coisas, ainda mais que tem as crianças! Digo a ela.
- A Cindy pode cuidar deles Lana, vamos? Insisti e acabo aceitando.
Chegamos no grande local onde acontecerá a luta e me sento junto a Sônia na plateia, Levi nos deixou por um momento dizendo que iria vê seu amigo antes da luta acontecer, o barulho alto me incomoda um pouco, então tampo meus ouvidos por um tempo sinto uma sensação estranha como se alguém estivesse me olhando fixamente. Levanto um pouco meus olhos e sinto meu corpo gelar ao encarar aqueles olhos selvagens de anos atrás.
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Ele me encara fixamente e sinto meu corpo tremer com uma sensação fria subindo minha espinha, minhas mãos começam a suar, e saiu dali para tomar um ar puro, corro do local barulhento esbarrando em algumas pessoas em minha frente. Saiu do grande local e respiro fundo. O nervosismo e medo toma conta de mim.
- Por que ele está aqui? Por que ele?. Ando de um lado para o outro em agonia. - Ele não pode saber, não pode! Sinto um pouco se falta de ar e minhas pernas estão bambas de tanto nervoso, quando dou por mim meu rosto está banhado em lágrimas e o desespero aumenta.
- Lana O quê foi?. Minha irmã me olha assustada ao ver minha situação. - O quê está acontecendo?. Ela segura meu rosto enquanto tremo chorando.
- Ele está aqui, ele está aqui! Digo chorando.
- Ele quem? Ela olha ao redor.
- O pai dos meus filhos, ele está lá dentro, eu tenho que ir embora! Digo e ando para o estacionamento.
-Ei se acalma Lana, você está tendo uma crise de pânico! Ela me abraça e tento me soltar.
- Eu não posso deixar ele os pegar Sônia, ele é famoso e se quiser tirar meus filhos? Eu não deveria ter vindo! Digo chorando ainda mais enquanto ela me abraça.
- O quê ela tem? Ouço a voz de Levi e logo o cheiro conhecido por mim impregna o ar e o olho rapidamente.
Seu olhar preocupado me prende e ele se aproxima devagar, logo seus braços me envolve me passando segurança e um sentimento antes esquecido toma conta de meu coração.
SAUDADE.
Saudade de seu cheiro, saudade de seus braços me apertando, saudade do seu corpo junto ao meu, saudado do seu calor. Mas eu não entendo o por que desse sentimento esta tão aflorado em meu consciente sendo que só estivemos juntos por um par de horas.
- Até que enfim te encontrei Sweet! Sua voz rouca sussurra em meu ouvido, seus braços me apertam mais ainda e todos os sentimentos ruins que me atormentavam agora pouco se esvairam como um passe de mágica.
- Lana ele é o pai das crianças? Sônia saca na hora o que tinha acontecido, e sinto meu corpo ficar tenso e meu coração acelera, o homem a minha frente se afasta um pouco e me olha confuso.
- Filhos? Suspiro fundo.
- Eu fiquei grávida na noite em que dormimos juntos! Digo o vendo ficar pálido e logo sorrir sarcástico.
- Claro que ficou! Já sabia onde a linha de raciocínio dele o estava levando e me afastei magoada pois pelo que percebi ele era desses homens que acham que por que são famosos qualquer uma daria o golpe da barriga.
Sônia pega a chave do carro do marido e me leva pra casa.
- Amanhã mesmo comprarei a passagens de volta pro Brasil, não deixarei que aquele homem chegue perto deles! Digo a ela que apenas suspira.
As palavras soavam amargas em meus lábios, o sentimento de mágoa sufoca meu peito e não sei o por que me sinto assim, eu não deveria ligar para o que aquele homem pensa de mim. Mas por que doi o fato de ele achar que faria algo tão baixo desse jeito?.
Talvez seja a ligação por causa de nossos filhos? Realmente queria saber, porém será difícil agora.
